Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Geraldo Magela Costahttp://lattes.cnpq.br/7213162118172633Rita de Cássia Lucena VellosoFelipe Nunes Coelho MagalhãesSérgio Manuel Merêncio MartinsGabriel TupinambáRainer Randolphhttp://lattes.cnpq.br/3665851659436861Thiago Canettieri de Mello e Sá2022-02-14T16:26:30Z2022-02-14T16:26:30Z2019-02-13http://hdl.handle.net/1843/39388Esta tese é uma reflexão sobre o atual momento de reprodução do capital que parece engendrar uma condição específica, uma espécie de novo tempo do mundo, em que o front de defesa para sobrevivência do capitalismo não se restringe apenas à fábrica, mas, ao contrário, explode e implode, alcançando o espaço inteiro. Este momento gera, a meu ver, uma forma específica de (i) produção do espaço, marcada pela precariedade; (ii) de reprodução da vida cotidiana, talhada por uma vida danificada no mundo administrado; (iii) da realização da dominação social que, hoje, alcança todas as esferas da vida. Diante dessa confluência historicamente determinada, sugiro chamar de condição periférica o predicamento que parece sobredeterminar a perpetuação do capital no mundo hoje. O esforço desta tese reside em contribuir para o entendimento crítico da realidade contemporânea, em especial, no momento em que se torna mais ou menos difundido um diagnóstico de falência da crítica. Desta forma, algumas das categorias da crítica da economia política desenvolvidas por Karl Marx são revisitadas para tentar aproximar o conceito do que lhe escapa pelo movimento da própria história. Argumentarei no sentido de expor uma astúcia do capital que cria, em seu movimento automatizado, uma forma de dominação inédita. Reconfigurar essas categorias me levou a refletir, portanto, sobre as condições de possibilidade para um movimento perpétuo do capital, revisitando a teoria das crises de modo a aventar a ideia de uma crise infinita. Diante disso, busco destacar qual a relevância da condição periférica para uma interpretação do tempo presente, passando por uma crítica da filosofia da história e uma crítica da práxis emancipatória para indicar que “não há saída fácil”: as formas de mediação que se esgarçaram até aqui estão em dissolução sem que nada se apresente em seu lugar, numa dialética transtornada, exceto, é claro, a regressão social, a precariedade e a violência, fatos que sempre já estiveram nas periferias, mas agora aparecem com o tom fúnebre que se estende para todo o mundo.This thesis is a reflection on the present moment of reproduction of capital that seems to engender a specific moment, a sort of new time of the world, in which the front of defense for the survival of capitalism is not restricted only to the factory, but rather, explodes and implodes, reaching the entire space. This moment generates, in my view, a specific form of (i) production of space, marked by precariousness; (ii) reproduction of daily life, carved by a damaged life in the administered world; (iii) creating the social domination that today reaches all spheres of life today. Faced with this confluence historically determined I suggest to call peripheral condition the predicament that seems to overdeterminate the perpetuation of capital in the world today. The purpose of this thesis is to contribute to the critical understanding of contemporary reality, especially when a diagnosis of bankruptcy of criticism becomes more or less widespread. In this way, some of the categories of the critique of political economy developed by Karl Marx are revisited to try to approximate the concept of what escapes him by the movement of history itself. I will argue in the sense of exposing a cunning of capital that is created, in its automated movement, a form of unprecedented domination. Reconfiguring these categories led me to reflect, therefore, on the conditions of possibility for a perpetual movement of capital, revisiting crisis theory in order to stir up the idea of an infinite crisis. For that reason, I seek to highlight the relevance of the peripheral condition for an interpretation of the present time, going through a critique of the philosophy of history and a critique of the emancipatory praxis to indicate that "there is no easy way out": the forms of mediation that have been torn to this point are in dissolution without anything appearing in its place, in a disordered dialectic, except, of course, for social regression, precariousness and violence, facts that have always been in the peripheries, but now appear as a funeral tone that extends worldwide.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAGeografia urbanaPlanejamento urbanoPeriferias urbanasCrítica da economia políticaProdução do espaçoPeriferiasA condição periférica: uma crítica da economia política do espaço em paralaxeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCANETTIERI, Thiago - a condição periférica _ final.pdfCANETTIERI, Thiago - a condição periférica _ final.pdfapplication/pdf3471588https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39388/1/CANETTIERI%2c%20Thiago%20-%20a%20condi%c3%a7%c3%a3o%20perif%c3%a9rica%20_%20final.pdfe52f71529931ced5bd2415677bba1697MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39388/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/393882022-02-14 13:26:31.269oai:repositorio.ufmg.br:1843/39388TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-02-14T16:26:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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