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Maria Flavia Carvalho GazzinelliBrigido Vizeu CamargoMaria Natália Pereira RamosHeloisa de Carvalho TorresSonia Maria SoaresMaria Marta Amancio Amorim2019-08-11T20:22:42Z2019-08-11T20:22:42Z2012-08-13http://hdl.handle.net/1843/GCPA-8YRGEUO diabetes mellitus tipo 2 (DM 2) é uma doença crônica caracterizada por níveis de insulina inadequados tendo como resultado a hiperglicemia. Para reduzir os níveis glicêmicos e evitar as complicações da doença, são adotadas práticas de autocuidado como alimentação saudável, exercícios físicos e medicamentos. O autocuidado não é tarefa fácil para a maioria das pessoas com DM 2. Ao descobrirem a doença, elas experimentam rupturas na sua identidade e nos comportamentos adotados antes da doença, principalmente no que concerne à alimentação. A identificação dos aspectos limitantes e daforma singular como as pessoas articulam aspectos diferentes que se interagem na produção do autocuidado e no controle glicêmico, é favorecida pelo conhecimento da subjetividade e dos significadospor elas atribuídos à doença. Uma das formas de se aprofundar o conhecimento da visão subjetiva da pessoa com DM 2 é buscar suas representações sociais. As representações sociais oferecem asestruturas cognitivas relativamente estáveis que contribuem para a definição da identidade. Nessa ótica, podem ser compreendidas como representações identitárias, fenômeno dinâmico composto pelasrepresentações de si-mesmo e representações dos grupos. As representações sociais que se pretende estudar são partilhadas pelas pessoas com DM 2 e são relativas a objetos de seu entorno, a identidade social e a alimentação. Assim, este estudo analisou a relação entre representações identitárias, representações sociais da alimentação das pessoas com DM2 e seu controle glicêmico. Os dados sóciodemográficos, clínicos, antropométricos e bioquímicos de 34 usuários com DM2 de uma unidade básica de saúde de Belo Horizonte foram coletados. Para os dados qualitativos utilizou-se a técnica daassociação livre de palavras com justificativas de questões referentes à identidade e à alimentação. Os discursos foram gravados, transcritos, categorizados e interpretados pela técnica da análise do conteúdotemático-categorial. As teorias da representação social e da representação identitária e os processos identitários foram empregadas como referencial teórico. Para analisar a relação entre as representações identitárias e as representações sociais da alimentação e o controle glicêmico utilizou-se os valores da hemoglobina glicada. As interações mediadas pelos processos identitários, comparação social,atribuição social e categorização, além da objetivação e ancoragem, proporcionaram a construção social das representações identitárias normal, aceitar a doença, ter uma vida com dificuldades e ser inconformado. Os participantes normais declaram que comem saudável, comem pouco, comem verduras e legumes e desviam dos doces. Eles têm atitudes positivas de responsabilização pela saúde que levam às práticas alimentares saudáveis e contribuem para a glicemia normal. Não comer muito, não comer de tudo e desviar dos doces é a maneira como os participantes que aceitam a doença representam suaalimentação. Eles esperam, dos profissionais da saúde, a condução do tratamento e, de Deus, a cura do DM2, atitudes de não responsabilização pela saúde que conduzem às práticas alimentares inadequadas que levam ao descontrole glicêmico. Os participantes com dificuldades representam a alimentação em não comer de tudo, não comer muito, não seguir a dieta e comer verduras e frutas. Os comportamentos e as atitudes desses participantes que têm dificuldades de revelar a identidade e de se cuidarem resultam no controle glicêmico inadequado. Os participantes inconformados relatam não comer muito, não comer de tudo e comer versuras e frutas. Eles se pautam em atitudes desfavoráveis e negativas, nas dificuldades de aceitar o DM2, nas restrições alimentares que levaram a práticas alimentares não saudáveis e ao consequente descontrole glicêmico. Alguns participantes que aceitam a doença, têm dificuldades e inconformados possuem a glicemia normal pois realizam práticas alimentares saudáveis. As representações identitárias e as representações sociais da alimentação produzem práticasalimentares saudáveis ou não que contribuem para o controle ou o descontrole glicêmico dos participantes. Os obstáculos encontrados nas ações de autocuidado pelos participantes que julgam aceitar a doença, pensam ser inconformados e têm dificuldades devem ser compreendidos pela equipe de saúde multidisciplinar que atua na atenção primária à saúde.Type 2 mellitus diabetes (DM 2) is a chronic disease characterized by inadequate insulin levels resulting in hyperglycemia. In order to reduce glucose levels and avoid the complications of the disease, self-carepractices are adopted as healthy eating, exercise and medication. Self-care actions are not an easy task for most people with DM2. Once the disease is discovered people usually experience identity disruptionsand changes in behavior especially regarding food. The identification of the limiting aspects and the unique way people articulate the different aspects that lead to self-care and self-control is favored by the knowledge of the subjectivity and the meaning attributed to illness. One way to deepen our understanding on the subjective view of people with type 2 diabetes is to search for their social representations. Social representations provide the relatively stable cognitive structures that contribute to the definition of identity. From this perspective, social representations can be understood as identity representations, a dynamic phenomenon composed of both the representation of the self and of the groups. The social representations focused in this study are those shared by people with type 2 diabetes and are related to the objects in their environment, their social identity and their eating habits. This study examined the relationship between identity and social representations in the diet of people with DM2 and their glycemicself-control. We used socio-demographic, clinical, anthropometric and biochemical data from 34 patients with type 2 diabetes in a primary care unit in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. We used the techniqueof free association of words with explanations of issues relating to the identity and eating habits. The speeches were recorded, transcribed, categorized and interpreted according to the content categorical analysis technique. The theoretical framework were the theories of social representation and identity representation as well as identity processes. To analyze the relationship between the identity and social representations in feeding practices and glycemic control, we used the values of glycated hemoglobin. The interactions mediated by identity processes, social comparison, social attribution and categorization,provided the social construction of identity representations. The participants of the study were classified according to four categories, normal, accepting the disease, a life with difficulties and discontent. The normal participants declared that they eat healthy, eat little, eat vegetables and avoid candies. This group has positive attitudes towards health with healthy eating habits which contributes to normal blood glucose. Do not eat too much, not eating whatever food and avoiding candies is the way in which participants of the group accepting the disease represents their feeding habits. They have hope in that health care professionals and God would cure their type 2 diabetes. This attitude of non-responsibility for their health leads to inadequate eating habits causing the loss of glycemic control in this group. The group categorized as having difficulties represents their feeding habits as not eating whatever food, not eating much, not following the diet and eating vegetables and fruits. The behavior of this group results in poor glycemic control. Participants in the discontent group report not eating much, not eating whatever food and eating vegetables and fruits. They are guided by unfavorable and negative attitudes, by the difficulties in accepting the DM2, and by dietary restrictions that lead to unhealthy eating practices and the consequent loss of glycemic control. Some participants accepting the disease, and some having difficulties have normal blood glucose because they keep healthy food practices. The identity and social representations in feeding practices may produce healthy or unhealthy eating habits, which may affect the glycemic control of the participants. This study draws attention to the fact that the obstacles encountered by patients in their self-care should be taken into account by the multidisciplinary health team engaged in primary health care.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGExercícioIdosoHumanosMeia-IdadeEnfermagemPesquisa QualitativaMasculinoDiabetes Mellitus Tipo 2/prevenção & controleQuestionáriosDieta/psicologiaCooperação do Paciente/psicologiaFemininoFatores SocioeconômicosAdultoAtenção Primária à SaúdeGlicemiaAutocuidadoAlimentaçãoAtenção Primária à SaúdeGlicemiaPsicologia SocialDiabetes Mellitus tipo 2/prevenção e controleRepresentações identitárias, representações sociais da alimentação das pessoas com diabetes mellitus tipo 2: implicações no controle glicêmicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_vers_o_final_marta_amorim.pdfapplication/pdf1406428https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/GCPA-8YRGEU/1/tese_vers_o_final_marta_amorim.pdf5e2265f520fa67891bf40cd21ef1429aMD51TEXTtese_vers_o_final_marta_amorim.pdf.txttese_vers_o_final_marta_amorim.pdf.txtExtracted texttext/plain339808https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/GCPA-8YRGEU/2/tese_vers_o_final_marta_amorim.pdf.txt7d100bd6b9b340614e2469f19bb054b7MD521843/GCPA-8YRGEU2019-11-14 10:54:38.149oai:repositorio.ufmg.br:1843/GCPA-8YRGEURepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:54:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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