Análise da cinemática e do padrão de ativação muscular durante a marcha de idosas assintomáticas e com osteoartrite de joelhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula Maria Machado Arantes
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MSMR-6XGF7H
Resumo: A osteoartrite (OA) de joelho é a causa mais comum de incapacidade em idosos. O entendimento de como a função é afetada pela doença é crítico para o delineamento de intervenções efetivas para prevenir a incapacidade. Neste sentido, o estudo da marcha torna-se especialmente relevante devido à grande importância desta atividade para a função destes indivíduos. Os objetivos deste estudo foram: (a) investigar as alterações cinemáticas das articulações do quadril, joelho e tornozelo durante a marcha de idosas com OA de joelhos quando comparadas às idosas assintomáticas; (b) comparar os padrões de ativação muscular durante a marcha entre idosas com OA de joelhos e assintomáticas; (c) comparar o trabalho pela massa corporal dos músculos quadríceps e isquiotibiais; (d) investigar a associação entre a força do músculo quadríceps e a cinemática do joelho na fase de resposta à carga. A amostra deste estudo foi composta por 21 idosas com OA de joelhos (71,43 + 4,14 anos) e 21 idosas assintomáticas (71,38 + 4,09 anos). Os dados cinemáticos, espaciais e temporais foram obtidos durante a marcha usual das participantes através de um Sistema de Análise de Movimento. A intensidade e duração da ativação dos músculos vasto lateral, bíceps femoral, tibial anterior, gastrocnêmio e sóleo durante a marcha foram avaliadas por eletromiografia de superfície. A dinamometria isocinética foi utilizada para avaliar o trabalho pela massa corporal dos músculos quadríceps e isquiotibiais. O teste ANOVA foi utilizado para a comparação entre os grupos. As correlações foram calculadas pelo coeficiente de correlação de Pearson. Foi estabelecido nível de significância de =0,05. Os resultados demonstraram que as idosas com OA de joelhos apresentaram menor pico de flexão do joelho na fase de balanço inicial (p=0,003), menor ADM da articulação do joelho na fase de resposta à carga (p=0,019) e no período de apoio (p=0,046) e menor ADM do quadril durante o apoio (p=0,007). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos no padrão de ativação muscular durante a marcha e na força dos músculos quadríceps e isquiotibiais. Conclui-se que a marcha das idosas com OA de joelhos apresentou alterações cinemáticas que não se restringiram à articulação do joelho, acometendo também a articulação do quadril. Além disto, não foi encontrada diferença na função muscular entre os dois grupos, sugerindo que as alterações da marcha podem ocorrer mesmo na ausência de déficit de força.
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Os objetivos deste estudo foram: (a) investigar as alterações cinemáticas das articulações do quadril, joelho e tornozelo durante a marcha de idosas com OA de joelhos quando comparadas às idosas assintomáticas; (b) comparar os padrões de ativação muscular durante a marcha entre idosas com OA de joelhos e assintomáticas; (c) comparar o trabalho pela massa corporal dos músculos quadríceps e isquiotibiais; (d) investigar a associação entre a força do músculo quadríceps e a cinemática do joelho na fase de resposta à carga. A amostra deste estudo foi composta por 21 idosas com OA de joelhos (71,43 + 4,14 anos) e 21 idosas assintomáticas (71,38 + 4,09 anos). Os dados cinemáticos, espaciais e temporais foram obtidos durante a marcha usual das participantes através de um Sistema de Análise de Movimento. A intensidade e duração da ativação dos músculos vasto lateral, bíceps femoral, tibial anterior, gastrocnêmio e sóleo durante a marcha foram avaliadas por eletromiografia de superfície. A dinamometria isocinética foi utilizada para avaliar o trabalho pela massa corporal dos músculos quadríceps e isquiotibiais. O teste ANOVA foi utilizado para a comparação entre os grupos. As correlações foram calculadas pelo coeficiente de correlação de Pearson. Foi estabelecido nível de significância de =0,05. Os resultados demonstraram que as idosas com OA de joelhos apresentaram menor pico de flexão do joelho na fase de balanço inicial (p=0,003), menor ADM da articulação do joelho na fase de resposta à carga (p=0,019) e no período de apoio (p=0,046) e menor ADM do quadril durante o apoio (p=0,007). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos no padrão de ativação muscular durante a marcha e na força dos músculos quadríceps e isquiotibiais. Conclui-se que a marcha das idosas com OA de joelhos apresentou alterações cinemáticas que não se restringiram à articulação do joelho, acometendo também a articulação do quadril. Além disto, não foi encontrada diferença na função muscular entre os dois grupos, sugerindo que as alterações da marcha podem ocorrer mesmo na ausência de déficit de força.Knee osteoarthritis (OA) is the most commom cause of disability among elderly. Understanding how function is affected by pathology may be critical in designing effective interventions for preventing disability. In this way, the gait study is especially relevant because the great importance of this activity to these subjects function. The purposes of this study were: (a) investigate knee, hip and ankle kinematic alterations during gait of elderly women with knee OA when compared with asymptomatic elderly women; (b) compare muscle activation patterns during gait between elderly women with knee OA and asymptomatic elderly women; (c) compare quadriceps and hamstrings muscles work for body weight; (d) investigate the association between quadriceps strength and knee kinematics in the load response phase. The sample of this study was composed by 21 elderly women with knee OA (71,43 + 4,14 years old) and 21 asymptomatic elderly women (71,38 + 4,09 years old). Kinematics data were obtained during usual gait of the subjects by a motion analysis system. Intensity and duration of vastus lateralis, biceps femoris, tibialis anterior, gastrocnemius and soleus muscles activity during gait was assessed by surface electromiography. The isokinetic dynamometry was used to assess quadriceps and hamstring work for body weight. ANOVA test was used to determine differences between groups and the correlations were calculated by Pearson coefficient. The level of significance was set at =0,05. Elderly with knee osteoarthritis demonstrated less knee flexion peak during initial swing phase (p=0,003), less knee flexion excursion during weight acceptance (p=0,019) and stance (p=0,046) and less hip extension excursion during stance (p=0,007). There were no significant differences between groups for muscle activation patterns during gait and quadriceps and hamstrings strength. In summary, the gait of elderly women with knee osteoarthritis demonstrated kinematics alterations that were not limited to the knee, affecting either the hip. Moreover, there were no differences in muscle function between groups, suggesting that gait alterations can occur without strength decrease.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGJoelhos DoençasArticulação de quadril DoençasArticulações DoençasArtriteCinemáticaMulheres idosasosteoartrite de joelhosmarchaidosascinemáticafunção muscularAnálise da cinemática e do padrão de ativação muscular durante a marcha de idosas assintomáticas e com osteoartrite de joelhosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALpdf_paula_arantes.pdfapplication/pdf2647369https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MSMR-6XGF7H/1/pdf_paula_arantes.pdf30547246884ba0060d0a0a66314ae7ffMD51TEXTpdf_paula_arantes.pdf.txtpdf_paula_arantes.pdf.txtExtracted texttext/plain201974https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MSMR-6XGF7H/2/pdf_paula_arantes.pdf.txt4f30e0e7bb137f212c9f7218e8fefdfaMD521843/MSMR-6XGF7H2019-11-14 09:39:27.98oai:repositorio.ufmg.br:1843/MSMR-6XGF7HRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:39:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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