Pedagogia da sororidade : uma etnografia com mulheres lideranças de Ribeirão das Neves - MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simone de Oliveira Mestre
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/51613
https://orcid.org/0000-0001-8976-8312
Resumo: Empiricamente é possível constatar um abismo existente entre a participação política das mulheres na esfera governamental e da sociedade civil. Se de um lado a presença delas é predominante na liderança de movimentos, articulações e ações comunitárias, no outro, constata-se uma baixa representatividade no poder legislativo, executivo e judiciário. Neste contexto, como podemos investigar a participação das mulheres nas mobilizações sociais? Como os estigmas, o machismo e a exclusão afetam a vida das lideranças comunitárias? Diante destas indagações é importante salientar que não é uma proposta da pesquisa de doutorado fornecer um quadro explicativo sobre todas as disparidades de gênero existentes no contexto político brasileiro, em especial na esfera governamental, e sim compreender quais as motivações que levam as mulheres a se engajarem em uma luta coletiva, principalmente em contextos marcados pelas desigualdades sociais. Dessa forma, partimos da experiência de mulheres residentes em Ribeirão das Neves, este que por sua vez é uma cidade vista de forma marginalizada por moradores da capital mineira, da região metropolitana de Belo Horizonte e outras cidades adjacentes em função dos estigmas de “cidade-dormitório”, “cidade violenta” e “cidade das prisões” que são constantemente atribuídos ao município, objetivando compreender como essas mulheres se percebem e se constroem enquanto lideranças comunitárias de um território localizado em um locus estigmatizado, buscando identificar quais os impactos do processo de estigmatização do território sobre as mulheres, verificar como os marcados sociais da diferença são articulados em suas práticas e experiências e compreender como as relações de cuidado e as agências integram e configuram práticas de sociabilidade. Para tanto, foi utilizado uma abordagem metodológica qualitativa, mediante a realização de uma pesquisa de cunho etnográfico, priorizando a abordagem biográficas de mulheres lideranças que moram e atuam na cidade, produzidas por intermédio de entrevistas em profundidade, observação participante em rodas de conversas in loco, em grupos de WhatsApp e redes sociais como Instagram e Facebook, circulação pelo território, participação em eventos e reuniões. As análises e reflexões dos dados obtidos durante a trabalho de campo sinalizam que as lideranças comunitárias incorporam, instituem, implementam impulsionam o que nomeio como Pedagogia da Sororidade. Os resultados demonstram que essas mulheres enquanto empreendedoras mobilizam tanto o estigma do território quanto o os debates sobre as desigualdades de gênero como elementos discursivos no processo de mobilização de redes e de práticas formativas na cidade, reforçando as perspectivas teóricas que consideram os movimentos sociais como espaços educativos não formais. Além disso, foi possível perceber que ser uma liderança é um marcador social que se articula com outros marcadores sociais da diferença que simultaneamente evidenciam aspectos de vulnerabilidade dessas mulheres e simboliza um a aquisição de capitais simbólicos, culturais e políticos. Portanto a Pedagogia da Sororidade é apontada nesta tese como um conjunto de táticas, formações, dispositivos e processos que são absorvidos e compartilhados por mulheres durante toda sua trajetória de engajamento na luta por políticas públicas reparatórias, emancipatórias e regulatórias.
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Diante destas indagações é importante salientar que não é uma proposta da pesquisa de doutorado fornecer um quadro explicativo sobre todas as disparidades de gênero existentes no contexto político brasileiro, em especial na esfera governamental, e sim compreender quais as motivações que levam as mulheres a se engajarem em uma luta coletiva, principalmente em contextos marcados pelas desigualdades sociais. Dessa forma, partimos da experiência de mulheres residentes em Ribeirão das Neves, este que por sua vez é uma cidade vista de forma marginalizada por moradores da capital mineira, da região metropolitana de Belo Horizonte e outras cidades adjacentes em função dos estigmas de “cidade-dormitório”, “cidade violenta” e “cidade das prisões” que são constantemente atribuídos ao município, objetivando compreender como essas mulheres se percebem e se constroem enquanto lideranças comunitárias de um território localizado em um locus estigmatizado, buscando identificar quais os impactos do processo de estigmatização do território sobre as mulheres, verificar como os marcados sociais da diferença são articulados em suas práticas e experiências e compreender como as relações de cuidado e as agências integram e configuram práticas de sociabilidade. Para tanto, foi utilizado uma abordagem metodológica qualitativa, mediante a realização de uma pesquisa de cunho etnográfico, priorizando a abordagem biográficas de mulheres lideranças que moram e atuam na cidade, produzidas por intermédio de entrevistas em profundidade, observação participante em rodas de conversas in loco, em grupos de WhatsApp e redes sociais como Instagram e Facebook, circulação pelo território, participação em eventos e reuniões. As análises e reflexões dos dados obtidos durante a trabalho de campo sinalizam que as lideranças comunitárias incorporam, instituem, implementam impulsionam o que nomeio como Pedagogia da Sororidade. Os resultados demonstram que essas mulheres enquanto empreendedoras mobilizam tanto o estigma do território quanto o os debates sobre as desigualdades de gênero como elementos discursivos no processo de mobilização de redes e de práticas formativas na cidade, reforçando as perspectivas teóricas que consideram os movimentos sociais como espaços educativos não formais. Além disso, foi possível perceber que ser uma liderança é um marcador social que se articula com outros marcadores sociais da diferença que simultaneamente evidenciam aspectos de vulnerabilidade dessas mulheres e simboliza um a aquisição de capitais simbólicos, culturais e políticos. Portanto a Pedagogia da Sororidade é apontada nesta tese como um conjunto de táticas, formações, dispositivos e processos que são absorvidos e compartilhados por mulheres durante toda sua trajetória de engajamento na luta por políticas públicas reparatórias, emancipatórias e regulatórias.Empirically, an abyss can be seen between the political participation of women in the governmental sphere and in civil society. If, on one hand, their presence is predominant in the leadership of movements, articulations and community actions; on the other hand, there is a low representation in the Legislative, Executive and Judiciary branches of government. In this context, how can one investigate the participation of women in social mobilizations? How do stigmas, male chauvinism, and exclusion affect the lives of community leaders? Facing these questions, it is important to emphasize that it is not the purpose of this PhD research to provide an explanatory framework about all the gender disparities existing in the Brazilian political context, especially in the governmental sphere, but rather to understand which motivations lead women to engage in a collective fight, especially in contexts marked by social inequalities. In this way, we start from the experience of women living in Ribeirão das Neves, a city seen as marginalized by residents of the state capital, the metropolitan region of Belo Horizonte and other adjacent cities, due to the stigmas of "dorm city", "violent city" and "city of prisons". The goal is to understand how these women perceive and construct themselves as community leaders in a territory located in a stigmatized locus. The aim is to identify the impacts of the territory's stigmatization process on these women, to verify how the social markers of difference are articulated in their practices and experiences, and to understand how caring relationships and agencies integrate and shape sociability practices. To this end, we used a qualitative methodological approach, by conducting ethnographic research, prioritizing the biographical approach of women leaders who live and work in the city, produced through in-depth interviews, participant observation in rounds of conversations in loco, WhatsApp groups and social networks such as Instagram and Facebook, circulation through the territory and participation in events and meetings. The analyses and reflections of the data obtained during the fieldwork indicate that the community leaders incorporate, institute, implement and promote what I call "pedagogy of sorority". The results show that these women, as entrepreneurs, mobilize both the stigma of the territory and the debates about gender inequalities as discursive elements in the process of mobilizing networks and formative practices in the city, reinforcing the theoretical perspectives that consider social movements as non-formal educational spaces. Moreover, it could be noticed that being a leader is a social marker that articulates with other social markers of difference that, simultaneously, highlight aspects of vulnerability of these women and symbolize an acquisition of symbolic, cultural, and political capitals. Therefore, the pedagogy of sorority is pointed out, in this thesis, as a set of tactics, formations, access devices and processes that are absorbed and shared by women throughout their trajectory of engagement in the struggle for reparatory, emancipatory and regulatory public policies.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFMGBrasilFAFICH - FACULDADE DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANASSociologia - TesesLiderança comunitária - TesesMulheres - Biografia - TesesPedagogia da sororidadeLiderança comunitáriaBiografiasTerritório estigmatizadoPedagogia da sororidade : uma etnografia com mulheres lideranças de Ribeirão das Neves - MGPedagogy of sorority : an ethnography with women leaders from Ribeirão das Neves - MGPédagogie de la sororité : une ethnographie avec des femmes leaders de Ribeirão das Neves - MGPedagogía de la sororidad : una etnografía con mujeres líderes de Ribeirão das Neves - MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE - PEDAGOGIA DA SORORIDADE - Uma etnografia com mulheres lideranças de Ribeirão das Neves - MG.pdfTESE - PEDAGOGIA DA SORORIDADE - Uma etnografia com mulheres lideranças de Ribeirão das Neves - MG.pdfapplication/pdf15427217https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51613/1/TESE%20-%20PEDAGOGIA%20DA%20SORORIDADE%20-%20Uma%20etnografia%20com%20mulheres%20lideran%c3%a7as%20de%20Ribeir%c3%a3o%20das%20Neves%20-%20MG.pdf78f39aa63c22bacec6a4158aa54f1797MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/51613/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/516132023-04-05 11:06:54.295oai:repositorio.ufmg.br:1843/51613TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-04-05T14:06:54Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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