O processo de participação cidadã na caracterização da paisagem cultural: o caso do bairro Lagoinha, Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Samantha de Oliveira Nery
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: João Pedro Otoni Cardoso, Teresa Cristina Guerra de Andrade, Leonardo Barci Castriota
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/54205
https://orcid.org/0000-0002-9159-1787
Resumo: Ao longo do século XX, o campo do patrimônio cultural viveu uma crescente valorização da participação cidadã. Têm sido efetivadas propostas e decisões que consideram as percepções e a relação entre os cidadãos que vivenciam o território e o patrimônio que ali se insere, não mais se restringindo à decisões tomadas por técnicos, especialistas, políticos ou formadores de opinião, Neste panorama em transformação, caracterizado a partir da segunda metade do século XX por uma concepção ampliada do patrimônio, a “paisagem cultural” tem sido vista como um importante constructo teórico para a compreensão da relação entre o homem e seu meio. Com a absorção, desde 1992, da categoria de paisagem cultural pela UNESCO, esta ideia passa a ser objeto de uma extensa pesquisa em todo o mundo, investigando-se seus vários contornos teóricos e âmbitos de utilização. A Convenção Europeia da Paisagem, de 2000, se tornou um marco significativo neste movimento, ao desenvolver um conceito amplo de “paisagem” que abarca todo o território, sendo capaz de expressar a diversidade do patrimônio e atuar como elemento fundacional de sua identidade, conforme é apreendida pelas populações. Além disso, o documento encoraja a participação cidadã. Um dos países pioneiros no estudo da Paisagem Cultural foi a Inglaterra, com a criação de metodologias de mapeamento e caracterização do território, a partir do viés da paisagem. Assim, desde a década de 1980 vêm sendo desenvolvidas ali metodologias neste sentido, como a HLC - Historic Landscape Characterisation e a LCA - Landscape Character Assessment, que vêm sendo amplamente divulgadas, inspirando inclusive sua implementação e/ou adaptação em outros países, nas décadas seguintes. Mais recentemente, concebeu-se na Inglaterra outra metodologia, a HAA - Historic Areas Assessments que, com uma visão mais voltada para o patrimônio urbano, busca compreender a paisagem através da leitura de suas camadas históricas. Ao analisar essas abordagens, constata-se que um dos aspectos mais desafiadores em seus processos é o da inclusão sistemática da participação cidadã que, mesmo sendo considerada fundamental, tem encontrado entraves em sua efetivação. Neste texto apresentamos a experiência de caracterização da paisagem realizada no contexto brasileiro, no bairro da Lagoinha, em Belo Horizonte, que procura dialogar com a experiência inglesa já consolidada, discutindo-se especialmente o processo de participação cidadã. Após uma descrição e análise dos métodos de participação cidadã adotados em nossa leitura - “survey” e “grupos focais” - são apresentados os resultados obtidos, discutindo-se de que forma essas metodologias podem incrementar as leituras do território na caracterização da paisagem cultural da Lagoinha.
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A Convenção Europeia da Paisagem, de 2000, se tornou um marco significativo neste movimento, ao desenvolver um conceito amplo de “paisagem” que abarca todo o território, sendo capaz de expressar a diversidade do patrimônio e atuar como elemento fundacional de sua identidade, conforme é apreendida pelas populações. Além disso, o documento encoraja a participação cidadã. Um dos países pioneiros no estudo da Paisagem Cultural foi a Inglaterra, com a criação de metodologias de mapeamento e caracterização do território, a partir do viés da paisagem. Assim, desde a década de 1980 vêm sendo desenvolvidas ali metodologias neste sentido, como a HLC - Historic Landscape Characterisation e a LCA - Landscape Character Assessment, que vêm sendo amplamente divulgadas, inspirando inclusive sua implementação e/ou adaptação em outros países, nas décadas seguintes. 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Após uma descrição e análise dos métodos de participação cidadã adotados em nossa leitura - “survey” e “grupos focais” - são apresentados os resultados obtidos, discutindo-se de que forma essas metodologias podem incrementar as leituras do território na caracterização da paisagem cultural da Lagoinha.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilARQ - DEPARTAMENTO DE ANÁLISE CRÍTICA E HISTÓRICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMOSimpósio Científico do ICOMOS BrasilPaisagem culturalParticipação do cidadãoLagoinha (Belo Horizonte, MG)Paisagem culturalParticipação cidadãHLCHAALagoinhaO processo de participação cidadã na caracterização da paisagem cultural: o caso do bairro Lagoinha, Belo HorizonteThe process of citizen participation in the characterization of the cultural landscape: the case of the Lagoinha neighborhood, Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttps://www.even3.com.br/anais/iiisimposioicomosbrasil/155756-o-processo-de-participacao-cidada-na-caracterizacao-da-paisagem-cultural--o-caso-do-bairro-lagoinha-belo-horizon/Samantha de Oliveira NeryJoão Pedro Otoni CardosoTeresa Cristina Guerra de AndradeLeonardo Barci Castriotaapplication/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; 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