Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ODON-B39HZY |
Resumo: | As propriedades mecânicas dos instrumentos endodônticos são afetadas por fatores como diâmetro, design, composição química, e tratamentos termomecânicos aplicados durante o processo de fabricação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a flexibilidade e a resistência torcional de instrumentos de NiTi Reciproc (RC), Wave One (WO) e ProTaper Universal (PTU), novos e após o uso clínico. A composição química dos instrumentos foi analisada por espectroscopia de energia de raios X (EDS), as fases presentes identificadas por difração de raios X (DRX) e as temperaturas de transformação determinadas por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Imagens das seções longitudinal e transversal foram empregadas para determinar o diâmetro e a área a 3 mm da ponta (D3 e A3), posição onde as solicitações mecânicas se concentram durante o uso clínico e os instrumentos são apreendidos nos testes. O comportamento mecânico foi avaliado através de ensaios de flexão e torção até a ruptura, de acordo com a especificação ISO 3630-1. Os instrumentos RC, WO e PTU apresentaram composição química semelhante e fase como principal constituinte à temperatura ambiente. No entanto, os instrumentos Reciproc e WaveOne apresentaram um aumento relevante nas temperaturas de transformação, sugerindo a presença da fase B19, coexistindo com a fase austenítica. Apesar de apresentarem D3 semelhantes, a análise estatística dos valores de A3 entre os pares de instrumentos analisados mostrou diferença significativamente menor para os instrumentos RC. Os instrumentos RC foram significativamente mais flexíveis, possivelmente devido ao tratamento termomecânico a que foram submetidos os fios utilizados na fabricação dos mesmos (MWire), além da morfologia de sua sessão tranversal, seguidos por WO, que também são fabricados a partir do fio M-Wire, e PTU, nesta ordem. Dentre os instrumentos novos, os PTU apresentaram valores de torque máximo, quando ensaiados em torção, significativamente menores. Os instrumentos PTU apresentaram os maiores valores de deflexão angular, seguidos pelos instrumentos RC e WO, nesta ordem. Todos os sistemas após serem utilizados na prática clínica apresentaram redução da resistência torcional. Entretanto, a comparação estatística entre os valores de torque máximo para os instrumentos novos e após uso clínico, não apresentou diferença estatisticamente significativa para nenhum dos sistemas avaliados. Com relação à deflexão angular, a comparação entre instrumentos novos e após uso clínico, mostra uma redução dos valores desse parâmetro após o uso clínico, com exceção dos instrumentos RC. Entretanto, as análises estatísticas mostraram não haver diferenças significativas entre os pares de instrumentos analisados. |
id |
UFMG_0de7e3c922acdc2a16eac97a6cd1629f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/ODON-B39HZY |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Guiomar de Azevedo BahiaVicente Tadeu Lopes BuonoVicente Tadeu Lopes BuonoAna Cristina Rodrigues Antunes de SouzaRenata de Castro MartinsAna Cecilia Diniz Viana de CastroÉrika Sales Joviano PereiraRafael Rodrigues Soares de Magalhaes2019-08-10T19:26:40Z2019-08-10T19:26:40Z2014-07-31http://hdl.handle.net/1843/ODON-B39HZYAs propriedades mecânicas dos instrumentos endodônticos são afetadas por fatores como diâmetro, design, composição química, e tratamentos termomecânicos aplicados durante o processo de fabricação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a flexibilidade e a resistência torcional de instrumentos de NiTi Reciproc (RC), Wave One (WO) e ProTaper Universal (PTU), novos e após o uso clínico. A composição química dos instrumentos foi analisada por espectroscopia de energia de raios X (EDS), as fases presentes identificadas por difração de raios X (DRX) e as temperaturas de transformação determinadas por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Imagens das seções longitudinal e transversal foram empregadas para determinar o diâmetro e a área a 3 mm da ponta (D3 e A3), posição onde as solicitações mecânicas se concentram durante o uso clínico e os instrumentos são apreendidos nos testes. O comportamento mecânico foi avaliado através de ensaios de flexão e torção até a ruptura, de acordo com a especificação ISO 3630-1. Os instrumentos RC, WO e PTU apresentaram composição química semelhante e fase como principal constituinte à temperatura ambiente. No entanto, os instrumentos Reciproc e WaveOne apresentaram um aumento relevante nas temperaturas de transformação, sugerindo a presença da fase B19, coexistindo com a fase austenítica. Apesar de apresentarem D3 semelhantes, a análise estatística dos valores de A3 entre os pares de instrumentos analisados mostrou diferença significativamente menor para os instrumentos RC. Os instrumentos RC foram significativamente mais flexíveis, possivelmente devido ao tratamento termomecânico a que foram submetidos os fios utilizados na fabricação dos mesmos (MWire), além da morfologia de sua sessão tranversal, seguidos por WO, que também são fabricados a partir do fio M-Wire, e PTU, nesta ordem. Dentre os instrumentos novos, os PTU apresentaram valores de torque máximo, quando ensaiados em torção, significativamente menores. Os instrumentos PTU apresentaram os maiores valores de deflexão angular, seguidos pelos instrumentos RC e WO, nesta ordem. Todos os sistemas após serem utilizados na prática clínica apresentaram redução da resistência torcional. Entretanto, a comparação estatística entre os valores de torque máximo para os instrumentos novos e após uso clínico, não apresentou diferença estatisticamente significativa para nenhum dos sistemas avaliados. Com relação à deflexão angular, a comparação entre instrumentos novos e após uso clínico, mostra uma redução dos valores desse parâmetro após o uso clínico, com exceção dos instrumentos RC. Entretanto, as análises estatísticas mostraram não haver diferenças significativas entre os pares de instrumentos analisados.The mechanical properties of the endodontic instruments are affected by factors such as diameter, design, chemical composition and thermo-mechanical treatments applied during the manufacturing process. The main goal of this study was to assess the flexibility and torsional resistance of the NiTi Reciproc (RC), Wave One (WO) and ProTaper Universal (PTU) instruments, new and after clinical use. The instruments chemical composition was analyzed with X-Ray energy spectroscopy (EDS), the present phases were determined by X-Ray Diffractions (DRX) and the transformation temperatures were obtained with differential scanning calorimeter (DSC). Images from the longitudinal and transversal sections were used for determining the diameter and the area at 3mm from the tip (D3 and A3), the position where the mechanical requests are focused in clinical use and where the instruments are apprehended during the tests. The mechanical behavior has been evaluated through simulation of bending and torsion until rupture according to ISO 3630-1. The RC, WO and PTU instruments have presented a similar chemical composition with the predominance of phase at room temperature. However, Reciproc and Waveone instruments showed a significant increase in transformation temperatures, suggesting the presence of B19 phase, coexisting with the austenitic phase Despite showing similar D3, statistical analysis of the values of A3 between pairs of instruments analyzed showed significantly lower difference for RC instruments. The RC instruments were significantly more flexible, possibly due to the thermomechanical treatment applied to the wire (M-Wire) used in their manufacture process in addition to their cross section design, followed by WO instruments, which are also made of M-Wire, and PTU instruments, in that order. Among the new instruments, PTU showed significantly lower maximum torque values in torsion tests. PTU instruments presented the highest angular deflection values, followed by RC and WO instruments, in that order. All systems reduced their torsional strength after clinical use. However, statistical comparison between the maximum torque values for new and after clinical use instruments, showed no statistically significant difference for any of the evaluated systems. Regarding the angular deflection, the comparison between new and after clinical use instruments demonstrated a reduction of the values of this parameter after clinical use, with the exception of RC instruments. However, statistical analysis showed no significant differences between the pairs of instruments analyzed. Key-words: NiTi instruments, Flexibility, Torsional resistance, ReciprocUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGTorquePropriedades físicas e químicasResistência de materiaisEndodontia/instrumentaçãoMaleabilidadeInstrumentos odontológicosTorção mecânicaFlexibilidadeInstrumentos de NiTiResistência à torçãoRecíprocoInfluência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_rafael_magalh_es_pdf.pdfapplication/pdf7007043https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-B39HZY/1/tese_rafael_magalh_es_pdf.pdf834a6971278a0154d58391da0e3874afMD51TEXTtese_rafael_magalh_es_pdf.pdf.txttese_rafael_magalh_es_pdf.pdf.txtExtracted texttext/plain190066https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-B39HZY/2/tese_rafael_magalh_es_pdf.pdf.txt0a0c18a8fd6a5c92242d879967f68a2aMD521843/ODON-B39HZY2019-11-14 10:04:59.213oai:repositorio.ufmg.br:1843/ODON-B39HZYRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:04:59Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
title |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
spellingShingle |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal Rafael Rodrigues Soares de Magalhaes Flexibilidade Instrumentos de NiTi Resistência à torção Recíproco Torque Propriedades físicas e químicas Resistência de materiais Endodontia/instrumentação Maleabilidade Instrumentos odontológicos Torção mecânica |
title_short |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
title_full |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
title_fullStr |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
title_full_unstemmed |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
title_sort |
Influência do movimento recíproco na resistência à torção dos instrumentos de NiTi: reciproc, waveone e protaper universal |
author |
Rafael Rodrigues Soares de Magalhaes |
author_facet |
Rafael Rodrigues Soares de Magalhaes |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Guiomar de Azevedo Bahia |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Vicente Tadeu Lopes Buono |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Vicente Tadeu Lopes Buono |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Ana Cristina Rodrigues Antunes de Souza |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Renata de Castro Martins |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Ana Cecilia Diniz Viana de Castro |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Érika Sales Joviano Pereira |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rafael Rodrigues Soares de Magalhaes |
contributor_str_mv |
Maria Guiomar de Azevedo Bahia Vicente Tadeu Lopes Buono Vicente Tadeu Lopes Buono Ana Cristina Rodrigues Antunes de Souza Renata de Castro Martins Ana Cecilia Diniz Viana de Castro Érika Sales Joviano Pereira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Flexibilidade Instrumentos de NiTi Resistência à torção Recíproco |
topic |
Flexibilidade Instrumentos de NiTi Resistência à torção Recíproco Torque Propriedades físicas e químicas Resistência de materiais Endodontia/instrumentação Maleabilidade Instrumentos odontológicos Torção mecânica |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Torque Propriedades físicas e químicas Resistência de materiais Endodontia/instrumentação Maleabilidade Instrumentos odontológicos Torção mecânica |
description |
As propriedades mecânicas dos instrumentos endodônticos são afetadas por fatores como diâmetro, design, composição química, e tratamentos termomecânicos aplicados durante o processo de fabricação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a flexibilidade e a resistência torcional de instrumentos de NiTi Reciproc (RC), Wave One (WO) e ProTaper Universal (PTU), novos e após o uso clínico. A composição química dos instrumentos foi analisada por espectroscopia de energia de raios X (EDS), as fases presentes identificadas por difração de raios X (DRX) e as temperaturas de transformação determinadas por calorimetria exploratória diferencial (DSC). Imagens das seções longitudinal e transversal foram empregadas para determinar o diâmetro e a área a 3 mm da ponta (D3 e A3), posição onde as solicitações mecânicas se concentram durante o uso clínico e os instrumentos são apreendidos nos testes. O comportamento mecânico foi avaliado através de ensaios de flexão e torção até a ruptura, de acordo com a especificação ISO 3630-1. Os instrumentos RC, WO e PTU apresentaram composição química semelhante e fase como principal constituinte à temperatura ambiente. No entanto, os instrumentos Reciproc e WaveOne apresentaram um aumento relevante nas temperaturas de transformação, sugerindo a presença da fase B19, coexistindo com a fase austenítica. Apesar de apresentarem D3 semelhantes, a análise estatística dos valores de A3 entre os pares de instrumentos analisados mostrou diferença significativamente menor para os instrumentos RC. Os instrumentos RC foram significativamente mais flexíveis, possivelmente devido ao tratamento termomecânico a que foram submetidos os fios utilizados na fabricação dos mesmos (MWire), além da morfologia de sua sessão tranversal, seguidos por WO, que também são fabricados a partir do fio M-Wire, e PTU, nesta ordem. Dentre os instrumentos novos, os PTU apresentaram valores de torque máximo, quando ensaiados em torção, significativamente menores. Os instrumentos PTU apresentaram os maiores valores de deflexão angular, seguidos pelos instrumentos RC e WO, nesta ordem. Todos os sistemas após serem utilizados na prática clínica apresentaram redução da resistência torcional. Entretanto, a comparação estatística entre os valores de torque máximo para os instrumentos novos e após uso clínico, não apresentou diferença estatisticamente significativa para nenhum dos sistemas avaliados. Com relação à deflexão angular, a comparação entre instrumentos novos e após uso clínico, mostra uma redução dos valores desse parâmetro após o uso clínico, com exceção dos instrumentos RC. Entretanto, as análises estatísticas mostraram não haver diferenças significativas entre os pares de instrumentos analisados. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014-07-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-10T19:26:40Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-10T19:26:40Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/ODON-B39HZY |
url |
http://hdl.handle.net/1843/ODON-B39HZY |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-B39HZY/1/tese_rafael_magalh_es_pdf.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ODON-B39HZY/2/tese_rafael_magalh_es_pdf.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
834a6971278a0154d58391da0e3874af 0a0c18a8fd6a5c92242d879967f68a2a |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589424346300416 |