Distribuição espacial de acidentes escorpiônicos em Belo Horizonte, Minas Gerais, 2005 a 2009

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa,A.D.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Silva,J.A., Cardoso,M.F.E.C., Meneses,J.N.C., Cunha,M.C.M., Haddad,J.P.A., Nicolino,R.R., Magalhães,D.F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352014000300721
Resumo: Acidentes por escorpião constituem problema de saúde pública em Belo Horizonte. Realizou-se um estudo epidemiológico observacional retrospectivo para analisar a frequência e distribuição espacial dos acidentes escorpiônicos em Belo Horizonte, entre 2005 e 2009, e associá-las às categorias de risco classificadas pelo Índice de Vulnerabilidade à Saúde (IVS), um índice socioeconômico regional composto. Foram utilizados dados de notificação do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Vigilância Epidemiológica (SISVE), referentes aos anos de 2008 e 2009. Para o período de 2005 a 2007, foi necessário o resgate de dados das fichas clínicas do Hospital João XXIII (HPSJXXIII) correspondentes às variáveis encontradas no SINAN e SISVE, uma vez que os mesmos não estavam digitalizados nos referidos sistemas de informação. Para georreferenciamento e análise espacial, foi utilizada a base geográfica EndGeo, o aplicativo de mapeamento MapInfo versão 10.0 e os programas Hotspot Detective e SatScan. Entre 2005 e 2009, ocorreram em Belo Horizonte 2.769 casos de acidentes por escorpião, o que representa uma incidência média de 22,4 casos por 100.000 habitantes. Do total de casos, 1.924 (69,5%) foram georreferenciados e houve predomínio de incidência em dois Distritos Sanitários (DS), com grande concentração de casos nas regiões de cemitérios do município. Foram detectados dois "clusters" no período, sendo um em 2005, nos DS Noroeste e Oeste, e outro entre 2006 e 2007, nos DS Noroeste e Nordeste. Não houve associação entre as áreas de maior incidência de escorpionismo e as áreas de maior risco à saúde classificadas pelo IVS. Com base nos resultados, conclui-se que há necessidade de melhorias no processo de notificação do agravo e que o mapeamento dos casos é uma ferramenta relevante capaz de embasar o direcionamento das ações educativas de controle para as áreas prioritárias de Belo Horizonte.
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