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Suzana dos Santos Gomeshttp://lattes.cnpq.br/7926600962920347Marco Antônio EscherGerson Geraldo ChavesFilipe Santos FernandesTiago Antônio da Silva JorgeJussara Bueno de Queiroz PaschoalinoAdemilson de Sousa Soareshttp://lattes.cnpq.br/4780351195011447Luiz Fernando Rodrigues Pires2023-01-12T10:39:40Z2023-01-12T10:39:40Z2022-08-22http://hdl.handle.net/1843/48871https://orcid.org/0000-0001-5783-547XAs concepções neoliberais têm adentrado o cenário educacional brasileiro em diferentes vertentes na última década. Esses encalços permitiram a elaboração de dois pressupostos: o primeiro relacionado ao aumento significativo da existência de uma estreita relação entre as reformas na educação brasileira e as orientações presentes nos acordos e exigências estabelecidas pelos Organismos Internacionais para promoção da qualidade, e o desenvolvimento de técnicas pedagógicas nas escolas que visam ao cumprimento de metas, à responsabilização individual e ao ensino de competências aplicáveis ao mundo do trabalho, que, nesse caso, levam ao segundo pressuposto, o de que as tendências em Educação Matemática sustentam as concepções neoliberais fundamentadas na pedagogia do lema ―aprender a aprender‖. A realidade por detrás desses pressupostos conduziu a uma compreensão de que a educação se transformou na principal mercadoria para o desenvolvimento do capital e de suas propostas. Isso porque a educação, além do lucro que gera, torna-se a principal responsável, perante a crise estrutural do capital, por produzir e promover o novo senso comum, o novo consenso, a nova força de trabalho, apta a se adaptar e a sobreviver ao desemprego estrutural, às flutuações do mercado, às incertezas e inseguranças da economia, de forma a formatar os sujeitos com uma concepção de mundo empresarial, que tem como principais características o empreendedorismo, a responsabilidade individual, o protagonismo individual, a inovação, a adaptação, a modernização, a concorrência e competição, a meritocracia, criando o capital humano e social necessários para a nova fase da acumulação e produção capitalista. Tais características conduziram o objetivo desta pesquisa em analisar o movimento do discurso pedagógico neoliberal do ―aprender a aprender‖ propagado pelos Organismos Internacionais presente nos documentos oficiais da Educação Básica e nas tendências em Educação Matemática. A partir deste movimento, verifica-se se as tendências em Educação Matemática estariam sustentando os pressupostos valorativos neoliberais do ―aprender a aprender‖ como proposta de formação humana. Como proposta metodológica, optou-se, neste estudo, pela metodologia exploratória, cuja coleta de dados se deu pela análise documental, com base no método materialista histórico e dialético como uma das abordagens possíveis de interpretação da realidade social, e, por consequência, da realidade educacional amparada pelas concepções neoliberais. A partir desse movimento, esta tese apresenta como resultado subsídios teóricos que concebem a relação entre o ―saber fazer‖, que tem como principal proposta atender às demandas da vida, na aplicação de modo eficaz em situações reais, a qual supõe uma combinação de habilidades práticas, conhecimentos, motivação, valores, atitudes e emoções para suas realizações, e o saber escolar, de forma a não se perder de vista a importância da apropriação do conhecimento matemático escolar como um instrumental para o indivíduo se relacionar num nível além do imediato e das aparências fenomênicas.Neoliberal conceptions have entered the Brazilian educational scenario in different aspects in the last decade. These pursuits allowed the elaboration of two assumptions: the first related to a significant increase in the existence of a close relationship between the reforms in Brazilian education and the guidelines present in the agreements and requirements established by International Organizations to promote quality, and the development of pedagogical techniques in schools that aim to achieve goals, individual accountability and the teaching of skills applicable to the world of work, which in this case, leads to the second assumption that trends in Mathematics Education support neoliberal conceptions based on the pedagogy of the motto ―learning to learn‖. The reality behind these assumptions led to an understanding that education has become the main commodity for the development of capital and its proposals. Since education, in addition to the profit it generates, becomes the main responsible, in the face of the structural crisis of capital, in producing and promoting the new common sense, the new consensus, the new workforce able to adapt and survive structural unemployment , to market fluctuations, the uncertainties and insecurities of the economy, in order to format the subjects with a conception of the business world, whose main characteristics are: entrepreneurship, individual responsibility, individual protagonism, innovation, adaptation, modernization, competition and competition, meritocracy, creating the human and social capital necessary for the new phase of capitalist accumulation and production. Such characteristics led the objective of this research to analyze the movement of the neoliberal pedagogical discourse of "learning to learn" propagated by International Organisms present in the official documents of Basic Education and in the Trends in Mathematics Education. From this movement, to verify if the Trends in Mathematics Education would be supporting the neoliberal evaluative assumptions of ―learning to learn‖ as a proposal for human formation. As a methodological proposal, in this study we opted for the exploratory methodology whose data collection took place through document analysis, based on the historical and dialectical materialist method as one of the possible approaches to interpreting social reality, and, consequently, reality. education supported by neoliberal conceptions. From this movement, this thesis presents as a result theoretical subsidies that conceive the relationship between know-how, whose main proposal is to meet the demands of life, in the effective application in real situations, which supposes a combination of practical skills, knowledge , motivation, values, attitudes and emotions for their achievements and school knowledge in order not to lose sight of the importance of the appropriation of school mathematical knowledge as an instrument for the individual to relate on a level beyond the immediate and phenomenal appearances.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOEducaçãoEducação matemáticaEducação básicaNeoliberalismoEducação brasileiraEducação matemáticaTendências em educação matemáticaAprender a aprenderNeoliberalismoOrganismos internacionaisA influência da ideologia neoliberal na educação básica e nas tendências em educação matemática: projetos de formação em disputaThe influence of neoliberal ideology on basic education and trends in mathematics education: training projects in disputeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48871/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD52ORIGINAL2022 - Pires - Tese - A influência da ideologia neoliberal na EB e nas Tendências em EM - projetos de formação em disputa.pdf2022 - Pires - Tese - A influência da ideologia neoliberal na EB e nas Tendências em EM - projetos de formação em disputa.pdfapplication/pdf2114034https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48871/1/2022%20-%20Pires%20-%20Tese%20-%20A%20influ%c3%aancia%20da%20ideologia%20neoliberal%20na%20EB%20e%20nas%20Tend%c3%aancias%20em%20EM%20-%20projetos%20de%20forma%c3%a7%c3%a3o%20em%20disputa.pdf8f06629f49d498b4a8e594e4e1aef484MD511843/488712023-01-12 07:39:41.085oai:repositorio.ufmg.br:1843/48871TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-01-12T10:39:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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