Avaliação do emprego da filtração direta no tratamento de água com turbidez elevada por meio da pressedimentação: ensaios em escala de bancada

• Autor(a) principal: Felisberto Lucio
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AVKMVV
• topic: Saneamento meio ambiente e recursos hídricos; Água Purificação Filtração; Água Purificação; Engenharia sanitária; Saneamento

A água para consumo humano deve atender a rigoroso critério de qualidade, de modo a não causar prejuízos à saúde de seus consumidores. Contudo, a quantidade e qualidade de água proveniente de mananciais superficiais vem se alterando devido a deterioração das bacias hidrográficas, e dois importantes indicadores de problemas associados à degradação da qualidade de água são os picos de turbidez e alta concentração de Escherichia coli. O presente trabalho avalia o emprego da pressedimentação sem aplicação de produtos químicos, no tratamento de água com elevada turbidez recorrendo a técnica de filtração direta. A água utilizada no estudo foi preparada adicionando caulim à água potável da rede de distribuição da Companhia de Saneamento de Minas Gerais COPASA. Os resultados mostraram que a pressedimentação melhora a qualidade do efluente a ponto de viabilizar o emprego da filtração direta na potabilização de águas que em geral seriam tratadas por ciclo completo (tratamento convencional). A eficiência de remoção de turbidez empregando a pressedimentação foi de 63,8%, 77,8% e 93,9% para águas do tipo I (50 uT), II (100 uT) e III (500 uT), respectivamente. Foram aplicados para os dois coagulantes, sulfato de alumínio e cloreto de polialumínio, dosagens de 2,5 a 35 mg/L para ensaios de coagulação/floculação/decantação, e 0 a 10 mg/L para água pressedimentada seguida de coagulação e filtração direta (PS-FD) em filtros de papeis Whatman 40. Em média, a PS-FD apresentou melhores resultados para as três águas de estudo, principalmente nos casos em que foi aplicado o coagulante cloreto de polialumínio, chegando a reduzir a turbidez a 0,8 uT, enquanto para coagulação/floculação/decantação os valores de turbidez decresceram até cerca de 1,0 uT, nos casos em que se aplicou o cloreto de polialuminio. Comparativamente ao sulfato de alumínio, o cloreto de polialumínio apresentou melhores resultados em termos de remoção de turbidez, para os três tipos de água estudados. No processo de coagulação química, uma dosagem adicional à necessária causa excesso de eletrólitos na água, consequentemente ocorre o fenômeno de reversão de cargas, tal fato se verificou especialmente nos diagramas de coagulação com o cloreto de polialumínio, uma vez ser um polímero inorgânico com maior quantidade de carga positiva por massa em relação ao sulfato de alumínio