Consumo de massas, biodiversidade e fitomelhoramento da banana de exportação 1920 a 1980
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Varia História (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752008000100003 |
Resumo: | A exportação de banana, na América, foi constituída sob uma base genética extremamente limitada: ao longo de setenta anos, uma só variedade de banana, a Gros Michel, foi praticamente a única a ser vendida nos mercados norte-americanos. Esta variedade produzia grandes cachos, resistentes ao transporte, e dotados de um sabor e de uma casca que os consumidores norte-americanos identificavam como pertencentes a uma banana de qualidade. Entretanto, a Gros Michel também se mostrou muito suscetível a um grande número de patógenos fúngicos, incluindo o Mal do Panamá e a Sigatoka. A dinâmica histórica ocasionada, durante a primeira metade do século XX, pela propagação desse fungo, acelerou o aumentou dos índices de desmatamento, desestabilizou os sistemas de vida rural, aumentou os riscos à saúde dos trabalhadores do campo, e limitou os rendimentos das principais companhias de comércio de banana. Tais epidemias impeliram o governo britânico e a United Fruit Company a estabelecerem programas de fitomelhoramento, durante a década de 1920, tendo como meta o desenvolvimento de uma banana para exportação, que fosse resistente ao Mal do Panamá. Contudo, a criação de um híbrido que fosse capaz tanto de prosperar nas zonas tropicais, quanto de encontrar aceitação no mercado norte-americano, se mostrou uma tarefa de difícil realização. A história dos programas de melhoramento revela uma das principais contradições da agricultura do século XX: os mesmos processos de produção massificada, que tendem a reduzir a diversidade biológica a nível local e regional, permaneciam dependentes do acesso a de um banco genético "global", para manter níveis lucrativos de produção. |
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