Detecção de anticorpos anti-Rickettsia rickettsii em cães residentes em área negligenciada no município de São Paulo, SP, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza,Z.Ê.S.
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Moraes,B.V., Krawczak,F.S., Zulzke,L., Carvalho,T.V., Sousa,A.O., Agopian,R.G., Marcili,A., Labruna,M.B., Moraes-Filho,J.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352020000602141
Resumo: RESUMO A febre maculosa brasileira (FMB), descrita inicialmente nos Estados Unidos como febre maculosa das Montanhas Rochosas, é uma antropozoonose relatada apenas no continente americano e causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. No Brasil a transmissão ocorre sobretudo pela picada de carrapatos do gênero Amblyomma spp. A doença foi inicialmente descrita como de transmissão em áreas rurais e silvestres, no entanto áreas periurbanas e urbanas vêm apresentando casos, principalmente relacionados com a presença de humanos residindo em pequenos fragmentos de mata ciliar. O presente estudo teve por objetivo elucidar a dispersão da FMB nas proximidades dos reservatórios Guarapiranga e Billings, na cidade de São Paulo, SP. Para tanto, a presença de anticorpos anti-R. rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia bellii foi avaliada em cães atendidos nas campanhas de esterilização cirúrgica e residentes ao redor dos reservatórios. Foram coletadas amostras de 393 cães, e as amostras de soro foram analisadas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI), com ponto de corte de 1:64. Os títulos para R. rickettsii variaram de 256 a 4096, com positividade de 3,3% (13/393); para R. bellii, de 128 a 1024 e 4,1% (16/393) de positivos, e um único animal (0,25%) foi soropositivo para R. parkeri, com título de 128. Os achados permitem concluir que a região de estudo apresenta condições de se tornar uma possível área com casos de FMB, pois comporta fragmentação de Mata Atlântica, condições essas ideais para a manutenção do vetor do gênero Amblyomma já descrito na região, bem como para a presença da Rickettsia rickettsii circulante entre os cães, confirmada pela existência de anticorpos. Condutas referentes à conscientização da população por meio de trabalhos educacionais devem ser implantadas para a prevenção da doença na população da área.
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