Utilização de biomarcadores no diagnóstico precoce de lesão renal aguda em pacientes criticamente enfermos: revisão sistemática da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luana Amaral Pedroso
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B32JG9
Resumo: A lesão renal aguda (LRA) é uma complicação comum em ambiente hospitalar e possui maior frequência em unidades de terapia intensiva (UTI). Associa-se ao aumento significativo da morbimortalidade e ao incremento das despesas com cuidados de saúde. Em geral, a LRA é detectada por meio da mensuração do débito urinário e da creatinina sérica, os quais representam marcadores tardios dessa condição clínica. Novos biomarcadores, presentes na urina e/ou sangue, emergiram nas últimas décadas como promissores no diagnóstico precoce da LRA. Seu emprego na prática clínica é interessante pela potencial contribuição no diagnóstico precoce e predição prognóstica da LRA. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura, abrangendo estudos publicados nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), Lilacs (via BVS), CINAHL, COCHRANE e EMBASE, sobre o emprego de novos biomarcadores no diagnóstico da LRA, definida pelo critério AKIN ou KDIGO, em pacientes internados em UTI. A revisão incluiu estudos experimentais em humanos e observacionais publicados entre 2006 e 2016, envolvendo pacientes com idade igual ou maior do que 18 anos, internados em UTI. A extração e análise de dados foram realizadas de modo independente por dois revisores e as discordâncias, analisadas por um terceiro revisor. Conforme os critérios de elegibilidade foram selecionados oito estudos. Os principais biomarcadores investigados foram neutrófilo-gelatinase associada à lipocalina (NGAL 5 estudos), proteína de ligação ao ácido graxo de tipo L (L-FABP 2 estudos), n-acetil--d-glucosaminidase (NAG 2 estudos) e cistatina C (2 estudos). Em 73,9% dos testes a amostra utilizada foi de urina. Os biomarcadores que apresentaram melhor perfil de sensibilidade (s) e especificidade (e) foram a proteína de choque térmico-72 (s=100%; e=90%) e interleucina 18 (s=92%; e=100%). Já a cistatina C mostrou desempenho insatisfatório em dois estudos. Dois estudos apresentaram resultados desfavoráveis quanto à utilização de biomarcador. Todos os biomarcadores sofreram algum tipo de influência advindos da presença de comorbidades ou etiologia da LRA. Um único biomarcador é incapaz de identificar a etiologia e mecanismo da LRA, mas auxiliam na sua identificação e na implementação de estratégias efetivas
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O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura, abrangendo estudos publicados nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), Lilacs (via BVS), CINAHL, COCHRANE e EMBASE, sobre o emprego de novos biomarcadores no diagnóstico da LRA, definida pelo critério AKIN ou KDIGO, em pacientes internados em UTI. A revisão incluiu estudos experimentais em humanos e observacionais publicados entre 2006 e 2016, envolvendo pacientes com idade igual ou maior do que 18 anos, internados em UTI. A extração e análise de dados foram realizadas de modo independente por dois revisores e as discordâncias, analisadas por um terceiro revisor. Conforme os critérios de elegibilidade foram selecionados oito estudos. Os principais biomarcadores investigados foram neutrófilo-gelatinase associada à lipocalina (NGAL 5 estudos), proteína de ligação ao ácido graxo de tipo L (L-FABP 2 estudos), n-acetil--d-glucosaminidase (NAG 2 estudos) e cistatina C (2 estudos). Em 73,9% dos testes a amostra utilizada foi de urina. Os biomarcadores que apresentaram melhor perfil de sensibilidade (s) e especificidade (e) foram a proteína de choque térmico-72 (s=100%; e=90%) e interleucina 18 (s=92%; e=100%). Já a cistatina C mostrou desempenho insatisfatório em dois estudos. Dois estudos apresentaram resultados desfavoráveis quanto à utilização de biomarcador. Todos os biomarcadores sofreram algum tipo de influência advindos da presença de comorbidades ou etiologia da LRA. Um único biomarcador é incapaz de identificar a etiologia e mecanismo da LRA, mas auxiliam na sua identificação e na implementação de estratégias efetivasAcute kidney injury (AKI) is a common complication in hospitalized patients, with higher frequency in intensive care units (ICU). AKI is associated with a significant increase in morbimortality and health care expenditure. It is usually detected by measuring urine output and serum creatinine, which, due to several factors, are late markers. New circulating and urinary biomarkers emerged in recent decades as promising in the early diagnosis of AKI. Given its potential benefits in the diagnosis and prognosis of AKI, the need of using these new biomarkers in clinical practice is consensual. This study aims to perform a systematic review of literature, including studies published in MEDLINE (by PubMed), Lilacs (by BVS), CINAHL, COCHRANE and EMBASE that evaluated the performance of biomarkers for the early diagnosis of AKI, defined by the AKIN or KDIGO criteria, in patients admitted to the ICU. The review will include experimental and observational studies, published between 2006 and 2016, involving patients with 18 years or older more admitted to an ICU. Data extraction and analysis will be performed by two independent reviewers and disagreements analyzed by a third reviewer. Eight studies were selected. The main biomarkers investigated were neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL 5 studies), L-type fatty acid binding protein (L-FABP 2 studies), n-acetyl--dglucosamine (NAG 2 studies) and cystatin C (2 studies). In 73.9% tests performed by the studies have used urine samples. The biomarkers that presented the highest sensitivity (s) and specificity (sp) profile were the heat shock protein-72 (s=100%, sp=90%) and interleukin 18 (s=92%, sp=100%). Cystatin C showed poor performance in two studies. Overall, two studies presented unfavorable results for the use of biomarker because their levels were significantly affected by comorbidities even in the absence of AKI. All biomarkers have suffered some influence of other factors, such as comorbidities or etiology of AKI. An understanding of a single biomarker is unable to help identifying the etiology and mechanisms of AKI, but it helps in identifying and implementing effective strategiesUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGInsuficiencia renal agudaBiomarcadoresUnidades de terapia intensivaPacientes internadosRevisãoLesão Renal AgudaBiomarcadoresUnidades de Terapia IntensivaUtilização de biomarcadores no diagnóstico precoce de lesão renal aguda em pacientes criticamente enfermos: revisão sistemática da literaturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_luana_pronta_ppgmaf_.pdfapplication/pdf2330500https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B32JG9/1/disserta__o_luana_pronta_ppgmaf_.pdfb6c8368a8c40c28ba95a806bb3afdc9cMD51TEXTdisserta__o_luana_pronta_ppgmaf_.pdf.txtdisserta__o_luana_pronta_ppgmaf_.pdf.txtExtracted texttext/plain104852https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B32JG9/2/disserta__o_luana_pronta_ppgmaf_.pdf.txt2c6e7399938ed5e70c62c08aac20b7b7MD521843/BUOS-B32JG92019-11-14 11:48:06.573oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B32JG9Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:48:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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