A quantificação da deformação em rochas metassedimentares dos grupos costa sena e guinda, Paleoproterozóico da Serra do Espinhaço meridional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juni Silveira Cordeiro
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/IGCC-9RQNEQ
Resumo: A aplicação das técnicas de quantificação da deformação Rf/, Panozzo, os métodos do intercepto, da orientação preferencial dos grãos e uma variação do método Rf/, o método Fry, o método do Centro-a-Centro e uma adaptação do método dos mínimos quadrados, em 31 figuras experimentais auxiliou na escolha dos métodos a serem empregados na análise quantitativa da deformação em amostras quartzíticas da Serra do Espinhaço Meridional. A partir das análises de parâmetros tais como Rs (razão final da deformação), R0 (razão inicial dos objetos) e grau de arredondamento das formas, pôde-se perceber a necessidade de cautela na interpretação dos resultados obtidos com a aplicação das técnicas de quantificação da deformação disponíveis, principalmente nas situações em que houver a atuação de dois eventos deformacionais, sejam eles sedimentares e/ou tectônicos. Desta forma as técnicas Rf/, o método Fry, utilizando dois diferentes programas, o método do Centro-a-Centro e em algumas amostras as técnicas Panozzo e da orientação preferencial dos grãos (SPO) foram selecionadas para a análise quantitativa da deformação em 76 amostras de rochas quartzíticas da região abrangida pela Folha Diamantina (1:100.000), coletadas em afloramentos representando os grupos Costa Sena e Guinda em diferentes situações estratigráficas e estruturais, com maior adensamento de amostragem na região central da Quadrícula Guinda (1: 25.000), sudeste de Diamantina e na porção sul da Serra da Matriculada, município de Datas. As amostras de quartzitos utilizadas para a quantificação da deformação foram coletadas orientadas em campo, com posterior definição dos cortes a serem confeccionados: paralelos a lineação de estiramento mineral (plano XZ) e nos cortes a ela perpendiculares (plano YZ). A análise dos dados indica, para a maioria das amostras da região central da Quadrícula Guinda, uma maior absorção da deformação pela matriz em detrimento dos grãos, com valores de Rs variando, no plano XZ, entre 3,75 e 1,45 quando determinados via Rf/, entre 2,71 e 1,29 através do método Fry tradicional, entre 2,41 e 1,15 via técnica do Centro-a-Centro e variando entre 3,41 e 1,04 via método Panozzo. Os valores da razão inicial (R0), obtidos pela aplicação de Rf/, mostram-se relativamente altos em ambas as seções, variando entre 1,35 e 2,05 no plano XZ e entre 1,35 e 2,02 em YZ. Para a região da Serra da Matriculada, a maioria das amostras analisadas indica uma maior absorção da deformação pelos grãos com valores de Rs variando, no plano XZ, entre 1,78 e 4,71 quando estimados pela técnica Rf/. Os valores da razão inicial, obtidos pela aplicação desta mesma técnica também mostram-se relativamente altos em ambas as seções, variando entre 1,36 e 2,13 no plano XZ e entre 1,30 e 2,44 em YZ. O Parâmetro de Flinn, considerando os dados obtidos em ambas as regiões, através da aplicação dos métodos Rf/ e Fry, indica que a imensa maioria das amostras consideradas representa elipsóide oblato, originado no campo aparente do achatamento. Os dados obtidos também sugerem que o controle da deformação, mais do estratigráfico é litológico, sendo essa maior nos litotipos mais micáceos, com valores maiores de deformação próximos às frentes de cavalgamento xxiii responsáveis por inversões estratigráficas envolvendo os metassedimentos dos grupos Costa Sena e Guinda. Por outro lado, amostras de unidades com muitas estruturas sedimentares preservadas, como é freqüente em toda porção leste da Quadrícula Guinda, apresentam razões de deformação compatíveis com tal condição, mas com valores um pouco superiores aqueles sugeridos para os processos sedimentares/diagenéticos. A quantificação da deformação em 12 seixos da Formação Bandeirinha, encontrados em níveis de metabrecha pertencentes ao Nível A da Formação São João da Chapada, mostra que apesar das razões de deformação elevadas encontradas para estes seixos, a orientação dos eixos principais de deformação sugere uma deformação em conjunto com a matriz que os envolvia (sedimentos da Formação São João da Chapada). A análise da anisotropia da susceptibilidade magnética realizada em quatro amostras de um afloramento constituído por nível de metabrecha ferruginosa, com forte desenvolvimento de foliação plano axial, em quartzito também ferruginoso, ambos pertencentes ao Membro Caldeirões (Formação Sopa-Brumadinho), mostrou uma boa compatibilidade entre os resultados obtidos com esta técnica e aqueles fornecidos pelos métodos tradicionais de quantificação da deformação.
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A partir das análises de parâmetros tais como Rs (razão final da deformação), R0 (razão inicial dos objetos) e grau de arredondamento das formas, pôde-se perceber a necessidade de cautela na interpretação dos resultados obtidos com a aplicação das técnicas de quantificação da deformação disponíveis, principalmente nas situações em que houver a atuação de dois eventos deformacionais, sejam eles sedimentares e/ou tectônicos. Desta forma as técnicas Rf/, o método Fry, utilizando dois diferentes programas, o método do Centro-a-Centro e em algumas amostras as técnicas Panozzo e da orientação preferencial dos grãos (SPO) foram selecionadas para a análise quantitativa da deformação em 76 amostras de rochas quartzíticas da região abrangida pela Folha Diamantina (1:100.000), coletadas em afloramentos representando os grupos Costa Sena e Guinda em diferentes situações estratigráficas e estruturais, com maior adensamento de amostragem na região central da Quadrícula Guinda (1: 25.000), sudeste de Diamantina e na porção sul da Serra da Matriculada, município de Datas. As amostras de quartzitos utilizadas para a quantificação da deformação foram coletadas orientadas em campo, com posterior definição dos cortes a serem confeccionados: paralelos a lineação de estiramento mineral (plano XZ) e nos cortes a ela perpendiculares (plano YZ). A análise dos dados indica, para a maioria das amostras da região central da Quadrícula Guinda, uma maior absorção da deformação pela matriz em detrimento dos grãos, com valores de Rs variando, no plano XZ, entre 3,75 e 1,45 quando determinados via Rf/, entre 2,71 e 1,29 através do método Fry tradicional, entre 2,41 e 1,15 via técnica do Centro-a-Centro e variando entre 3,41 e 1,04 via método Panozzo. Os valores da razão inicial (R0), obtidos pela aplicação de Rf/, mostram-se relativamente altos em ambas as seções, variando entre 1,35 e 2,05 no plano XZ e entre 1,35 e 2,02 em YZ. Para a região da Serra da Matriculada, a maioria das amostras analisadas indica uma maior absorção da deformação pelos grãos com valores de Rs variando, no plano XZ, entre 1,78 e 4,71 quando estimados pela técnica Rf/. Os valores da razão inicial, obtidos pela aplicação desta mesma técnica também mostram-se relativamente altos em ambas as seções, variando entre 1,36 e 2,13 no plano XZ e entre 1,30 e 2,44 em YZ. O Parâmetro de Flinn, considerando os dados obtidos em ambas as regiões, através da aplicação dos métodos Rf/ e Fry, indica que a imensa maioria das amostras consideradas representa elipsóide oblato, originado no campo aparente do achatamento. Os dados obtidos também sugerem que o controle da deformação, mais do estratigráfico é litológico, sendo essa maior nos litotipos mais micáceos, com valores maiores de deformação próximos às frentes de cavalgamento xxiii responsáveis por inversões estratigráficas envolvendo os metassedimentos dos grupos Costa Sena e Guinda. Por outro lado, amostras de unidades com muitas estruturas sedimentares preservadas, como é freqüente em toda porção leste da Quadrícula Guinda, apresentam razões de deformação compatíveis com tal condição, mas com valores um pouco superiores aqueles sugeridos para os processos sedimentares/diagenéticos. A quantificação da deformação em 12 seixos da Formação Bandeirinha, encontrados em níveis de metabrecha pertencentes ao Nível A da Formação São João da Chapada, mostra que apesar das razões de deformação elevadas encontradas para estes seixos, a orientação dos eixos principais de deformação sugere uma deformação em conjunto com a matriz que os envolvia (sedimentos da Formação São João da Chapada). A análise da anisotropia da susceptibilidade magnética realizada em quatro amostras de um afloramento constituído por nível de metabrecha ferruginosa, com forte desenvolvimento de foliação plano axial, em quartzito também ferruginoso, ambos pertencentes ao Membro Caldeirões (Formação Sopa-Brumadinho), mostrou uma boa compatibilidade entre os resultados obtidos com esta técnica e aqueles fornecidos pelos métodos tradicionais de quantificação da deformação.Methodology of strain quantification like Rf/; Panozzo; Intercept method, main orientation of grains, Fry method; Center-to-Center and a like square minimum in 31 experimental figures help to choice the methods with best results in the strain analysis of quartzitics rocks of Serra do Espinhaço Meridional. The analysis of Rs (initial ratio of strain), R0 (initial ratio of objects) and the roundness of shapes shows that is necessary pay attention in the interpretation of results, especially when we have two deformation events (sedimentary or tectonic). We choice to use Rf/, Fry, Center-to-Center and in some samples Panozzo and SPO (Shape Preferred Orientation) to the strain quantification in 76 samples of quartzitics rocks of Diamantina Quadrangle 1:100.000, collected in outcrops of Costa Sena and Guinda groups in different stratigraphic and tectonics situations, with a more dense grid in the region of Guinda Quadrangle 1:25.000, SW of Diamantina and at the southern portion of Serra da Matriculada (Datas). The samples were oriented in the field and cuts done parallel to mineral elongation lineation (XZ plane) or orthogonal (YZ plane). The data analysis of the central region of Guinda Quadrangle shows mainly a greater deformation of matrix than the grains with Rs between 3.75 and 1.45 (XZ plane - Rf/), 2.71 and 1.29 (Fry traditional), 2.41 and 1.15 (Center-to-Center), 3.41 and 1.04 (Panozzo). The R0 from Rf/ shows high values (1.35 and 2.05 in XZ plane, 1.35 and 2.02 in YZ plane). In the Serra da Matriculada region we have a greater deformation of grains with Rs between 1.78 and 4.71 (Rf/) with an high R0 (1.36 to 2.13 in XZ plane and 1.30 to 2.44 in YZ plane). The Flinn parameter in both regions shows that almost all samples falls in a oblate ellipsoid (shortening field). The data suggests that the control of deformation is more associated with litologies than with the stratigraphy, greater in the micaceous types with greater strain near the trusts that are responsible for the stratigraphic inversions of the metasediments of Costa Sena and Guinda groups. In other hand, the samples of stratigraphic units with well preserved sedimentary structures, how in the east part of Guinda Quadrangle, show strain ratio compatible but light higher than suggested by sedimentary/diagenetics process. The strain quantification in 12 boulders of Bandeirinha Formation in the basal breccia of São João da Chapada Fm. shows high values but the orientation of principal axis suggested a deformation with the matrix and not an early deformation. The analysis of Anisotropic Magnetic Suscetibility of 4 samples of a ferruginous breccia with a well development axial plane foliation and a ferruginous quartzite, both of Caldeirões Member (Sopa-Brumadinho Fm.), show a good compatibility between these results and the traditional of strain quantificationUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGQuartzito Espinhaço, Serra do (MG e BA)DeformaçãoSerra do Espinhaço meridionalQuantificaçãoQuartzitosA quantificação da deformação em rochas metassedimentares dos grupos costa sena e guinda, Paleoproterozóico da Serra do Espinhaço meridionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALjuni_cordeiro_a_quantificacao_da_deformacao_em_rochas.pdfapplication/pdf40967748https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9RQNEQ/1/juni_cordeiro_a_quantificacao_da_deformacao_em_rochas.pdfb6f2b2e1fd027d3dc5ef617bdf8b4213MD51TEXTjuni_cordeiro_a_quantificacao_da_deformacao_em_rochas.pdf.txtjuni_cordeiro_a_quantificacao_da_deformacao_em_rochas.pdf.txtExtracted texttext/plain671297https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-9RQNEQ/2/juni_cordeiro_a_quantificacao_da_deformacao_em_rochas.pdf.txt032f555af6168fc4ec90e43f037b2571MD521843/IGCC-9RQNEQ2019-11-14 03:02:49.568oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-9RQNEQRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:02:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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