Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ludmila Campos Lopes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35403
Resumo: As leishmanioses representam dois milhões de novos casos anualmente e possuem transmissão endêmica em 98 países. Nas Américas, o Brasil apresenta o maior número de ocorrências da doença. Para além da conhecida relevância do estudo das leishmanioses neste país, os dados da situação na faixa de fronteira brasileira têm despertado interesse como problema de saúde pública. Assim, o principal objetivo do trabalho foi analisar o perfil epidemiológico e os processos de difusão/agregação espacial das leishmanioses tegumentar e visceral na região da faixa de fronteira do Brasil no período de 2009 a 2017. Para isso realizamos um estudo ecológico com os casos confirmados de LTA e LV notificados ao Ministério da Saúde (Brasil). O perfil epidemiológico foi descrito utilizando-se as variáveis: sexo, cor da pele/etnia, faixa etária e escolaridade. Foram realizadas análises espaciais dividindo-se o período de estudo em triênios: 2009-2011, 2012-2014 e 2015-2017. Para verificar a presença de autocorrelação espacial e determinar as áreas prioritárias para vigilância e controle da doença foram calculados os índices Moran global e local (LISA). Mapas foram elaborados com os softwares Terraview e Geoda. No período os casos confirmados de LTA no Brasil foram 176.132 dos quais 29.920 (17%) ocorreram na faixa de fronteira, com os respectivos coeficientes de detecção: 9,76/100.000 habitantes e 29,83 /100.000. Para LV, 33.684 casos ocorreram no Brasil dos quais 628 (1.8%) pertenceram à faixa de fronteira com os coeficientes de incidência de 1,85/100.000 e 0.61/100.000 habitantes, respectivamente. Para as duas formas de leishmanioses, o maior número de casos foi descrito em homens, raça parda e baixa escolaridade semelhante ao observado para todo o Brasil. A faixa etária prevalente na tegumentar foi 20 aos 39 anos (42,21%), enquanto na visceral em menores de 10 anos (48,09%). Em indígenas há uma elevada proporção de casos na faixa de fronteira para a forma tegumentar (6,66%) e visceral (17,52%), quando comparados com dados para todo o país, temos 3,22% e 1,05% respectivamente. A análise dos casos e incidência bruta demonstrou que os municípios mais afetados se distribuíram na região Norte e Central (principalmente na região Amazônica). Alguns municípios com maior incidência de LTA foram Serra do Navio (AP), Pedra Branca do Amapari (AP), Xapuri (AC) e Sena Madureira (AC) e para LV foram Uiramutã (RR), Pacaraima (RR) e Normandia (RR). Os índices de Moran global indicaram autocorrelação espacial positiva. As áreas definidas como maior prioridade para controle, nos três períodos avaliados, foram 69 para LTA e para LV identificamos quatro distribuídas nos arcos Norte e Central da faixa de fronteira. Esse trabalho pode proporcionar o desenvolvimento de estratégias mais direcionadas e eficazes que possam contribuir para a vigilância e controle das leishmanioses nas áreas de fronteira. Ressaltamos ainda a importância da integração entre os países de fronteira para melhor controle da doença.
id UFMG_12a4059dbda5e1aab883622af877641d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/35403
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling David Soeiro Barbosahttp://lattes.cnpq.br/5813375419375980Mariângela CarneiroVinicius Silva Belohttp://lattes.cnpq.br/0652824690602828Ludmila Campos Lopes2021-03-25T15:29:44Z2021-03-25T15:29:44Z2019-02-19http://hdl.handle.net/1843/35403As leishmanioses representam dois milhões de novos casos anualmente e possuem transmissão endêmica em 98 países. Nas Américas, o Brasil apresenta o maior número de ocorrências da doença. Para além da conhecida relevância do estudo das leishmanioses neste país, os dados da situação na faixa de fronteira brasileira têm despertado interesse como problema de saúde pública. Assim, o principal objetivo do trabalho foi analisar o perfil epidemiológico e os processos de difusão/agregação espacial das leishmanioses tegumentar e visceral na região da faixa de fronteira do Brasil no período de 2009 a 2017. Para isso realizamos um estudo ecológico com os casos confirmados de LTA e LV notificados ao Ministério da Saúde (Brasil). O perfil epidemiológico foi descrito utilizando-se as variáveis: sexo, cor da pele/etnia, faixa etária e escolaridade. Foram realizadas análises espaciais dividindo-se o período de estudo em triênios: 2009-2011, 2012-2014 e 2015-2017. Para verificar a presença de autocorrelação espacial e determinar as áreas prioritárias para vigilância e controle da doença foram calculados os índices Moran global e local (LISA). Mapas foram elaborados com os softwares Terraview e Geoda. No período os casos confirmados de LTA no Brasil foram 176.132 dos quais 29.920 (17%) ocorreram na faixa de fronteira, com os respectivos coeficientes de detecção: 9,76/100.000 habitantes e 29,83 /100.000. Para LV, 33.684 casos ocorreram no Brasil dos quais 628 (1.8%) pertenceram à faixa de fronteira com os coeficientes de incidência de 1,85/100.000 e 0.61/100.000 habitantes, respectivamente. Para as duas formas de leishmanioses, o maior número de casos foi descrito em homens, raça parda e baixa escolaridade semelhante ao observado para todo o Brasil. A faixa etária prevalente na tegumentar foi 20 aos 39 anos (42,21%), enquanto na visceral em menores de 10 anos (48,09%). Em indígenas há uma elevada proporção de casos na faixa de fronteira para a forma tegumentar (6,66%) e visceral (17,52%), quando comparados com dados para todo o país, temos 3,22% e 1,05% respectivamente. A análise dos casos e incidência bruta demonstrou que os municípios mais afetados se distribuíram na região Norte e Central (principalmente na região Amazônica). Alguns municípios com maior incidência de LTA foram Serra do Navio (AP), Pedra Branca do Amapari (AP), Xapuri (AC) e Sena Madureira (AC) e para LV foram Uiramutã (RR), Pacaraima (RR) e Normandia (RR). Os índices de Moran global indicaram autocorrelação espacial positiva. As áreas definidas como maior prioridade para controle, nos três períodos avaliados, foram 69 para LTA e para LV identificamos quatro distribuídas nos arcos Norte e Central da faixa de fronteira. Esse trabalho pode proporcionar o desenvolvimento de estratégias mais direcionadas e eficazes que possam contribuir para a vigilância e controle das leishmanioses nas áreas de fronteira. Ressaltamos ainda a importância da integração entre os países de fronteira para melhor controle da doença.Leishmaniasis accounts for two million new cases annually with endemic transmission in 98 countries. In the Americas, Brazil has the highest number of cases of the disease. In addition to the recognized relevance of the study of leishmaniasis in this country, data from the Brazilian border strip have generated interest as a public health problem. This reinforces the relevance of the study of leishmaniasis in this country, especially in the Brazilian border area. Thus, the main objective of this study was to analyze the epidemiological profile and spatial diffusion/clustering processes of tegumentary and visceral leishmaniasis in the border region of Brazil from 2009 to 2017. We performed an ecological study with the confirmed cases of LTA and LV notified to the Ministry of Health (Brazil). The epidemiological profile was described considering the following variables: gender, skin color/ethnicity, age range and years of schooling. Spatial analyzes were carried out dividing the study period in triennium: 2009 to 2011, 2012 to 2014 and 2015 to 2017. In order to verify the presence of spatial autocorrelation and determine the priority areas for surveillance and control of the disease, the global and local(LISA) Moran indices were calculated. Maps were developed with Terraview and Geoda softwares. In the period, the confirmed cases of LTA in Brazil were 176,132 of which 29,920 (17%) occurred in the border strip, with the respective detection coefficients: 9.76 / 100,000 inhabitants and 29.83 / 100.000. For LV, 33,684 cases occurred in Brazil, of which 6.28 (1.8%) belonged to the border with the incidence coefficients of 1.85 / 100.000 inhabitants and 0.61 / 100.000 inhabitants respectively. For the two clinical forms of leishmaniasis the largest number of cases were observed in males, skin color brown and low years of schooling similar to the data observed for Brazil. The prevalent age group for patients with the tegumentary form was 20 to 39 years old (42.21%) while in the visceral we observed younger than 10 years (48.09%). In indigenous, we found a high proportion of cases in the border strip for tegumentary form (6.66%) and visceral (17.52%) when compared with data for the whole country (3.22% and 1.05%, respectively). The analysis of the cases and incidence showed that the municipalities most affected were distributed in the North and Central regions (mainly in Amazon Region). Some municipalities with higher incidence of LTA were Serra do Navio (AP), Pedra Branca do Amapari (AP), Xapuri (AC) and Sena Madureira (AC) and for LV were Uiramutã (RR), Pacaraima (RR) and Normandia (RR). The Global Moran indices indicated positive spatial autocorrelation. The areas defined as highest priority for control in the three evaluated periods were 69 for LTA and for LV we found 4 areas distributed in the North and Central arcs of the border strip. This work may guide the development of more targeted and effective strategies that may contribute to the surveillance and control of leishmaniasis in the areas of Brazilian border strip. We also emphasize the importance of integration between border countries for better control of the disease.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessLeishmanioseLeishmaniose cutâneaLeishmaniose visceralSaúde na fronteiraAnálise espacialPerfil de saúdeLeishmaniosesLeishmaniose Tegumentar AmericanaLeishmaniose VisceralFaixa de fronteiraSaúde nas fronteirasAnálise espacialPerfil epidemiológicoLeishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALLudmila Campos Lopes.pdfLudmila Campos Lopes.pdfapplication/pdf3423693https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/1/Ludmila%20Campos%20Lopes.pdf0c8617ad80a2cce28be305c23318b458MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/354032021-03-25 12:29:44.261oai:repositorio.ufmg.br:1843/35403TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-25T15:29:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
title Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
spellingShingle Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
Ludmila Campos Lopes
Leishmanioses
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
Faixa de fronteira
Saúde nas fronteiras
Análise espacial
Perfil epidemiológico
Leishmaniose
Leishmaniose cutânea
Leishmaniose visceral
Saúde na fronteira
Análise espacial
Perfil de saúde
title_short Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
title_full Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
title_fullStr Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
title_full_unstemmed Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
title_sort Leishmanioses na faixa de fronteira: Perfil epidemiológico, difusão, agregação e priorização de áreas no Brasil
author Ludmila Campos Lopes
author_facet Ludmila Campos Lopes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv David Soeiro Barbosa
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5813375419375980
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Mariângela Carneiro
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Vinicius Silva Belo
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0652824690602828
dc.contributor.author.fl_str_mv Ludmila Campos Lopes
contributor_str_mv David Soeiro Barbosa
Mariângela Carneiro
Vinicius Silva Belo
dc.subject.por.fl_str_mv Leishmanioses
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
Faixa de fronteira
Saúde nas fronteiras
Análise espacial
Perfil epidemiológico
topic Leishmanioses
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Visceral
Faixa de fronteira
Saúde nas fronteiras
Análise espacial
Perfil epidemiológico
Leishmaniose
Leishmaniose cutânea
Leishmaniose visceral
Saúde na fronteira
Análise espacial
Perfil de saúde
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Leishmaniose
Leishmaniose cutânea
Leishmaniose visceral
Saúde na fronteira
Análise espacial
Perfil de saúde
description As leishmanioses representam dois milhões de novos casos anualmente e possuem transmissão endêmica em 98 países. Nas Américas, o Brasil apresenta o maior número de ocorrências da doença. Para além da conhecida relevância do estudo das leishmanioses neste país, os dados da situação na faixa de fronteira brasileira têm despertado interesse como problema de saúde pública. Assim, o principal objetivo do trabalho foi analisar o perfil epidemiológico e os processos de difusão/agregação espacial das leishmanioses tegumentar e visceral na região da faixa de fronteira do Brasil no período de 2009 a 2017. Para isso realizamos um estudo ecológico com os casos confirmados de LTA e LV notificados ao Ministério da Saúde (Brasil). O perfil epidemiológico foi descrito utilizando-se as variáveis: sexo, cor da pele/etnia, faixa etária e escolaridade. Foram realizadas análises espaciais dividindo-se o período de estudo em triênios: 2009-2011, 2012-2014 e 2015-2017. Para verificar a presença de autocorrelação espacial e determinar as áreas prioritárias para vigilância e controle da doença foram calculados os índices Moran global e local (LISA). Mapas foram elaborados com os softwares Terraview e Geoda. No período os casos confirmados de LTA no Brasil foram 176.132 dos quais 29.920 (17%) ocorreram na faixa de fronteira, com os respectivos coeficientes de detecção: 9,76/100.000 habitantes e 29,83 /100.000. Para LV, 33.684 casos ocorreram no Brasil dos quais 628 (1.8%) pertenceram à faixa de fronteira com os coeficientes de incidência de 1,85/100.000 e 0.61/100.000 habitantes, respectivamente. Para as duas formas de leishmanioses, o maior número de casos foi descrito em homens, raça parda e baixa escolaridade semelhante ao observado para todo o Brasil. A faixa etária prevalente na tegumentar foi 20 aos 39 anos (42,21%), enquanto na visceral em menores de 10 anos (48,09%). Em indígenas há uma elevada proporção de casos na faixa de fronteira para a forma tegumentar (6,66%) e visceral (17,52%), quando comparados com dados para todo o país, temos 3,22% e 1,05% respectivamente. A análise dos casos e incidência bruta demonstrou que os municípios mais afetados se distribuíram na região Norte e Central (principalmente na região Amazônica). Alguns municípios com maior incidência de LTA foram Serra do Navio (AP), Pedra Branca do Amapari (AP), Xapuri (AC) e Sena Madureira (AC) e para LV foram Uiramutã (RR), Pacaraima (RR) e Normandia (RR). Os índices de Moran global indicaram autocorrelação espacial positiva. As áreas definidas como maior prioridade para controle, nos três períodos avaliados, foram 69 para LTA e para LV identificamos quatro distribuídas nos arcos Norte e Central da faixa de fronteira. Esse trabalho pode proporcionar o desenvolvimento de estratégias mais direcionadas e eficazes que possam contribuir para a vigilância e controle das leishmanioses nas áreas de fronteira. Ressaltamos ainda a importância da integração entre os países de fronteira para melhor controle da doença.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-19
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-03-25T15:29:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-25T15:29:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/35403
url http://hdl.handle.net/1843/35403
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/1/Ludmila%20Campos%20Lopes.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35403/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0c8617ad80a2cce28be305c23318b458
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589444831281152