Mobilidade dos textos e diversidade das línguas: Traduzir nos séculos XVI e XVII
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Varia História (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752019000200413 |
Resumo: | Resumo O tema da tradução é hoje compartilhado pela história literária, pela crítica textual, pela sociologia cultural e história global. Este artigo pretende, primeiramente, refletir sobre as razões dessa convergência. A primeira é histórica e considera a tradução como uma primeira forma de “profissionalização” da escrita. A segunda é metodológica e possui os estudos da tradução como um elemento essencial da “geografia literária” proposta por Franco Moretti, e da perspectiva das “histórias conectadas” definida por Sanjay Subrahmanyam. A terceira razão é linguística e estética e coloca ênfase na intraduzibilidade (ou nos textos e autores considerados como intraduzíveis). Em seguida, o artigo propõe três estudos de caso que permitem identificar três séries de pesquisas sobre as traduções e três modalidades da transformação dos textos quando eles migram de uma língua para outra. A mobilidade do significado pode ser produzida pela dificuldade da tradução de certas palavras (por exemplo “affetazione” ou “sprezzatura” no Libro del Cortegiano de Castiglione), ou pelo contexto da recepção da obra tal como sinalizam elementos paratextuais (no caso da Brevíssima relación de la destrucción de las Indias de Las Casas), ou ainda pela mutação do próprio sentido do texto (como o mostra o “Oráculo manual y arte de prudência” de Gracián, transformado em L’Homme de cour por seu tradutor francês, mesmo que a palavra “corte” nunca tenha aparecido no livro de Gracián). |
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