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Vandack Alencar Nobre JuniorFernando Antonio BotoniFlávia Ribeiro MachadoCarlos Mauricio de Figueiredo AntunesAntonio Luiz Pinho RibeiroPedro PóvoaCarolina Ferreira de Oliveira2019-08-14T13:46:10Z2019-08-14T13:46:10Z2012-07-12http://hdl.handle.net/1843/BUOS-97XJMWEstudos recentes demonstraram que aprocalcitonina (PCT) constitui ferramenta eficaz e segura para redução do uso de antibióticos em pacientes sépticos. A proteína Creativa (PCR) ainda não foi testada com esta finalidade. Neste estudo, objetivamos avaliar se a PCR é tão útil quanto a PCT para guiar terapia antimicrobiana em pacientes com sepse grave ou choque séptico internados em centro de terapia intensiva. Foi realizado ensaio clínico randomizado, aberto, controlado (NCT00934011) em dois hospitais universitários da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Foram incluídos 94 pacientes distribuídos em dois grupos: duração da terapia antimicrobiana guiada por PCT (Grupo PCT) ou PCR (Grupo PCR). No primeiro grupo, a suspensão do tratamento antibiótico foi sugerida quando os níveis séricos de PCT reduziram 90% do valor inicial e os de PCR, 50% do valor inicial, mas não antes de quatro dias (se níveis iniciais de PC < 1,0ng/ml e de PCR < 100mg/L), ou de cinco dias (se níveisiniciais dePCT > 1,0ng/ml e de PCR > 100mg/L) detratamento. O desfecho primário foi duração da antibioticoterapia para o primeiro episódio de infecção. Os desfechossecundários foram número total de dias sob antibioticoterapia, dias livres de antibiótico durante o seguimento no estudo, mortalidade em 28 diasde internação, mortalidade hospitalar,tempode permanênciana UTI eno hospital. Os pacientesforam acompanhados por 28 dias ou até óbito ou alta hospitalar. Como resultados, 94 pacientes foram randomizados, sendo 49 para o grupo PCT e45 parao grupoPCR. A média deidade foi de 59,8(DP:16,8) anos,e 57 (60,6%) pacientes eram do sexo masculino. Cinquentaeseis dos 94 pacientes (59,6%) pacientestiveram diagnóstico de choque séptico, sem diferençaentre osgrupos.A mediana dos escores Apache II e SOFA à inclusão foram 21 (Q1-Q3: 14-26) e sete (Q1-Q3:4-10) pontos, respectivamente, enão foi observada diferença entre os grupos para nenhum dos escores (p=0,828 e p=0,400). A mediana dos níveis dePCR à inclusã ofoi similar entre os grupos: 242 mg/L(Q1-Q3:133,7 313,2) no grupo PCT e 186,1 mg/L(Q1-Q3:74,4299,0) nogrupo PCR, p=0,403. Não houve diferença entre os grupos PCT e PCR emrelaçãoà mediana dos níveis dePCT à admissão (3,87 ng/ml; Q1-Q3:1,56 - 19,96 vs. 3,81ng/ml;Q1-Q3: 1,37- 18,60ng/ml; p=0.691). A mediana da duração da antibioticoterapia para o primeiro episódio de infecção foi de 7,0 (Q1-Q3: 6,0-8,5) diano grupoPCT e de 6,0 (5,0-7,0) dias no grupo PCR, p= 0,06; com HRde 1.206 (IC: 95%: 0,7741,30), persistindo sem diferença significativa entre os grupos na análise ajustada paraa gravidade (escores APACHE II, SAPS III e SOFA). A mediana do total de dias sob antibioticoterapia durante o seguimento foi maior nos pacientes do grupo PCT, porém sem diferençaestatística entre os grupos (13 vs. 8 dias, p=0.183). Finalmente, o número de dias livres de antibióticos por 1000 dias vivo mostrou-se similar entre os doisgrupos (357,14 dias, Q1-Q3: 33,3 - 509,2 no grupo PCR vs. 357,10dias, Q1-Q3: 0-541 no grupo PCT; p=0,998). Não houve diferença entre os grupos PCT e PCR em relação ao tempo de permanência na UTI (14vs12dias,p=0,164) e hospitalar (36 vs 25dias, p=0,175). Em apenas nove (9,57%) pacienteso algoritmo proposto pelo estudo não foi seguido, sem diferença entreos grupos. Vintee um pacientes em cadagrupo morreramdurantea internação, sem diferença entre os grupo (p=0,836). Concluindo, neste estudoobservamos que a PCRé tão útilquanto a PCT nareduçãodo uso de antibiótico em pacientes com sepse grave ou choque séptico internados em centro de terapia intensiva, sem aparente aumento da morbidade ou mortalidade dessa população. Esses resultados devem ser confirmados em estudos com populações maiores, idealmentemulticêntricos.Procalcitonin (PCT) guidance has been proved to safely shorten the duration of the antibiotic therapy in septic patients. C-reactive protein (CRP) has not been tested in this context. We sought to evaluate if CRP was as useful as PCT to guide antibiotic therapy in intensive care patients with severe sepsis or septic shock. Randomized noninferiority clinical trial (NCT00934011) conducted at two University Hospitals inBrazil. Patients with severe sepsis or septic shock admitted at one of two intensive care units (ICU) of the Universidade Federal de Minas Gerais were assessed for inclusion, and randomized to one of the two groups: PCT group and CRP group. According to the group of randomization, antibiotic were stopped when the initial levels of PCT and CRP had decreased atleast 90% and 50%, respectively. Antibiotic interruption did not occur before Day 4, if baseline PCT levels were < 1ng/ml or baseline CRP levels were <100mg/L; and before Day 5, if baseline PCT levels were g 1ng/ml or baseline CRP levels were 3 100mg/L. The main endpoint was "duration of antibiotic therapy" for the first episode of infection. The secondary endpoint were "total days under antibiotictherapy", "antibioticfree days per 1000 days alive" during follow up, "all-cause 28-day morta|ity", "|ength of stay in the hospital", "|ength of stay in the |CU". Patients were followed up for 28 days, or until death, if it occurred in the interim. As results, 94 patients were randomized: 49 patients to the PCT group and 45 patients to the CRP group. Overall, the mean age was 59.8 (SD: 16.8) years, and 57 (60.6%) patients weremale. Fifty-six out of the 94 (59.6%) patients had septic shock, without significant difference between the groups (p=O.53). Median Apache II and SOFA score, both measured on inclusion, were 21 (0.1-0.3: 14-26) points and seven (Q1-Q3: 4-10) points, respectively, and no difference between the groups was observed (p=O.828 e p=O,400). Median CRP levels on inclusion were similar for patients of the PCT group (242; Q1-Q3:133.7 - 313.2 mg/L) and for those of the CRP group (186.1; O.1-Q3: 74.4 - 299 mg/L), p=0.403. Similarly, the median PCT levels on inclusion were similar among patients of the PCT groups and those of CRP group (3.87; Q1-Q3: 1.56-19.96ng/ml vs. 3.81; Q1-Q3: 1.37-18.60 ng/ml; p=0.691). The median duration of antibiotic therapy for the first episode of infection was similar in the two groups: 7.0 (Q1-Q3: 6.0-8,5) days in the PCT group and 6.0 (Q1-Q3: 5.0-7.0) days in the CRP group; HR: 1.206 (95% CI: 0.774-1.30), p=0.060, and remained so after adjusting for severity (SOFA score, Apache II or S/-\PS III). The median of total days under antibiotic therapy during follow-up was higher in patients of the PCT group than in those of the CRP group (13 vs. 8 days, p=0.183). Finally, the number of antibioticfree days per 1000 days alive was similar among thetwo groups (357.14, Q1-Q3: 33.3-509.2 in the CRP group vs. 357,1, Q1-Q3: 0-541 in the PCT group; p=0.998). The length of stay (LOS) was similar between PCT group and CRP group for the ICU (14 vs 12 days, p=0.164) and the hospital (36 in PCT vs 25 days, p=0.175). Protocol overruling occurred in only nine (9.57%) patients, without significant difference between the groups. Twenty-one patients died in each group(p=0.836). Conclusion: In this study, we found that CRP might be as useful as PCT to reduce the antibiotic use in septic patients admitted to the ICU, with no apparent harm.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAntibacterianos Sepse/sangueSepse/diagnósticoUnidades de Terapia IntensivaProteína C-reativaEnsaio clínico controlado aleatórioChoque sépticoCalcitonina/sangueAntibióticosAnti-InfecciososSepseProcalcitoninaProteína C reativaAntibióticoUnidade de terapia intensivaProteína C reativa versus procalcitonina para orientar a duração da terapia antimicrobiana em pacientes sépticos internados em centrode terapia intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_carolina_ferreira_12_07_12.pdfapplication/pdf1677480https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97XJMW/1/tese_carolina_ferreira_12_07_12.pdfbd9cf8e80fc2c5c7e7e9501ea981d6c4MD51TEXTtese_carolina_ferreira_12_07_12.pdf.txttese_carolina_ferreira_12_07_12.pdf.txtExtracted texttext/plain231654https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-97XJMW/2/tese_carolina_ferreira_12_07_12.pdf.txtb48802440fea1fc35c92732b54f58821MD521843/BUOS-97XJMW2019-11-14 13:46:31.583oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-97XJMWRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:46:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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