Avaliação da cera de osso como cofator na colonização de esternotomia em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulo Henrique Nogueira Costa
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9C3HHW
Resumo: INTRODUÇÃO: a cera de osso é frequentemente utilizada para a hemostasia do sangramento oriundo da porção esponjosa do esterno após esternotomia mediana. Seu uso já foi associado a maior incidência de infecção em estudos experimentais e clínicos. OBJETIVO: avaliar, por meio de cintilografia com antibiótico marcado, se a cera de osso atua como cofator que facilita a colonização e posterior infecção de esternotomias de ratos. METODOLOGIA: foram submetidas 19 ratas wistar à esternotomia mediana parcial superior. As feridas esternais foram tratadas ou não com cera de osso e contaminadas ou não com Staphylococcus aureus. Foram formados quatro grupos: controle (esternotomia), cera (esternotomia com uso de cera de osso), bactéria (esternotomia com contaminação bacteriana) e cerabactéria (esternotomia com uso de cera de osso e contaminação bacteriana). No oitavo dia após a cirurgia, os animais foram submetidos à análise cintilográfica da região esternal após 210 e 360 minutos da infusão da ceftizoxima marcada com o tecnecio-99 metaestável, seguido de contagem ex vivo da radioatividade do esterno, e estudo histológico. RESULTADOS: a comparação entre os grupos controle e cera não mostrou diferença significativa, sugerindo que a cera não alterou a captação do radiofármaco. Quando comparados os grupos controle ebactéria (p= 0,03, p= 0,02, p=0,04) e cera e cerabactéria (p= 0,01, p=0,02, p=0,009), diferenças significativas foram encontradas em todas as leituras realizadas, respectivamente, aos 210 e 360 min e ex vivo. Isso indica que a cintilografiausando a ceftizoxima marcada com o tecnecio-99 metaestável teve boa acurácia em detectar a presença da bactéria nos animaisque foram contaminados. Os grupos bactéria e cerabactéria não mostraram diferenças significativas nas leituras realizadas, mostrando que a cera de osso não facilitou a colonização da ferida esternal pela bactéria. CONCLUSÃO: a cera de osso não atuou como cofator na colonização de esternotomia de ratos.
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Foram formados quatro grupos: controle (esternotomia), cera (esternotomia com uso de cera de osso), bactéria (esternotomia com contaminação bacteriana) e cerabactéria (esternotomia com uso de cera de osso e contaminação bacteriana). No oitavo dia após a cirurgia, os animais foram submetidos à análise cintilográfica da região esternal após 210 e 360 minutos da infusão da ceftizoxima marcada com o tecnecio-99 metaestável, seguido de contagem ex vivo da radioatividade do esterno, e estudo histológico. RESULTADOS: a comparação entre os grupos controle e cera não mostrou diferença significativa, sugerindo que a cera não alterou a captação do radiofármaco. Quando comparados os grupos controle ebactéria (p= 0,03, p= 0,02, p=0,04) e cera e cerabactéria (p= 0,01, p=0,02, p=0,009), diferenças significativas foram encontradas em todas as leituras realizadas, respectivamente, aos 210 e 360 min e ex vivo. Isso indica que a cintilografiausando a ceftizoxima marcada com o tecnecio-99 metaestável teve boa acurácia em detectar a presença da bactéria nos animaisque foram contaminados. Os grupos bactéria e cerabactéria não mostraram diferenças significativas nas leituras realizadas, mostrando que a cera de osso não facilitou a colonização da ferida esternal pela bactéria. CONCLUSÃO: a cera de osso não atuou como cofator na colonização de esternotomia de ratos.INTRODUCTION: Bone wax is commonly used for sternum hemostasis after median sternotomy. Its use has been associated with increased incidence of infection in experimental and clinical studies. OBJECTIVE: To evaluate if bone wax acts as a promoting factor to the colonization of rats sternotomies using radiolabeled antibiotic scintigraphy. METHODOLOGY: Ninety Wistar rats were subjected to partial upper median sternotomy. The sternal wounds were treated or not with bone wax and contaminated with Staphylococcus aureus or not. The rats were divided into four groups, control (sternotomy), wax (sternotomy using bone wax), bacteria (sternotomy with bacterial contamination) and waxbacteria (sternotomy using bone wax and bacterial contamination). Eight days after the surgery, the animals were subjected to scintigraphy of the sternal region 210 and 360 minutes after infusion of ceftizoxime labeled with technetium-99m, followed by ex vivo radioactivity counting of the sternum. RESULTS: Quantitative analysis of the scintigraphic data showed no significant differences between the control vs. wax groups, suggesting that wax did not alter the uptake of the radiopharmaceutical. When comparing the control vs. bacteria groups (p = 0.03, p = 0.02, p = 0.04) and wax vs. waxbacteria group (p = 0.01 p = 0.02, p = 0.009), significant differences were found in all the scannings, respectively, at 210 and 360 minutes and ex vivo counting, indicating that scintigraphy using labeled ceftizoxime with technetium-99m had good accuracy in determining wich animals were infected. The waxbacteria and bacteria groups did not show significant differences in scintigraphy scanning data, meaning that bone wax did not facilitate colonization of sternal wound by the bacteria. CONCLUSION: Bone wax did not act as a promoting factor for the colonization of the sternal wounds in rats.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInfecção da ferida operatória/complicaçõesCeras/uso terapêuticoHemostáticos/uso terapêutico Procedimentos cirúrgicos cardíacosCintilografiaRatos WistarCirurgiaEsterno/cirurgiaEsternotomiaImagem com radionuclídeosMediastiniteRatosEsternotomiaAvaliação da cera de osso como cofator na colonização de esternotomia em ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALavaliacao_cera_de_osso_paulo_henrique.pdfapplication/pdf20738721https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9C3HHW/1/avaliacao_cera_de_osso_paulo_henrique.pdfa96842be9b1fa0fdd7729efb1959462cMD51TEXTavaliacao_cera_de_osso_paulo_henrique.pdf.txtavaliacao_cera_de_osso_paulo_henrique.pdf.txtExtracted texttext/plain120407https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9C3HHW/2/avaliacao_cera_de_osso_paulo_henrique.pdf.txt3d7dcdcdd2fc180d2f5739695b44ba72MD521843/BUBD-9C3HHW2019-11-14 13:09:29.826oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9C3HHWRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:09:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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