Efeitos da adição de óxido de grafeno em argamassas de reparo estrutural submetidas à carbonatação

• Autor(a) principal: Luisa de Oliveira Verçosa
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/53653
• topic: Óxido de grafeno; Nanomateriais; Argamassa de reparo estrutural; Carbonatação; Grautes; Propriedades mecânicas; Construção civil; Materiais de construção; Óxido de grafeno; Nanomateriais; Argamassa; Carbonatação; Propriedades mecânicas

O grafeno e seus derivados têm se mostrado promissores no aprimoramento de compósitos cimentícios. Dentre esses derivados, destaca-se o óxido de grafeno (OG), com sua grande área superficial específica, resistência mecânica e boa estabilidade química. Misturado ao Cimento Portland, suas folhas podem contribuir fisicamente para uma maior resistência mecânica do compósito final. Além disso, segundo a literatura específica, o OG mostrou-se capaz de influenciar na hidratação do cimento, atuando como nucleador de produtos de hidratação e refinando a estrutura de poros do cimento hidratado. Essas características são muito desejáveis em um material de reparo estrutural, uma vez que a redução da penetração de agentes agressivos na matriz cimentícia evita sua carbonatação e o desencadeamento do processo de corrosão das armaduras. Neste trabalho, foi estudado o efeito do OG em argamassas de reparo estrutural (graute) submetidas à carbonatação. O graute foi desenvolvido com cimento Portland, pó de pedra, areia e OG em 3 concentrações (0,00 %, 0,03 % e 0,10 % em relação à massa de cimento). Foram realizados ensaios de trabalhabilidade pela consistência flow table no estado fresco, ensaios de resistência mecânica à compressão e à tração por compressão diametral bem como a análise do avanço da frente de carbonatação, em processo de carbonatação acelerada. Verificou-se que a argamassa contendo 0,03 % de OG em relação à massa de cimento apresentou os melhores resultados de resistência à tração e de profundidade de carbonatação. Notou-se, também, dificuldade na moldagem homogênea das amostras com adição de OG no teor de 0,1 %, resultando em uma redução na resistência à compressão dos corpos de prova e em uma maior variabilidade de resultados dos mesmos. Desta maneira, considerando os resultados positivos dos ensaios, entende-se que o óxido de grafeno é um material promissor e que pode contribuir para o aprimoramento de materiais cimentícios.