Existe relação entre a resistência mecânica do complexoarticular do mediopé e o movimento de pronação do pédurante a marcha?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Raphael Borges de Oliveira Gomes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BCKNTY
Resumo: O aumento da pronação do complexo tornozelo-pé durante a marcha está relacionado com aocorrência de diferentes lesões nos membros inferiores, como síndrome patelofemoral,tendinose patelar e osteoartrite de quadril. Por outro lado, a redução da pronação estáassociada a fraturas por estresse do quinto metatarsal e da tíbia, e síndrome da banda íliotibial.É possível que a magnitude da pronação do pé durante a marcha seja influenciada pelaresistência mecânica dos tecidos moles que compõem o complexo articular do mediopé. Oobjetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a pronação do pé durante a fase de apoio damarcha e a resistência mecânica proporcionada pelos tecidos moles do complexo articular domediopé. Foram avaliados 33 adultos saudáveis (21 mulheres, 12 homens) com média de26.21 anos (DP 5.33) de idade, 169 cm (DP 8.3) de altura e 63.23 kg (DP 9.8) de massacorporal. A resistência mecânica passiva do mediopé durante o movimento de inversão doantepé em relação ao retropé foi medida por meio do uso do Torsímetro. A partir da curvatorque-ângulo foram computados a rigidez máxima e torque máximo de resistência passivosdo mediopé à inversão do antepé. O deslocamento angular do antepé, retropé e perna durantea fase de apoio da marcha foram coletados com o sistema de análise de movimento Qualysis(Oqus 7+) sincronizado a uma plataforma de força. Foram extraídos o pico de inversão edorsiflexão do antepé em relação ao retropé, e pico de eversão do retropé em relação à perna.Análises de correlação foram realizadas para investigar a associação entre a resistênciamecânica do mediopé e o movimento de pronação do complexo tornozelo-pé durante amarcha. O torque máximo de resistência do mediopé apresentou correlação moderada com opico de inversão do antepé-retropé (r=0.38; p=0.029), com o pico de dorsiflexão do antepéretropé(r=-0.35; p=0.048) e com o pico de eversão do retropé-perna (r=-0.45; p=0.008). Nãoforam encontradas associações das variáveis relacionadas à pronação do pé e a rigidezmáxima do mediopé (r=0.34, p=0.052 para pico de inversão do antepé-retropé; r=-0.33,p=0.059 para pico de dorsiflexão do antepé-retropé; e r=-0.29, p=0.093 para pico de eversãodo retropé-perna). Estes resultados sugerem que a resistência mecânica passiva do mediopéinfluencia o movimento do pé durante a fase de apoio da marcha. Esses resultados tambémpodem ser explicados pelo possível efeito do padrão de movimento do complexo do pé sobreas propriedades teciduais do mediopé a longo prazo, devido ao alongamento repetitivo.
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O torque máximo de resistência do mediopé apresentou correlação moderada com opico de inversão do antepé-retropé (r=0.38; p=0.029), com o pico de dorsiflexão do antepéretropé(r=-0.35; p=0.048) e com o pico de eversão do retropé-perna (r=-0.45; p=0.008). Nãoforam encontradas associações das variáveis relacionadas à pronação do pé e a rigidezmáxima do mediopé (r=0.34, p=0.052 para pico de inversão do antepé-retropé; r=-0.33,p=0.059 para pico de dorsiflexão do antepé-retropé; e r=-0.29, p=0.093 para pico de eversãodo retropé-perna). Estes resultados sugerem que a resistência mecânica passiva do mediopéinfluencia o movimento do pé durante a fase de apoio da marcha. Esses resultados tambémpodem ser explicados pelo possível efeito do padrão de movimento do complexo do pé sobreas propriedades teciduais do mediopé a longo prazo, devido ao alongamento repetitivo.Increased foot pronation during gait is related to the occurrence of different lower limbinjuries, such as patellofemoral syndrome, patellar tendinosis and hip osteoarthritis. On theother hand, reduced foot pronation is associated to stress fracture of the fifth metatarsal andthe tibia, and iliotibial band syndrome. The magnitude of foot pronation during gait may beinfluenced by the mechanical resistance of the soft tissues at the midfoot complex. This studyinvestigated the relationship between foot pronation during the stance phase of gait and themechanical resistance of the midfoot soft tissues. Thirty-three healthy adults (21 females and12 males) with mean age 26.21 years (SD 5.33), mass 63.23 Kg (SD9.8), and height 169 cm(SD 8.3) participated in this study. We used the Torsimeter to measure the passive mechanicalresistance of the midfoot during forefoot inversion relative to the rearfoot. The maximumstiffness and maximum resistance torque of the midfoot were extracted from the torque-angletime-series. The forefoot, rearfoot and shank angular displacement data during the stancephase of gait were collected with the Qualysis (Oqus 7+) motion capture system synchronizedwith one force plate. The forefoot inversion and dorsiflexion peak relative to the rearfoot, andthe rearfoot eversion relative to the shank were extracted. Correlation analysis wereperformed to investigate the association between the midfoot mechanical resistance toinversion and foot pronation during the stance phase of gait. The midfoot maximumresistance torque was moderately associated with the peak of forefoot inversion (r = 0.38, p =0.029), with the peak of forefoot dorsiflexion (r = -0.35, p = 0.048) and with the rearfooteversion peak (r = -0.45; p = 0.008). There were no associations between foot pronation andmaximal midfoot stiffness (r = 0.34, p = 0.052 for forefoot inversion peak; r = -0.33, p =0.059 for forefoot dorsiflexion peak; e r=0.29, p = 0.093 for rearfoot eversion peak). Theseresults suggest that the midfoot passive mechanical resistance influence the movement of thefoot during the stance phase of gait. In addition, these results may also be explained by thehypothetical effects of foot motion pattern on the midfoot mechanical properties in the longterm, due to repetitive stretching.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAntepé humanoPésMembros inferioresMarchaTorque de resistênciaArco plantarRetropéAntepéRigidezMovimentoMarchaExiste relação entre a resistência mecânica do complexoarticular do mediopé e o movimento de pronação do pédurante a marcha?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_de_mestrado___raphael_borges_de_oliveira_gomes.pdfapplication/pdf4941015https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BCKNTY/1/disserta__o_de_mestrado___raphael_borges_de_oliveira_gomes.pdfb5c3e23ddd6353d0a76518810c716e3cMD51TEXTdisserta__o_de_mestrado___raphael_borges_de_oliveira_gomes.pdf.txtdisserta__o_de_mestrado___raphael_borges_de_oliveira_gomes.pdf.txtExtracted texttext/plain77679https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BCKNTY/2/disserta__o_de_mestrado___raphael_borges_de_oliveira_gomes.pdf.txt48df42943bc60d7ca4a1225c0c69a38bMD521843/EEFF-BCKNTY2019-11-14 09:41:06.334oai:repositorio.ufmg.br:1843/EEFF-BCKNTYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:41:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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