Espaços vagamente delimitados acerca da paisagem

• Autor(a) principal: Leonora Lobo Weissmann Serpa de Andrade
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8EHL8L
• topic: Artes; Paisagens na arte; Natureza (Estetica); Arte e literatura; Artes; Blanchot, Maurice,, 1907- Crítica e interpretação; Criação (Literária, artística, etc); Arte

0Esta dissertação propõe um trajeto acerca da paisagem inserida nas intercessões entre os processos criativos das artes plásticas e da literatura, tendo como principal base as formulações teórico-literárias de Maurice Blanchot. Não se trata por uma busca epistemológica ou histórica da paisagem, e sim de um caminhar baseado na premissa de que encontrar é tornear, dar a volta em, e não necessariamente achar, concluir. A partir da imagem do pensamento sugerida por Blanchot (a partir de Mallarmé) de duas linguagens, a literária e a ordinária, proponho uma analogia com duas paisagens, mas não únicas: uma provável paisagem poética, baseada na noção de exterior, apoiando-se na colocação do autor de que a obra é, ou seja, que a pintura, o livro, possui sua independência, fundando sua própria realidade, e outra, a paisagem ordinária, cotidiana, como naturezacontemplada. Dentro dessa busca, atravesso outras paisagens e alguns universos criativos que de alguma forma tangenciam-se quando dentro do assunto proposto: Fernando Pessoa, Machado de Assis, Osman Lins, Maria Sibylla Merian, Nathaniel Ward, Farnese de Andrade dentre outros. Neste primeiro volume, denominado Espaços vagamente delimitados, proponho a imagem de uma árvore não genealógica como base para a estrutura teórica, onde estabelecem-se os capítulos e em um segundo volume, independente deste, denominado Espaços vagamente delimitados Acerca de uma história da paisagem exercito a imagem surgindo de formas diversas, como uma outra história ou a mesma contada a partir de outro ponto de vista, do ponto de vista da paisagem que vê, porque a história da paisagem é infinita e seu estado éimanente.