Análise da variabilidade da frequência cardíaca em cordeiros da raça Bergamácia, do nascimento aos 35 dias de idade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koether,K.
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Lourenço,M.L.G., Ulian,C.M.V., Gonçalves,R.S., Sudano,M.J., Cruz,R.K.S., Siqueira,E.R., Velo,A.F., Chiacchio,S.B.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352016000400958
Resumo: RESUMO A atividade do sistema nervoso autônomo sobre o coração pode ser verificada pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC), método que quantifica e assim infere sobre a modulação autonômica cardíaca, refletindo o funcionamento do sistema nervoso autônomo. Durante o período neonatal, diferenças significativas no que se refere à maturação autonômica são descritas em diversas espécies. Embora a espécie ovina venha sendo utilizada como modelo experimental em diversos protocolos em neonatologia e cardiologia em humanos, estudos descritivos sobre a VFC utilizando animais saudáveis e não sedados são escassos na literatura. O objetivo do estudo foi descrever a VFC em cordeiros da raça Bergamácia durante os primeiros 35 dias de idade. Foram realizados exames eletrocardiográficos em 20 cordeiros da raça Bergamácia a partir do nascimento e semanalmente até o 35° dia de idade. A VFC foi analisada pelo intervalo RR normal (batimentos sinusais), pela frequência cardíaca, pelo índice de tônus vasovagal (iTVV), pela raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD) e pela raiz quadrada da somatória do quadrado das diferenças dos valores individuais em relação ao valor médio, dividido pelo número de iR-R em 90 segundos - VFC global (RMSM). Todos os parâmetros se alteraram ao longo das semanas. A frequência cardíaca média elevou-se entre o nascimento e os primeiros sete dias de idade, com decréscimo nas quatro semanas subsequentes, sendo o menor valor encontrado aos 35 dias de idade (145,63±37,80bpm). Entre 21, 28 e 35 dias de idade, o iTVV elevou-se significativamente, o RMSM a partir do 28º dia, e, aos 35 dias, o RMSSD, reflexo da ativação parassimpática, exibiu diferenças em relação aos momentos subsequentes. O início da predominância parassimpática, refletida nos índices da VFC, particularmente o iTVV, ocorre aos 21 dias de idade. A partir dos 35 dias de idade, os índices RMSM e RMSSD podem ser utilizados como marcadores fidedignos das mudanças nos efeitos simpático e parassimpático sobre o coração de cordeiros.
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