Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luciana Mendes Santos Servo2
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Mônica Viegas Andrade, Pedro Amaral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: https://doi.org/10.38116/ppp60art1
http://hdl.handle.net/1843/59626
Resumo: Este artigo analisa a consistência do processo de regionalização da saúde no Brasil, a partir de indicadores quantitativos de adequação e acesso geográfico. São estimadas as taxas de evasão, as distâncias médias percorridas e os tempos médios de viagens para todo o país e por estados para internações de média complexidade no SUS. Exercícios de microssimulação identificam os efeitos das mudanças no desenho das regiões de saúde em relação às mudanças na utilização dos serviços de saúde nos anos 2002, 2008, 2011 e 2015. Os principais resultados indicam que a espacialidade dos fluxos de atendimento regionais é primordialmente interna à própria região, visto que nela acontece a maior parte dos atendimentos. Situações de evasão para outras regiões de saúde implicam distâncias médias percorridas superiores a 100 km. As mudanças no processo de regionalização tiveram efeitos maiores nos estados da região Norte. Conclui-se que o processo normativo da regionalização sem uma correspondência com a otimização e melhoria da distribuição regional da oferta pode gerar avanços em alguns aspectos da regionalização, mas tem pequeno efeito sobre o acesso geográfico, medido neste trabalho pelos indicadores de distância média percorrida e pela taxa de evasão.
id UFMG_0411054f593cc3860405b5bd18740027
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/59626
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling 2023-10-18T18:26:15Z2023-10-18T18:26:15Z2021601342https://doi.org/10.38116/ppp60art12359-389Xhttp://hdl.handle.net/1843/59626Este artigo analisa a consistência do processo de regionalização da saúde no Brasil, a partir de indicadores quantitativos de adequação e acesso geográfico. São estimadas as taxas de evasão, as distâncias médias percorridas e os tempos médios de viagens para todo o país e por estados para internações de média complexidade no SUS. Exercícios de microssimulação identificam os efeitos das mudanças no desenho das regiões de saúde em relação às mudanças na utilização dos serviços de saúde nos anos 2002, 2008, 2011 e 2015. Os principais resultados indicam que a espacialidade dos fluxos de atendimento regionais é primordialmente interna à própria região, visto que nela acontece a maior parte dos atendimentos. Situações de evasão para outras regiões de saúde implicam distâncias médias percorridas superiores a 100 km. As mudanças no processo de regionalização tiveram efeitos maiores nos estados da região Norte. Conclui-se que o processo normativo da regionalização sem uma correspondência com a otimização e melhoria da distribuição regional da oferta pode gerar avanços em alguns aspectos da regionalização, mas tem pequeno efeito sobre o acesso geográfico, medido neste trabalho pelos indicadores de distância média percorrida e pela taxa de evasão.his article aims to analyze the consistency of the health regionalization process in Brazil, based on quantitative indicators of adequacy and geographic access. Regional dropout rates, average distances covered, and average travel times are estimated considering all regions of the country and disaggregated by state, for hospitalizations of medium complexity in SUS. Microsimulation exercises identify the effects of changes in the design of health regions in relation to changes in the use of health services in the years 2002, 2008, 2011 and 2015. The main results indicate that the spatiality of patient flows is primarily internal to the very health region, since that is where most of the consultations take place. Cross border movements to other health regions imply distances of over 100 km. The changes in regionalization had greater effect in the states of the North Region. The normative regionalization process without a correspondence with the optimization and improvement of the regional distribution of the provision can generate advances in some aspects f the regionalization, but it has little effect on the geographic access, measured in this work by the indicators of average distance traveled and the evasion rate.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICASPlanejamento e Políticas PúblicasBrasilSaudeSistema Único de SaúdePolíticas públicas de saúdeSaúde públicaRegionalizaçãoServiços de saúdeAcesso geográficoDesigualdades regionaisOs caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000The paths of health regionalization in Brazil: adequacy and geographic access in the 2000sinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://www.ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/view/1257Luciana Mendes Santos Servo2Mônica Viegas AndradePedro Amaralinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59626/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINAL1257-Texto do Artigo-6033-1-10-20220112.pdf1257-Texto do Artigo-6033-1-10-20220112.pdfapplication/pdf507182https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59626/2/1257-Texto%20do%20Artigo-6033-1-10-20220112.pdffe9153ea331acc18a7df7d1d079937a9MD521843/596262023-10-18 16:27:54.871oai:repositorio.ufmg.br:1843/59626TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-10-18T19:27:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv The paths of health regionalization in Brazil: adequacy and geographic access in the 2000s
title Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
spellingShingle Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
Luciana Mendes Santos Servo2
Políticas públicas de saúde
Saúde pública
Regionalização
Serviços de saúde
Acesso geográfico
Desigualdades regionais
Brasil
Saude
Sistema Único de Saúde
title_short Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
title_full Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
title_fullStr Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
title_full_unstemmed Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
title_sort Os caminhos da regionalização da saúde no Brasil: adequação e acesso geográfico nos anos 2000
author Luciana Mendes Santos Servo2
author_facet Luciana Mendes Santos Servo2
Mônica Viegas Andrade
Pedro Amaral
author_role author
author2 Mônica Viegas Andrade
Pedro Amaral
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Luciana Mendes Santos Servo2
Mônica Viegas Andrade
Pedro Amaral
dc.subject.por.fl_str_mv Políticas públicas de saúde
Saúde pública
Regionalização
Serviços de saúde
Acesso geográfico
Desigualdades regionais
topic Políticas públicas de saúde
Saúde pública
Regionalização
Serviços de saúde
Acesso geográfico
Desigualdades regionais
Brasil
Saude
Sistema Único de Saúde
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Brasil
Saude
Sistema Único de Saúde
description Este artigo analisa a consistência do processo de regionalização da saúde no Brasil, a partir de indicadores quantitativos de adequação e acesso geográfico. São estimadas as taxas de evasão, as distâncias médias percorridas e os tempos médios de viagens para todo o país e por estados para internações de média complexidade no SUS. Exercícios de microssimulação identificam os efeitos das mudanças no desenho das regiões de saúde em relação às mudanças na utilização dos serviços de saúde nos anos 2002, 2008, 2011 e 2015. Os principais resultados indicam que a espacialidade dos fluxos de atendimento regionais é primordialmente interna à própria região, visto que nela acontece a maior parte dos atendimentos. Situações de evasão para outras regiões de saúde implicam distâncias médias percorridas superiores a 100 km. As mudanças no processo de regionalização tiveram efeitos maiores nos estados da região Norte. Conclui-se que o processo normativo da regionalização sem uma correspondência com a otimização e melhoria da distribuição regional da oferta pode gerar avanços em alguns aspectos da regionalização, mas tem pequeno efeito sobre o acesso geográfico, medido neste trabalho pelos indicadores de distância média percorrida e pela taxa de evasão.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-10-18T18:26:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-10-18T18:26:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/59626
dc.identifier.doi.pt_BR.fl_str_mv https://doi.org/10.38116/ppp60art1
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2359-389X
url https://doi.org/10.38116/ppp60art1
http://hdl.handle.net/1843/59626
identifier_str_mv 2359-389X
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.none.fl_str_mv Planejamento e Políticas Públicas
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59626/1/License.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59626/2/1257-Texto%20do%20Artigo-6033-1-10-20220112.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv fa505098d172de0bc8864fc1287ffe22
fe9153ea331acc18a7df7d1d079937a9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589146698055680