Processo de subjetivação na formação do Enfermeiro-educador no Curso de Enfermagem na Universidade Federal de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sumaya Giarola Cecilio
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/38113
Resumo: Nesta tese, o processo de subjetivação na formação do enfermeiro-educador no Curso de Enfermagem na Universidade Federal de Minas Gerais foi analisado em busca de agenciamentos territoriais e seus consequentes processos de desterritorialização e linhas de fuga. Para a produção dos dados, seguiu-se uma dinâmica de atenção proposta por Kastrup para estudos cartográficos, a saber: o rastreio, o toque, o pouso e o reconhecimento atento. As etapas do rastreio e do toque foram desenvolvidas pela Análise Documental que objetivou iniciar o reconhecimento da espessura processual do território analisado por meio do Projeto Pedagógico (PP). O explorar do PP aconteceu em busca da experiência de perscrutar as suas formas: os planejamentos, ordenamentos, sequenciações, recursos, algum vestígio das forças ou movimentos na formação do enfermeiro-educador que caminhassem na direção dos processos de subjetivação. Esse movimento, constituinte do rastreio, permitiu abrirmo-nos ao encontro com as disciplinas relacionadas à Educação em/na Saúde e com os primeiros nomes dos participantes do presente estudo. Na medida em que os encontros com as disciplinas foram acontecendo, experimentamos o toque na segunda fase da atenção, que é a seleção, algo que nos fisga porque salta no conjunto do que estava sendo observado. A seleção das disciplinas e dos docentes não foi ainda a busca pela informação, mas, um reflexo da espessura do território em análise. Desse modo, seguiu-se para as entrevistas semiestruturadas realizadas com nove docentes guiadas por quatro perguntas provocativas. O pouso aconteceu por meio das observações em campo. Por meio delas, buscou-se diminuir as chances de realizar interpretações sobre as linhas e forças analisadas, até então, pela análise documental e entrevistas. Para isso, foi preciso chegar mais perto, aguçar os sentidos, usar a lupa de pesquisador-cartógrafo e dar mais um passo ao encontro do território. Ao total, três observações não participantes foram realizadas. Ao utilizar esta pesquisa como um dispositivo, captou-se diferentes movimentos que foram apresentados em perspectivas cartográficas. Diferentes movimentos foram captados na formação do enfermeiro-educador na EEUFMG que ora são reprodutores de subjetivações que contribuem para a formação de um enfermeiro-educador que reproduz o instituído, condiciona saberes e se organiza dentro de estruturas formais de ensino, cooperando, portanto, para assujeitamentos (linhas duras); ora são criadores de processos que valorizam a diferença, operam pela valorização da subjetividade e, com isso, se abrem para novas subjetivações do enfermeiro-educador (linhas maleáveis e de fuga).
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