Investigação de infecção por Chlamydophila pneumoniae em crianças asmáticas por Microimunofluorescência e Elisa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jairo Fernandes dos Reis Junior
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A96HHJ
Resumo: A asma é uma desordem inflamatória crônica das vias aéreas associada a fatores ambientais, genéticos, imunológicos, ocupacionais, infecciosos, entre outros, que podem contribuir tanto para o aparecimento da doença, quanto para a exacerbação de seus sintomas. As infecções respiratórias desempenham papel importante na promoção dos danos teciduais observados na asma.Chlamydophila pneumoniae é uma bactéria intracelular obrigatória associada a infecções do trato respiratório. Transmitida no contato pessoa-pessoa através de secreções das vias respiratórias tem sido associada a diversas condições respiratórias crônicas, entre elas a asma. Neste trabalho avaliamos a frequência de anticorpos específicos anti-C. pneumoniae entre indivíduos asmáticos e não asmáticos e comparamos o desempenho de dois métodos sorológicos utilizados no diagnóstico da infecção: microimunofluorescência (MIF) e ELISA. Investigamos também uma associação entre a presença da bactéria e a asma em sessenta voluntários entre 4 e 15 anos de idade, 30 asmáticos e 30 não asmáticos. 8,3%, 10% e 5% entre osasmáticos tiveram resultados positivos para IgA, IgG e IgM respectivamente. 3,4%, 10% e 1,7% foram positivos para estes anticorpos entre os não asmáticos. No teste de ELISA, 11,7% foram positivos para IgG, (p >0,05). 5% foram positivos para IgM, todos do sexo masculino e pertencentes ao grupo de asmáticos (p = 0,2373). Houve concordância nos resultados dos dois métodos de 93,3% e 88,3% para pesquisa de IgG e IgM, respectivamente. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo e positivo do teste de ELISA para apesquisa de IgG em comparação com a MIF foram 66,7; 98; 94,3 e 85,7%, respectivamente. Da mesma forma, os resultados para IgM foram 50, 98, 96,2 e 66,7%, respectivamente. Observou-se maior prevalência da presença de anticorpos entre os jovens com idade superior a 10 anos (p = 0,0729). Diferença estatisticamente significativa (p = 0,0287) foi observada entre indivíduos asmáticos em uso de corticosteróides e aqueles que não utilizam a medicação. Evidência sorológica da presença de infecção pela bactéria foi 17 maior nos indivíduos em uso da medicação, indicando que o uso dessesmedicamentos pode predispor os pacientes à infecção. A utilização de dois métodos para a detecção de anticorpos anti-C. pneumoniae permitiu verificar que os pacientes em uso de corticosteróides são mais suscetíveis a esta infecção na população avaliada, entretanto MIF se mostrou mais adequado para esta finalidade. É necessária a continuidade do estudo, com maior número de pacientes para avaliação mais precisa da associação entre a asma e a infecção por Chlamydophila pneumoniae.
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Neste trabalho avaliamos a frequência de anticorpos específicos anti-C. pneumoniae entre indivíduos asmáticos e não asmáticos e comparamos o desempenho de dois métodos sorológicos utilizados no diagnóstico da infecção: microimunofluorescência (MIF) e ELISA. Investigamos também uma associação entre a presença da bactéria e a asma em sessenta voluntários entre 4 e 15 anos de idade, 30 asmáticos e 30 não asmáticos. 8,3%, 10% e 5% entre osasmáticos tiveram resultados positivos para IgA, IgG e IgM respectivamente. 3,4%, 10% e 1,7% foram positivos para estes anticorpos entre os não asmáticos. No teste de ELISA, 11,7% foram positivos para IgG, (p >0,05). 5% foram positivos para IgM, todos do sexo masculino e pertencentes ao grupo de asmáticos (p = 0,2373). Houve concordância nos resultados dos dois métodos de 93,3% e 88,3% para pesquisa de IgG e IgM, respectivamente. 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É necessária a continuidade do estudo, com maior número de pacientes para avaliação mais precisa da associação entre a asma e a infecção por Chlamydophila pneumoniae.Asthma is a chronic inflammatory disorder of the airways associated with environmental factors, genetic, immunological, occupational, infectious, among others, which may contribute to the onset of disease, and for exacerbation of their symptoms. Respiratory infections play an important role in promoting tissue damage observed in asthma. Chlamydophila pneumoniae is an obligate intracellular bacterium associated with respiratory tract infections. Transmitted person - to person contact through respiratory secretions has been associated withseveral chronic respiratory conditions, including asthma. In this work we evaluated the frequency of specific anti - C. pneumoniae between asthmatics and non asthmatics and compared the performance of two serological tests used in diagnosis of infection: microimmunofluorescence (MIF) and ELISA. We also investigate an association between the presence of bacteria and asthma in sixtyvolunteers between 4 and 15 years old, 30 asthmatic and 30 non-asthmatics. 8.3%, 5 % and 10% among asthmatic patients were positive for IgA, IgG and IgM respectively. 3.4 %, 10 % and 1.7 % were positive for these antibodies among nonasthmatics. In the ELISA test, 11.7% were positive for IgG (p> 0.05). 5 % were positive for IgM, all male and belonging to the group of asthmatics (p = 0.2373). There was agreement in the results of the two methods was 93.3 % and to 88.3 %for IgG and IgM, respectively. Sensitivity, specificity, negative predictive value and positive ELISA test for the detection of IgG compared with MIF were 66.7, 98, 94.3 and 85.7 %, respectively. Similarly, the results for IgM were 50, 98, 96.2 and 66.7 %, respectively. There was a higher prevalence of antibodies among young people aged over 10 years (p = 0.0729). Statistically significant difference (p = 0.0287) was observed between asthmatic subjects using corticosteroids and those who didnot use medication. Serological evidence of the presence of infection by the bacteria was higher among those taking the drug, indicating that these drugs may predispose patients to infection. The use of two methods to detect anti - C.pneumoniae has shown that patients on corticosteroids are more susceptible to this infection in this population; however MIF was more appropriate for this purpose. It is necessary to continue the study with a larger number of patients for 19 more accurate assessment of the association between asthma and Chlamydophilapneumoniae.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrobiologiaasmaChlamydophila pneumoniaeInvestigação de infecção por Chlamydophila pneumoniae em crianças asmáticas por Microimunofluorescência e Elisainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_completa_e_atualizada.pdfapplication/pdf4060559https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A96HHJ/1/disserta__o_completa_e_atualizada.pdf6e404196dbfc54cf7e818b5ad3e6602eMD51TEXTdisserta__o_completa_e_atualizada.pdf.txtdisserta__o_completa_e_atualizada.pdf.txtExtracted texttext/plain173490https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A96HHJ/2/disserta__o_completa_e_atualizada.pdf.txt4c751a0478fec8d4b50d3611ab4e3e79MD521843/BUBD-A96HHJ2019-11-14 06:38:23.37oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A96HHJRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:38:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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