Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alejandro Giraldo Pérez
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9VZHB8
Resumo: A migração descendente é um fenômeno sobre o qual há pouca informação disponível no Brasil. Não existe no país nenhum Sistema de Transposição de Peixes (STP) desenhado para permitir deslocamentos de peixes em sentido jusante. Portanto, peixes em deslocamentos para as partes mais baixas dos rios barrados devem transitar pelos STPs construídos sem esse propósito, pelas turbinas ou ainda pelo vertedouro de usinas hidrelétricas, com taxas de sobrevivência ainda não determinadas. Visando ampliar esse conhecimento, marquei 36 mandis usando transmissores de rádio e os rastreei entre fevereiro de 2012 e setembro de 2013. Transpus os mandis desde a Escada de Peixes de Igarapava (IPI), onde os capturei, até o reservatório de Jaguara, onde os liberei. Até o final do período de estudo, nenhum mandi passou pela barragem de Jaguara (turbinas ou vertedouros), embora três deles se aproximaram a menos de 100 m dela. Da mesma maneira, nenhum mandi atingiu o trecho de rio imediatamente a jusante da UHE Estreito, localizada a montante do reservatório de Jaguara. Após curtos deslocamentos (< 14,5 km), os mandis foram predominantemente sedentários, permanecendo no corpo principal do reservatório de Jaguara. Devido às limitações da radiotelemetria em profundidades maiores que 15 m, tive inconvenientes para localizar os mandis que possivelmente estavam nessas profundidades. Recomendo a realização de estudos visando a determinação das variáveis que condicionam os mandis a evitarem a passagem pela barragem de Jaguara.
id UFMG_06fa124013f7b233f33baf9d9b154f1f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9VZHB8
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Alexandre Lima GodinhoHugo Pereira GodinhoLisiane HahnLuiz Gustavo Martins da SilvaDomingos Garrone NetoAlejandro Giraldo Pérez2019-08-13T08:52:50Z2019-08-13T08:52:50Z2014-08-24http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9VZHB8A migração descendente é um fenômeno sobre o qual há pouca informação disponível no Brasil. Não existe no país nenhum Sistema de Transposição de Peixes (STP) desenhado para permitir deslocamentos de peixes em sentido jusante. Portanto, peixes em deslocamentos para as partes mais baixas dos rios barrados devem transitar pelos STPs construídos sem esse propósito, pelas turbinas ou ainda pelo vertedouro de usinas hidrelétricas, com taxas de sobrevivência ainda não determinadas. Visando ampliar esse conhecimento, marquei 36 mandis usando transmissores de rádio e os rastreei entre fevereiro de 2012 e setembro de 2013. Transpus os mandis desde a Escada de Peixes de Igarapava (IPI), onde os capturei, até o reservatório de Jaguara, onde os liberei. Até o final do período de estudo, nenhum mandi passou pela barragem de Jaguara (turbinas ou vertedouros), embora três deles se aproximaram a menos de 100 m dela. Da mesma maneira, nenhum mandi atingiu o trecho de rio imediatamente a jusante da UHE Estreito, localizada a montante do reservatório de Jaguara. Após curtos deslocamentos (< 14,5 km), os mandis foram predominantemente sedentários, permanecendo no corpo principal do reservatório de Jaguara. Devido às limitações da radiotelemetria em profundidades maiores que 15 m, tive inconvenientes para localizar os mandis que possivelmente estavam nessas profundidades. Recomendo a realização de estudos visando a determinação das variáveis que condicionam os mandis a evitarem a passagem pela barragem de Jaguara.In Brazil, information about downstream migration of fishes is scarce. There are no one Fish Passage Mechanisms (FPM) in the country designed specifically to allow downstream movements of fishes. Therefore, fishes going to lower portions of dammed rivers should transit through FPM built without this purpose, by turbines or by spillways, with survival rates not determined yet. Aiming to enhance this knowledge, I tagged 36 mandis (Pimelodus maculatus) with radio tags and tracked them since February of 2012 to September of 2013. I manually transpose mandis from Igarapava Fish Ladder (IFL), were I captured them, to Jaguara reservoir, where I released them. Until the end of this study, no one pass through Jaguara dam (via turbines or spillways), although three of them were within 100 m of it. Likewise, there were not mandis at the free river stretch imediatelly downstream of Estreito dam, located upstream of Jaguara reservoir. After short movements (< 14,5 km), mandis were predominately sedentary, remaining into the main channel of the Jaguara reservoir. Due to radiotelemetry limitations at depth bigger than 15 m, I had difficulties to localize mandis probably positioned at these depths. It is very important to execute studies aiming to establish which variables are influencing mandis to avoid passing through Jaguara dam.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPeixe MigraçãoManejo EcologiaPimelodus maculatusBiotelemetriaReservatório de JaguaraRadiotelemetriaMandiPimelodus maculatusDeslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_a._giraldo_2015_03_23.pdfapplication/pdf2583936https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9VZHB8/1/tese_a._giraldo_2015_03_23.pdf792e20c294504188fab72b8aeeea16e6MD51TEXTtese_a._giraldo_2015_03_23.pdf.txttese_a._giraldo_2015_03_23.pdf.txtExtracted texttext/plain211852https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9VZHB8/2/tese_a._giraldo_2015_03_23.pdf.txtddf08058b30caea1a51f9dc7ea402b2cMD521843/BUBD-9VZHB82019-11-14 22:14:53.305oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9VZHB8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:14:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
title Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
spellingShingle Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
Alejandro Giraldo Pérez
Reservatório de Jaguara
Radiotelemetria
Mandi
Pimelodus maculatus
Peixe Migração
Manejo Ecologia
Pimelodus maculatus
Biotelemetria
title_short Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
title_full Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
title_fullStr Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
title_full_unstemmed Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
title_sort Deslocamentos e mortalidade de peixes nos rios Grande e Paranaíba, MG
author Alejandro Giraldo Pérez
author_facet Alejandro Giraldo Pérez
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alexandre Lima Godinho
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Hugo Pereira Godinho
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Lisiane Hahn
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Luiz Gustavo Martins da Silva
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Domingos Garrone Neto
dc.contributor.author.fl_str_mv Alejandro Giraldo Pérez
contributor_str_mv Alexandre Lima Godinho
Hugo Pereira Godinho
Lisiane Hahn
Luiz Gustavo Martins da Silva
Domingos Garrone Neto
dc.subject.por.fl_str_mv Reservatório de Jaguara
Radiotelemetria
Mandi
Pimelodus maculatus
topic Reservatório de Jaguara
Radiotelemetria
Mandi
Pimelodus maculatus
Peixe Migração
Manejo Ecologia
Pimelodus maculatus
Biotelemetria
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Peixe Migração
Manejo Ecologia
Pimelodus maculatus
Biotelemetria
description A migração descendente é um fenômeno sobre o qual há pouca informação disponível no Brasil. Não existe no país nenhum Sistema de Transposição de Peixes (STP) desenhado para permitir deslocamentos de peixes em sentido jusante. Portanto, peixes em deslocamentos para as partes mais baixas dos rios barrados devem transitar pelos STPs construídos sem esse propósito, pelas turbinas ou ainda pelo vertedouro de usinas hidrelétricas, com taxas de sobrevivência ainda não determinadas. Visando ampliar esse conhecimento, marquei 36 mandis usando transmissores de rádio e os rastreei entre fevereiro de 2012 e setembro de 2013. Transpus os mandis desde a Escada de Peixes de Igarapava (IPI), onde os capturei, até o reservatório de Jaguara, onde os liberei. Até o final do período de estudo, nenhum mandi passou pela barragem de Jaguara (turbinas ou vertedouros), embora três deles se aproximaram a menos de 100 m dela. Da mesma maneira, nenhum mandi atingiu o trecho de rio imediatamente a jusante da UHE Estreito, localizada a montante do reservatório de Jaguara. Após curtos deslocamentos (< 14,5 km), os mandis foram predominantemente sedentários, permanecendo no corpo principal do reservatório de Jaguara. Devido às limitações da radiotelemetria em profundidades maiores que 15 m, tive inconvenientes para localizar os mandis que possivelmente estavam nessas profundidades. Recomendo a realização de estudos visando a determinação das variáveis que condicionam os mandis a evitarem a passagem pela barragem de Jaguara.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-08-24
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-13T08:52:50Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-13T08:52:50Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9VZHB8
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9VZHB8
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9VZHB8/1/tese_a._giraldo_2015_03_23.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9VZHB8/2/tese_a._giraldo_2015_03_23.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 792e20c294504188fab72b8aeeea16e6
ddf08058b30caea1a51f9dc7ea402b2c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676861661511680