Efeitos da ocratoxina no desempenho do camarão-branco-do-pacífico ( Litopenaeus vannamei, Bonne)
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-09352016000501334 |
Resumo: | RESUMO A ocratoxina é um dos maiores grupos de micotoxinas; são metabólitos secundários produzidos principalmente por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Possui propriedades tóxicas e nefrotóxicas, está relacionada à nefropatia endêmica dos Bálcãs, a tumores do trato urinário e foi classificada pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) como pertencente ao grupo 2B, por ser possivelmente carcinogênica para humanos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da ocratoxina A (OTA) no desempenho do camarão-branco-do-pacífico (Litopenaues vannamei). O experimento foi feito simulando o manejo produtivo de uma fazenda de camarão marinho do litoral localizada em Luís Correia, Piauí. Foram utilizados cinco tratamentos com diferentes níveis de micotoxinas: T1- 100µg/kg de OTA; T2- 500µg/kg de OTA; T3- 1000µg/kg de OTA; T4- 100µg/kg de OTA e 500µg/kg afatoxina B1 e T5 - 0,0µg/kg de OTA. A produção de OTA foi realizada por meio da fermentação do milho, utilizando-se a cepa de Aspergillus ochraceus. Rações comerciais foram contaminadas com os núcleos de milho. A detecção e a quantificação de OTA dos núcleos, das rações comerciais e dos tecidos do camarão (cefalotórax e abdome) foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para simular o sistema de criação da fazenda, os animais foram cultivados por um período de oito semanas, sendo 20 animais por caixa, recebendo alimentação duas vezes por dia. O menor ganho de peso observado foi no T2 e no T4 e os maiores ganhos de peso foram obtidos no T1 e no T5, que também apresentaram a melhor conversão alimentar. Após 56 dias de experimento, foi detectada OTA residual nas amostras de abdome apenas nos camarões do T1. Logo, camarões alimentados com rações contaminadas com OTA têm seu desempenho produtivo comprometido, o que gera impactos econômicos negativos para a indústria carcinicultora, além de ser um risco à saúde do consumidor, devido aos resíduos em sua musculatura. |
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