Quimionucleólise cervical associada à espondilectomia ventral em cães: aspectos clínico-cirúrgicos, radiográficos e histológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daibert,A.P.F.
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Del Carlo,R.J., Monteiro,B.S., Viloria,M.I.V., Tsiomis,A.C., Pinheiro,L.C.P.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352008000200015
Resumo: Foram avaliados aspectos clínico-cirúrgicos, radiográficos e histológicos de discos intervertebrais cervicais caninos após quimionucleólise com quimiopapaína associada à espondilectomia ventral em 24 cães. Em todos foi realizada a espondilectomia ventral na região do disco intervertebral C2-C3 e quimionucleólises nos demais discos cervicais. Os cães foram sacrificados às 24 horas, e aos 8, 30, 60, 90 e 120 dias após aplicação da enzima para a obtenção de cortes sagitais dos discos intervertebrais tratados e das estruturas cartilaginosas e ósseas adjacentes. Nos mesmos períodos, foram realizadas radiografias para monitoração da espessura dos espaços intervertebrais. Todos toleraram bem o procedimento cirúrgico e não apresentaram alterações clínicas significativas. Na avaliação radiográfica, observou-se marcada redução dos espaços intervertebrais 24 horas após o tratamento. Do oitavo ao 90º dia após aplicação da enzima, foi verificada ausência total de espaço intervertebral na região dos discos tratados. Aos 120 dias, as espessuras dos espaços intervertebrais corresponderam, em média, a 59,1% da espessura anterior ao procedimento. Na avaliação histológica, foram observadas digestão nuclear e redução da intensidade de coloração pela safranina-O 24 horas após a quimionucleólise. A partir do 60º dia, havia material amorfo no espaço nuclear, que, aos 120 dias, tinha aparência fibrocartilaginosa. A quimionucleólise associada à espondilectomia ventral determinou a lise dos discos intervertebrais e lesões nas estruturas cartilaginosas e ósseas adjacentes, com tendência à reparação por tecido fibrocartilaginoso ao longo do tempo.
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