Novo do velho: a poesia experimental dos poetas ensaístas Haroldo e Augusto de Campos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
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Texto Completo: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/article/view/16694 |
Resumo: | RESUMO: Discutir a poesia aguda de expressão visual e sonora, que partilha o sentido de renovar o antigo, mas não se desgarra do velho, ou de criar o novo, voltando à origem, é um dos motivos principais deste artigo. Mais do que barroquismo no século XX ou ruptura em relação ao passado, investigamos que os poetas Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Affonso Ávila compartilham procedimentos de agudeza que se diferenciam por participarem de tempos discursivos diferentes, o discurso de barroco era um e o discurso do chamado “neobarroco” é outro. A partir de então, a vanguarda já não se faz como categoria operacional, mas apenas como um ponto na linha evolutiva. Temos, assim, um Haroldo de Campos que interroga a história literária de Antonio Candido, propondo-a não como formação, mas como transformação; menos como processo que se forma e mais como processo gerundivo, em que sobressaiam os momentos de ruptura, entendendo a tradição como um procedimento dialético, que coloca face a face diacronia e sincronia. Para exemplificação das reflexões, tomamos como base os poemas “Oportet”, de Haroldo de Campos, e “Novo novelo”, de Augusto de Campos, para discutir uma questão recorrente na literatura: tradição e ruptura, considerando questionável o rótulo “neobarroco” na literatura brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira. Poesia experimentalista. Barroco. Neobarroco. Semiótica tensiva. ABSTRACT: To discuss sharp poetry of sound and visual expression, which shares the sense of renewing the old, but not strays from the old, or create the new, returning to the origin, is one of the main reasons of this article. More than baroque style in the twentieth century or break with the past, we investigated that the poets Haroldo de Campos, Augusto de Campos and Affonso Ávila share sharpness procedures that differ by participating in different discursive tenses, the baroque speech is one thing and the so called “new baroque” speech is another thing. Since then, the vanguard is no longer an operational category, but a point in the evolutionary line. We have thus a Haroldo de Campos that questions the literary history of Antonio Candido, proposing it not as a training but a transformation; less as a process that forms and more like a gerundive process, in which stand out the moments of rupture, understanding the tradition as a dialectical procedure, which puts diachrony and synchrony face to face. For exemplification of reflections we based on the poems “Oportet" by Haroldo de Campos and “Novo Novelo" by Augusto de Campos to discuss a recurrent theme in the literature: tradition and rupture, considering questionable the label "neo-baroque" in Brazilian literature.KEYWORDS: Brazilian Literature. Experimentalist poetry. Baroque. Neo-Baroque. Tensive semiotic. |
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Novo do velho: a poesia experimental dos poetas ensaístas Haroldo e Augusto de CamposLiteratura brasileira. Poesia experimentalista. Barroco. Neobarroco. Semiótica tensiva.RESUMO: Discutir a poesia aguda de expressão visual e sonora, que partilha o sentido de renovar o antigo, mas não se desgarra do velho, ou de criar o novo, voltando à origem, é um dos motivos principais deste artigo. Mais do que barroquismo no século XX ou ruptura em relação ao passado, investigamos que os poetas Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Affonso Ávila compartilham procedimentos de agudeza que se diferenciam por participarem de tempos discursivos diferentes, o discurso de barroco era um e o discurso do chamado “neobarroco” é outro. A partir de então, a vanguarda já não se faz como categoria operacional, mas apenas como um ponto na linha evolutiva. Temos, assim, um Haroldo de Campos que interroga a história literária de Antonio Candido, propondo-a não como formação, mas como transformação; menos como processo que se forma e mais como processo gerundivo, em que sobressaiam os momentos de ruptura, entendendo a tradição como um procedimento dialético, que coloca face a face diacronia e sincronia. Para exemplificação das reflexões, tomamos como base os poemas “Oportet”, de Haroldo de Campos, e “Novo novelo”, de Augusto de Campos, para discutir uma questão recorrente na literatura: tradição e ruptura, considerando questionável o rótulo “neobarroco” na literatura brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira. Poesia experimentalista. Barroco. Neobarroco. Semiótica tensiva. ABSTRACT: To discuss sharp poetry of sound and visual expression, which shares the sense of renewing the old, but not strays from the old, or create the new, returning to the origin, is one of the main reasons of this article. More than baroque style in the twentieth century or break with the past, we investigated that the poets Haroldo de Campos, Augusto de Campos and Affonso Ávila share sharpness procedures that differ by participating in different discursive tenses, the baroque speech is one thing and the so called “new baroque” speech is another thing. Since then, the vanguard is no longer an operational category, but a point in the evolutionary line. We have thus a Haroldo de Campos that questions the literary history of Antonio Candido, proposing it not as a training but a transformation; less as a process that forms and more like a gerundive process, in which stand out the moments of rupture, understanding the tradition as a dialectical procedure, which puts diachrony and synchrony face to face. For exemplification of reflections we based on the poems “Oportet" by Haroldo de Campos and “Novo Novelo" by Augusto de Campos to discuss a recurrent theme in the literature: tradition and rupture, considering questionable the label "neo-baroque" in Brazilian literature.KEYWORDS: Brazilian Literature. Experimentalist poetry. Baroque. Neo-Baroque. Tensive semiotic.Universidade Federal de Minas Gerais2015-07-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/article/view/1669410.17851/1983-3652.8.1.146-161Texto Livre; Vol. 8 No. 1 (2015): Texto Livre: Linguagem e Tecnologia; 146-161Texto Livre; Vol. 8 Núm. 1 (2015): Texto Livre: Linguagem e Tecnologia; 146-161Texto Livre; Vol. 8 No 1 (2015): Texto Livre: Linguagem e Tecnologia; 146-161Texto Livre; v. 8 n. 1 (2015): Texto Livre: Linguagem e Tecnologia; 146-1611983-3652reponame:Texto livreinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGporhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/article/view/16694/13451Copyright (c) 2015 Texto Livre: Linguagem e Tecnologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessTomasi, Carolina2020-07-18T18:20:16Zoai:periodicos.ufmg.br:article/16694Revistahttp://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/textolivrePUBhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/textolivre/oairevistatextolivre@letras.ufmg.br1983-36521983-3652opendoar:2020-07-18T18:20:16Texto livre - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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