Métodos de treinamento da musculatura inspiratória de pacientes em ventilação mecânica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pollyanna Figueiredo Gomes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9ERELE
Resumo: A incapacidade do diafragma em gerar força, adquirida pela redução da sua ativação durante a ventilação mecânica, dificulta que o paciente reassuma sua própria respiração. Aproximadamente 40% do tempo total de ventilação mecânica é gasto para o desmame do paciente e a disfunção do diafragma é considerada o maior fator relacionado a esse tempo. Logo, os fisioterapeutas devem estar atentos para detecção precoce do descondicionamento da musculatura inspiratória, para dar início às medidas de reabilitação, possibilitando assim a otimização do desmame do paciente. O objetivo dessa revisão foi descrever os métodos existentes de fortalecimento da musculatura inspiratória em pacientes submetidos à ventilação mecânica e com fraqueza muscular decorrente desse processo. Foi realizada uma busca na base de dados Medline via Pubmed, nos últimos 10 anos. Foram encontrados 26 artigos ao todo, destes, 5 foram selecionados após a leitura dos resumos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Quatro estudos utilizaram o Threshold inspiratório e somente um utilizou o aumento da sensibilidade de disparo do ventilador para realização do treinamento da musculatura inspiratória. Três estudos utilizaram uma intensidade de treinamento de moderado a alto e um volume de 3 a 5 séries, 6 a 8 repetições, 1 vez ao dia, 5 a 7 vezes por semana. Dois estudos utilizaram uma intensidade leve a moderada, durante 5 a 30 minutos, 2 vezes ao dia, 7 vezes por semana. Três estudos associaram períodos progressivos de respiração espontânea e associaram exercícios respiratórios e para os membros. O treinamento da musculatura inspiratória parece ser uma estratégia terapêutica que deve ser considerada para a reabilitação de pacientes críticos em ventilação mecânica e que falharam nas estratégias convencionais de desmame, por fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva.
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