Avaliação do impacto da presença de comorbidades nos desfechos do transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gustavo Machado Teixeira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A32FEY
Resumo: O transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticas (TACPH) é uma opção de tratamento potencialmente curativa para várias doenças hematológicas. Modificações nas terapias imunossupressoras, melhorias nos cuidados de suporte clínico e a introdução dos regimes de intensidade reduzida (RIC) permitiram a expansão das indicações de TACPH. O TACPH, no entanto, ainda apresenta elevada morbimortalidade, sendo a presença de comorbidades um dos fatores prognósticos. O Hematopoietic Cell Transplantation-specific Comorbidity Index (HCT-CI) proporcionou melhor previsão da mortalidade relacionada ao transplante (MRT) em relação às comorbidades. O presente estudo objetivou avaliar o HCTCI e o Adult Comorbidity Evaluation (ACE-27) como preditores de desfechos clínicos após o TACPH. Foram incluídos, prospectivamente, adultos com doença maligna ou não maligna hematológica, que foram submetidos ao primeiro TACPH relacionado ou não relacionado, e que receberam células progenitoras hematopoéticas de aspirado de medula (CPHMO) ou de sangue periférico (CPHSP). As variáveis foram: HCT-CI, ACE-27 e ACE-27 modificado (excluída neoplasia hematológica), tipo de doença primária, tipo de fonte de enxerto, tipo de doador, tipo de regime de condicionamento e uso do alemtuzumabe associado ao regime de condicionamento. O índice de risco doença neoplásica/status doença (RD/SD) porposto por Armand foi avaliado exclusivamente na incidência de recidiva. Os desfechos clínicos compreenderam: incidência cumulativa de recuperação de granulócitos (RG) e de plaquetas (RP), síndrome obstrutiva sinusoidal (SOS), doença do enxerto contra hospedeira (DECH) aguda e crônica, recidiva, mortalidade relacionada ao transplante (MRT), sobrevida livre de evento (SLE) e geral (SG). Um total de 99 pacientes foi avaliado, com mediana de idade de 38 anos (18-65 anos), 60,6% eram do sexo masculino. O HCT-CI 3 compreendeu 8% dos casos. As neoplasias equivaleram a 75,8% das indicações de TACPH. O HCT-CI, ACE-27 e ACE-27 modificado não se associaram com os desfechos do TACPH. Em conclusão, nenhum dos índices de comorbidades avaliados influenciou os diferentes desfechos pós-TACPH nessa população. Fatores relacionados ao pequeno tamanho da amostra podem ter contribuído para esses resultados.
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Foram incluídos, prospectivamente, adultos com doença maligna ou não maligna hematológica, que foram submetidos ao primeiro TACPH relacionado ou não relacionado, e que receberam células progenitoras hematopoéticas de aspirado de medula (CPHMO) ou de sangue periférico (CPHSP). As variáveis foram: HCT-CI, ACE-27 e ACE-27 modificado (excluída neoplasia hematológica), tipo de doença primária, tipo de fonte de enxerto, tipo de doador, tipo de regime de condicionamento e uso do alemtuzumabe associado ao regime de condicionamento. O índice de risco doença neoplásica/status doença (RD/SD) porposto por Armand foi avaliado exclusivamente na incidência de recidiva. Os desfechos clínicos compreenderam: incidência cumulativa de recuperação de granulócitos (RG) e de plaquetas (RP), síndrome obstrutiva sinusoidal (SOS), doença do enxerto contra hospedeira (DECH) aguda e crônica, recidiva, mortalidade relacionada ao transplante (MRT), sobrevida livre de evento (SLE) e geral (SG). Um total de 99 pacientes foi avaliado, com mediana de idade de 38 anos (18-65 anos), 60,6% eram do sexo masculino. O HCT-CI 3 compreendeu 8% dos casos. As neoplasias equivaleram a 75,8% das indicações de TACPH. O HCT-CI, ACE-27 e ACE-27 modificado não se associaram com os desfechos do TACPH. Em conclusão, nenhum dos índices de comorbidades avaliados influenciou os diferentes desfechos pós-TACPH nessa população. Fatores relacionados ao pequeno tamanho da amostra podem ter contribuído para esses resultados.Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (AHSCT) is a potentially curative treatment option for many different hematological diseases. Modifications in immunosuppressive therapies, improvements in clinical support care, and the introduction of reduced-intensity regimens (RIC), have led to increasing AHSCT recommendations. Nevertheless, AHSCT continues to have high morbimortality rates, the presence of comorbidities being one of the prognostic factors. The Hematopoietic Cell Transplantationspecific Comorbidity Index (HCT-CI) provided better prediction of transplant related mortality (TRM) in relation to comorbidities. The present study set out to assess the HCT-CI and the Adult Comorbidity Evaluation (ACE-27) as predictors of clinical outcomes post- AHSCT. In the study, we prospectively included adults with malignant or non-malignant hematological diseases, who underwent the first related or unrelated AHSCT and who received hematopoietic stem cells from bone marrow aspiration or peripheral blood. The variables were: HCT-CI, ACE-27 and modified ACE-27 (excluding hematological malignancies), type of primary disease, donor, graft source, conditioning regimen and the use of alemtuzumab. Armands neoplasic disease/disease status index was exclusively assessed in the incidence of relapse. Clinical outcomes included: cumulative incidence of platelet (PR) and granulocyte recovery (GR), sinusoidal obstructive syndrome (SOS), acute and chronic graft versus host disease (GVHD), relapse, transplant-related mortality (TRM), event free survival (EFS) and overall survival (OS). A total 99 patients were assessed and the median age was 38 years (18-65 years), 60.6% were male. HCT-CI 3 corresponded to 8% of cases and hematological malignancies accounted for 75.8% of the recommendations for AHSCT. HCT-CI, ACE-27 and modified ACE-27 were not associated with the AHSCT outcomes. In conclusion, none of the comorbidity indexes assessed influenced the different post-AHSCT outcomes in this population. Factors related to the small sample size could have contributed to these results.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTransplante de orgãos, tecidos, etcTransplante homólogo/mortalidadeComorbidadeTransplante homólogoTransplante homólogo/reabilitaçãoAdult Comorbidity Evaluationclínicos do transplante alogênicoÍndices comorbidadeDesfechosMortalidade relacionada ao transplanteHematopoietic Cell Transplantation-specific Comorbidity IndexAvaliação do impacto da presença de comorbidades nos desfechos do transplante alogênico de células progenitoras hematopoéticasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de__gustavo_machado_teixeira.pdfapplication/pdf2529326https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A32FEY/1/disserta__o_de__gustavo_machado_teixeira.pdfe9f56b6d360ff0b9a5969b614a6d9495MD51TEXTdisserta__o_de__gustavo_machado_teixeira.pdf.txtdisserta__o_de__gustavo_machado_teixeira.pdf.txtExtracted texttext/plain209131https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A32FEY/2/disserta__o_de__gustavo_machado_teixeira.pdf.txt68b5301318ea0d90ed0ef2253dbac885MD521843/BUBD-A32FEY2019-11-14 10:44:25.983oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A32FEYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:44:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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