Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/39612 |
Resumo: | O estudo sobre as esculturas coloniais brasileiras vem sendo aprofundado com o passar dos anos, principalmente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. A interiorização das pesquisas sobre as imagens devocionais que não se encontram no litoral também tem aumentado gradativamente. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi de investigar as esculturas em madeira dourada e policromada atribuídas ao artista José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874), localizadas no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na cidade de Goiás/GO. A revisão da literatura sobre o artista demonstrou recorrência na afirmação de que Veiga Valle era conhecedor das técnicas de escultura, pintura e douramento, baseado, principalmente, na tradição oral, com entrevistas realizadas por Rescala com seus descendentes vivos em 1940. Tal assertiva nos fez levantar algumas hipóteses, porque esses ofícios eram executados por profissionais distintos em séculos anteriores. Autores como Salgueiro (1983) e Passos (1997) reforçam as afirmações da tradição oral e ressaltam a qualidade técnica escultórica e pictórica do artista. A análise comparativa qualitativa foi realizada entre 17 imagens do Menino Deus e do Menino Jesus, como estudo de caso, por representarem a mesma iconografia e considerarmos suas obras mais expressivas. As imagens foram estudadas, principalmente, quanto à forma e à policromia. Além disso, a documentação fotográfica e os exames com lentes de aumento, luzes especiais, raios X, coleta de amostras para análises laboratoriais foram essenciais para complementar a pesquisa. Como resultados, verificaram-se semelhanças entre algumas esculturas e a confecção em blocos únicos e maciços (maioria); variedade na tipologia de olhos de vidro (quando existentes); confirmação da presença do pigmento branco de chumbo na policromia e o uso do angico-vermelho como madeira utilizada pelo escultor nas duas imagens analisadas. Os resultados ratificaram que os materiais e as técnicas utilizados estão de acordo com as esculturas confeccionadas no Século XIX, época em que Veiga Valle atuou. Esta pesquisa nos possibilitou levantar algumas hipóteses quanto à produção das obras agrupadas (talha e policromia) e indicar a existência de uma oficina de Veiga Valle, na qual o artista trabalhava com oficiais e aprendizes, além de seu filho. A investigação proporcionou um conhecimento mais profundo sobre as esculturas atribuídas a Veiga Valle, símbolo da imaginária devocional goiana do Século XIX. O trabalho interdisciplinar de várias áreas do conhecimento foi imprescindível para a realização desta pesquisa. |
id |
UFMG_0e7c2681f0b3a8a8e05b4c244c77d179 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/39612 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Regina Emery Quiteshttp://lattes.cnpq.br/1943960329335593Ana Claudia Vasconcellos MagalhãesAlessandra Rosadohttp://lattes.cnpq.br/5743587659001044Ana Carolina de Souza Cruz2022-02-23T13:25:53Z2022-02-23T13:25:53Z2021-08-23http://hdl.handle.net/1843/39612O estudo sobre as esculturas coloniais brasileiras vem sendo aprofundado com o passar dos anos, principalmente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. A interiorização das pesquisas sobre as imagens devocionais que não se encontram no litoral também tem aumentado gradativamente. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi de investigar as esculturas em madeira dourada e policromada atribuídas ao artista José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874), localizadas no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na cidade de Goiás/GO. A revisão da literatura sobre o artista demonstrou recorrência na afirmação de que Veiga Valle era conhecedor das técnicas de escultura, pintura e douramento, baseado, principalmente, na tradição oral, com entrevistas realizadas por Rescala com seus descendentes vivos em 1940. Tal assertiva nos fez levantar algumas hipóteses, porque esses ofícios eram executados por profissionais distintos em séculos anteriores. Autores como Salgueiro (1983) e Passos (1997) reforçam as afirmações da tradição oral e ressaltam a qualidade técnica escultórica e pictórica do artista. A análise comparativa qualitativa foi realizada entre 17 imagens do Menino Deus e do Menino Jesus, como estudo de caso, por representarem a mesma iconografia e considerarmos suas obras mais expressivas. As imagens foram estudadas, principalmente, quanto à forma e à policromia. Além disso, a documentação fotográfica e os exames com lentes de aumento, luzes especiais, raios X, coleta de amostras para análises laboratoriais foram essenciais para complementar a pesquisa. Como resultados, verificaram-se semelhanças entre algumas esculturas e a confecção em blocos únicos e maciços (maioria); variedade na tipologia de olhos de vidro (quando existentes); confirmação da presença do pigmento branco de chumbo na policromia e o uso do angico-vermelho como madeira utilizada pelo escultor nas duas imagens analisadas. Os resultados ratificaram que os materiais e as técnicas utilizados estão de acordo com as esculturas confeccionadas no Século XIX, época em que Veiga Valle atuou. Esta pesquisa nos possibilitou levantar algumas hipóteses quanto à produção das obras agrupadas (talha e policromia) e indicar a existência de uma oficina de Veiga Valle, na qual o artista trabalhava com oficiais e aprendizes, além de seu filho. A investigação proporcionou um conhecimento mais profundo sobre as esculturas atribuídas a Veiga Valle, símbolo da imaginária devocional goiana do Século XIX. O trabalho interdisciplinar de várias áreas do conhecimento foi imprescindível para a realização desta pesquisa.The study of Brazilian colonial sculptures has been deepening over the years, especially in the states of Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia and São Paulo. The research about devotional images that are not found on the coast has also gradually been done by the countryside. Thus, the aim of this work was to investigate the gilded and polychromy wood sculptures attributed to the artist José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874), located in the Museum of Sacred Art of Boa Morte, in the city of Goiás/GO. The literature review about the artist showed recurrence in the assertion that Veiga Valle was knowledgeable in the techniques of sculpture, painting and gilding, based mainly on oral tradition, with interviews conducted by Rescala with his living descendants in 1940. This assertion made us raise some hypotheses, because these trades were executed by different professionals in previous centuries. Authors such as Salgueiro (1983) and Passos (1997) reinforced the claims of oral tradition and emphasized the artist's sculptural and pictorial technical quality. The qualitative comparative analysis was realized in 17 images of the Menino Deus (Infant God) and the Menino Jesus (Infant Jesus), as a study case, since they represent the same iconography and we consider his more expressive works. The images were studied especially in regard to their form and polychromy. In addition, photographic documentation and examinations with magnifying glasses, special lights, X-rays, and the collection of samples for laboratory analysis were essential to complement the research. As results, we verified similarities between some sculptures and the confection in single and massive blocks (the majority); variety in the type of glass eyes (when it is existent); confirmation of the presence of white lead pigment in the polychromy, and the use of angico-vermelho (red angico) as the wood used by the sculptor in the two analyzed images. The results ratified that the materials and techniques used are in accordance with the sculptures made in the 19th century, the period in which Veiga Valle worked. This research allowed us to raise some hypotheses about the production of group works (carving and polychromy) and to indicate the existence of a Veiga Valle workshop, in which the artist worked with officers and apprentices, besides his son. The investigation provided a deeper knowledge about the sculptures attributed to Veiga Valle, a symbol of the devotional imagery of 19th century Goiás. The interdisciplinary work of several fields of knowledge was essential for this research.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ArtesUFMGBrasilEBA - ESCOLA DE BELAS ARTESValle, José Joaquim da Veiga, 1806-1874Arte sacra - Séc. XIXEscultura brasileira - Séc. XIXVeiga ValleEscultura em madeira dourada e policromadaMenino Deus e Menino JesusAnálise formal e científicaGoiásMeninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artistaVeiga Valle's Infant Jesus: a deep look at the artist's worksinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Ana Carolina de Souza Cruz.pdfDissertação Ana Carolina de Souza Cruz.pdfapplication/pdf20443952https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39612/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Carolina%20de%20Souza%20Cruz.pdf9adeda46343e7a788ec89125713e38fbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39612/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/396122022-02-23 10:25:53.862oai:repositorio.ufmg.br:1843/39612TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-02-23T13:25:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Veiga Valle's Infant Jesus: a deep look at the artist's works |
title |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
spellingShingle |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista Ana Carolina de Souza Cruz Veiga Valle Escultura em madeira dourada e policromada Menino Deus e Menino Jesus Análise formal e científica Goiás Valle, José Joaquim da Veiga, 1806-1874 Arte sacra - Séc. XIX Escultura brasileira - Séc. XIX |
title_short |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
title_full |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
title_fullStr |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
title_full_unstemmed |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
title_sort |
Meninos de Veiga Valle: um olhar aprofundado sobre as obras do artista |
author |
Ana Carolina de Souza Cruz |
author_facet |
Ana Carolina de Souza Cruz |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Regina Emery Quites |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1943960329335593 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ana Claudia Vasconcellos Magalhães |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Alessandra Rosado |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5743587659001044 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ana Carolina de Souza Cruz |
contributor_str_mv |
Maria Regina Emery Quites Ana Claudia Vasconcellos Magalhães Alessandra Rosado |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Veiga Valle Escultura em madeira dourada e policromada Menino Deus e Menino Jesus Análise formal e científica Goiás |
topic |
Veiga Valle Escultura em madeira dourada e policromada Menino Deus e Menino Jesus Análise formal e científica Goiás Valle, José Joaquim da Veiga, 1806-1874 Arte sacra - Séc. XIX Escultura brasileira - Séc. XIX |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Valle, José Joaquim da Veiga, 1806-1874 Arte sacra - Séc. XIX Escultura brasileira - Séc. XIX |
description |
O estudo sobre as esculturas coloniais brasileiras vem sendo aprofundado com o passar dos anos, principalmente nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo. A interiorização das pesquisas sobre as imagens devocionais que não se encontram no litoral também tem aumentado gradativamente. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi de investigar as esculturas em madeira dourada e policromada atribuídas ao artista José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874), localizadas no Museu de Arte Sacra da Boa Morte, na cidade de Goiás/GO. A revisão da literatura sobre o artista demonstrou recorrência na afirmação de que Veiga Valle era conhecedor das técnicas de escultura, pintura e douramento, baseado, principalmente, na tradição oral, com entrevistas realizadas por Rescala com seus descendentes vivos em 1940. Tal assertiva nos fez levantar algumas hipóteses, porque esses ofícios eram executados por profissionais distintos em séculos anteriores. Autores como Salgueiro (1983) e Passos (1997) reforçam as afirmações da tradição oral e ressaltam a qualidade técnica escultórica e pictórica do artista. A análise comparativa qualitativa foi realizada entre 17 imagens do Menino Deus e do Menino Jesus, como estudo de caso, por representarem a mesma iconografia e considerarmos suas obras mais expressivas. As imagens foram estudadas, principalmente, quanto à forma e à policromia. Além disso, a documentação fotográfica e os exames com lentes de aumento, luzes especiais, raios X, coleta de amostras para análises laboratoriais foram essenciais para complementar a pesquisa. Como resultados, verificaram-se semelhanças entre algumas esculturas e a confecção em blocos únicos e maciços (maioria); variedade na tipologia de olhos de vidro (quando existentes); confirmação da presença do pigmento branco de chumbo na policromia e o uso do angico-vermelho como madeira utilizada pelo escultor nas duas imagens analisadas. Os resultados ratificaram que os materiais e as técnicas utilizados estão de acordo com as esculturas confeccionadas no Século XIX, época em que Veiga Valle atuou. Esta pesquisa nos possibilitou levantar algumas hipóteses quanto à produção das obras agrupadas (talha e policromia) e indicar a existência de uma oficina de Veiga Valle, na qual o artista trabalhava com oficiais e aprendizes, além de seu filho. A investigação proporcionou um conhecimento mais profundo sobre as esculturas atribuídas a Veiga Valle, símbolo da imaginária devocional goiana do Século XIX. O trabalho interdisciplinar de várias áreas do conhecimento foi imprescindível para a realização desta pesquisa. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-08-23 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-02-23T13:25:53Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-02-23T13:25:53Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/39612 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/39612 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Artes |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
EBA - ESCOLA DE BELAS ARTES |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39612/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Ana%20Carolina%20de%20Souza%20Cruz.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39612/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9adeda46343e7a788ec89125713e38fb cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589255394492416 |