A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rafael Magalhães Mol Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/58061
Resumo: No Brasil, duas grandes unidades fisiográficas estendem-se ao longo da porção leste do país, cortando os estados da Bahia e Minas Gerais: a Serra do Espinhaço (SE) e o Quadrilátero Ferrífero (QF). Embora a história destas formações seja diferente, ambas possuem em comum o ecossistema dos campos rupestres, que se restringe a altitudes acima de 900m. Apesar de ocupar menos de um por cento do território nacional, este ecossistema detém uma alta taxa de endemismos. Entre as espécies endêmicas desta fitofisionomia, estão duas pererecas-macaco: Pithecopus ayeaye (Lutz, 1966) e P. megacephalus (Miranda-Ribeiro, 1926) (Hylidae: Phyllomedusinae) que embora não sejam espécies irmãs, possuem aspectos ecológicos, morfológicos e reprodutivos convergentes, tais como o padrão de coloração reticulado, comportamento territorial dos machos e uso de corpos hídricos cristalinos de primeira ordem, permanentes ou temporários, para a reprodução. Apesar de possuírem distribuição alopátrica, com limite de distribuição entre o QF e o Espinhaço Meridional (SdEM), uma área de alta adequabilidade climática entre essas unidades fisiográficas foi sugerida em um trabalho prévio. Diante disso, objetivamos testar as seguintes hipóteses: (1) as oscilações climáticas do Pleistoceno propiciaram o contato entre P. ayeaye e P. megacephalus, o que resultaria em assinaturas históricas de fluxo gênico interespecífico e altas taxas de difusão em momentos de expansão das áreas climaticamente adequadas (i.e., períodos glaciais). Alternativamente, (2) essas espécies permaneceram isoladas ao longo de suas histórias evolutivas, o que implicaria em ausência de assinatura de fluxo gênico e taxas de difusão não correlacionadas com os períodos glaciais. Para testar essas hipóteses, aplicamos modelos de isolamento com migração, nicho ecológico e difusão filogeográfica.
id UFMG_155581b531c0a1fbd6362b7502629cb9
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/58061
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Rafael Félix de Magalhãeshttp://lattes.cnpq.br/9143426558460108Paulo Christiano de Anchietta GarciaMario Alberto CozzuolRenata Santiago Buzattihttp://lattes.cnpq.br/9839690823786631Rafael Magalhães Mol Silva2023-08-22T14:36:43Z2023-08-22T14:36:43Z2019-03-11http://hdl.handle.net/1843/58061No Brasil, duas grandes unidades fisiográficas estendem-se ao longo da porção leste do país, cortando os estados da Bahia e Minas Gerais: a Serra do Espinhaço (SE) e o Quadrilátero Ferrífero (QF). Embora a história destas formações seja diferente, ambas possuem em comum o ecossistema dos campos rupestres, que se restringe a altitudes acima de 900m. Apesar de ocupar menos de um por cento do território nacional, este ecossistema detém uma alta taxa de endemismos. Entre as espécies endêmicas desta fitofisionomia, estão duas pererecas-macaco: Pithecopus ayeaye (Lutz, 1966) e P. megacephalus (Miranda-Ribeiro, 1926) (Hylidae: Phyllomedusinae) que embora não sejam espécies irmãs, possuem aspectos ecológicos, morfológicos e reprodutivos convergentes, tais como o padrão de coloração reticulado, comportamento territorial dos machos e uso de corpos hídricos cristalinos de primeira ordem, permanentes ou temporários, para a reprodução. Apesar de possuírem distribuição alopátrica, com limite de distribuição entre o QF e o Espinhaço Meridional (SdEM), uma área de alta adequabilidade climática entre essas unidades fisiográficas foi sugerida em um trabalho prévio. Diante disso, objetivamos testar as seguintes hipóteses: (1) as oscilações climáticas do Pleistoceno propiciaram o contato entre P. ayeaye e P. megacephalus, o que resultaria em assinaturas históricas de fluxo gênico interespecífico e altas taxas de difusão em momentos de expansão das áreas climaticamente adequadas (i.e., períodos glaciais). Alternativamente, (2) essas espécies permaneceram isoladas ao longo de suas histórias evolutivas, o que implicaria em ausência de assinatura de fluxo gênico e taxas de difusão não correlacionadas com os períodos glaciais. Para testar essas hipóteses, aplicamos modelos de isolamento com migração, nicho ecológico e difusão filogeográfica.The Serra do Espinhaço (SE) and the Quadrilátero Ferrífero (QF) are two large physiographic units that extend lengthways the eastern portion of Brazil along the states of Bahia and Minas Gerais. Although the history of these formations is different, both have in common the ecosystem of the campos rupestres, that are generally restricted to altitudes above 900m. Despite occupying less than one percent of the national territory, this ecosystem has a high rate of endemism. Among the endemic species of this phytophysiognomy are two monkey-frogs, Pithecopus ayeaye Lutz, 1966 and P. megacephalus (Miranda-Ribeiro, 1926) (Hylidae: Phyllomedusinae), that show several similarities, such the reticulated pattern on flanks, the territorial behaviour of males and the use of first order crystalline water bodies, permanent or temporary, for reproduction even though they are not sister lineages. Although they have an allopatric distribution, with a distribution limit between the QF and the Southern Espinhaço (SdEM), an area of high climatic suitability between these physiographic units was evidenced in a previous study. In this sense, we aimed to test the following hypotheses: (1) the climatic oscillations of Pleistocene propitiated the contact between P. ayeaye and P. megacephalus, which would be evidenced by historical signatures of interspecific gene flow and the increase of diffusion rates in moments of expansion of suitable climatic areas (i.e., glacial periods), if they occurred. Alternatively, (2) those species remaining isolated throughout their evolutionary history, which would imply in strong genetic isolation resulting from barriers to gene flow and lack of correlation between diffusion acceleration and glacial periods. In addition, we do not expect to find a relation between phylogeographic diffusion rates and past changes in suitable areas for the species. To test these hypotheses, we applied models on gene flow, ecological niche, and phylogeographic diffusion in a statistical phylogeographic way.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ZoologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessZoologiaFilogeografiaQuadrilátero FerríferoHyliade - TesesPithecopus ayeayePithecopus megachephalusPererecas-macacoA dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Mol_Corrigida_Final.pdfDissertação_Mol_Corrigida_Final.pdfapplication/pdf24626349https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Mol_Corrigida_Final.pdf56bb02bd796638948b2ffeb23c76da84MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/580612023-08-22 11:36:44.315oai:repositorio.ufmg.br:1843/58061TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-08-22T14:36:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
title A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
spellingShingle A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
Rafael Magalhães Mol Silva
Pithecopus ayeaye
Pithecopus megachephalus
Pererecas-macaco
Zoologia
Filogeografia
Quadrilátero Ferrífero
Hyliade - Teses
title_short A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
title_full A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
title_fullStr A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
title_full_unstemmed A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
title_sort A dinâmica filogeográfica explica o isolamento entre Pithecopus ayeaye e Pithecopus megachephalus, duas pererecas endêmicas de ilhas de altitude no domínio dos campos rupestres?
author Rafael Magalhães Mol Silva
author_facet Rafael Magalhães Mol Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rafael Félix de Magalhães
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9143426558460108
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv Paulo Christiano de Anchietta Garcia
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Mario Alberto Cozzuol
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Renata Santiago Buzatti
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9839690823786631
dc.contributor.author.fl_str_mv Rafael Magalhães Mol Silva
contributor_str_mv Rafael Félix de Magalhães
Paulo Christiano de Anchietta Garcia
Mario Alberto Cozzuol
Renata Santiago Buzatti
dc.subject.por.fl_str_mv Pithecopus ayeaye
Pithecopus megachephalus
Pererecas-macaco
topic Pithecopus ayeaye
Pithecopus megachephalus
Pererecas-macaco
Zoologia
Filogeografia
Quadrilátero Ferrífero
Hyliade - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Zoologia
Filogeografia
Quadrilátero Ferrífero
Hyliade - Teses
description No Brasil, duas grandes unidades fisiográficas estendem-se ao longo da porção leste do país, cortando os estados da Bahia e Minas Gerais: a Serra do Espinhaço (SE) e o Quadrilátero Ferrífero (QF). Embora a história destas formações seja diferente, ambas possuem em comum o ecossistema dos campos rupestres, que se restringe a altitudes acima de 900m. Apesar de ocupar menos de um por cento do território nacional, este ecossistema detém uma alta taxa de endemismos. Entre as espécies endêmicas desta fitofisionomia, estão duas pererecas-macaco: Pithecopus ayeaye (Lutz, 1966) e P. megacephalus (Miranda-Ribeiro, 1926) (Hylidae: Phyllomedusinae) que embora não sejam espécies irmãs, possuem aspectos ecológicos, morfológicos e reprodutivos convergentes, tais como o padrão de coloração reticulado, comportamento territorial dos machos e uso de corpos hídricos cristalinos de primeira ordem, permanentes ou temporários, para a reprodução. Apesar de possuírem distribuição alopátrica, com limite de distribuição entre o QF e o Espinhaço Meridional (SdEM), uma área de alta adequabilidade climática entre essas unidades fisiográficas foi sugerida em um trabalho prévio. Diante disso, objetivamos testar as seguintes hipóteses: (1) as oscilações climáticas do Pleistoceno propiciaram o contato entre P. ayeaye e P. megacephalus, o que resultaria em assinaturas históricas de fluxo gênico interespecífico e altas taxas de difusão em momentos de expansão das áreas climaticamente adequadas (i.e., períodos glaciais). Alternativamente, (2) essas espécies permaneceram isoladas ao longo de suas histórias evolutivas, o que implicaria em ausência de assinatura de fluxo gênico e taxas de difusão não correlacionadas com os períodos glaciais. Para testar essas hipóteses, aplicamos modelos de isolamento com migração, nicho ecológico e difusão filogeográfica.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-03-11
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-22T14:36:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-22T14:36:43Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/58061
url http://hdl.handle.net/1843/58061
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Zoologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Mol_Corrigida_Final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/58061/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 56bb02bd796638948b2ffeb23c76da84
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589262913830912