Uso de psicofármacos em população adulta coberta pela estratégia de saúde da família.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elise de Assis Vieira Guimarães
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50852
Resumo: O Brasil é o país com a maior proporção de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Conhecer o perfil de utilização dos medicamentos usados no tratamento de transtornos mentaisentre usuários da Atenção Primária à Saúde (APS) do Brasil é fundamental para a elaboração de políticas públicas em saúde mental. Dessa forma, o objetivodesse estudo é investigar o uso de psicofármacos junto a uma população adulta adstrita à Estratégia de Saúde da Família, no município de Ribeirão das Neves (MG). Os participantes da pesquisa foram selecionados com base em uma amostra probabilística sistemática de pessoas com 20 ou mais anos de idade residentes no município. Foi determinada a prevalência de uso de psicofármacos (antidepressivos ou benzodiazepínicos), definida como variável dependente, bem como os fatores associados, por meio de análises univariadas (qui-quadrado de Pearson) e multivariadas (regressão logística). Aamostra de estudo (n=1.100) era majoritariamente do sexo feminino (52,6%), com ensino fundamental incompleto (52,0%), e com renda familiar mensal entre 1 e 2,9 salários-mínimos (46,3%); identificou-se média de idade de 42,6 anos. O uso de pelo menos um psicofármaco foi relatado por 8,6% dos entrevistados, sendo que 2,3% usavam apenas benzodiazepínico, 4,7% usavam apenas antidepressivo e 1,6% usavam ambos. Após o ajuste múltiplo, permaneceram independentemente associadas ao uso de psicofármacos o sexo feminino (OR=3,0; IC95%=1,7-5,3), autoavaliação de saúde ruim/muito ruim (OR=2,6; IC95%=1,4-4,7), dependência para atividades instrumentais de vida diária (AIVD - OR=1,9; IC95%=1,0-3,6), dependência para atividades básicas de vida diária(ABVD) e AIVD(OR=3,4; IC95%=1,7-7,1), número de doenças crônicas (OR=1,3; IC95%=1,1- 1,6) e o termo de interação entre idade e escolaridade. Entre pessoas com menor escolaridade, quanto maior a idade, menor a probabilidade de uso de psicofármaco;entre pessoascom maior escolaridade,quanto maior idade, maior a probabilidade de uso de psicofármaco. A alta prevalência de uso de psicofármacos, ressalta a demanda, que geralmente é caracterizada pelo subdiagnóstico e subtratamento de transtornos psiquiátricos. Os múltiplos fatores associados permitem delinear políticas locais para o acesso adequado a psicofármacos.
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Os participantes da pesquisa foram selecionados com base em uma amostra probabilística sistemática de pessoas com 20 ou mais anos de idade residentes no município. Foi determinada a prevalência de uso de psicofármacos (antidepressivos ou benzodiazepínicos), definida como variável dependente, bem como os fatores associados, por meio de análises univariadas (qui-quadrado de Pearson) e multivariadas (regressão logística). Aamostra de estudo (n=1.100) era majoritariamente do sexo feminino (52,6%), com ensino fundamental incompleto (52,0%), e com renda familiar mensal entre 1 e 2,9 salários-mínimos (46,3%); identificou-se média de idade de 42,6 anos. O uso de pelo menos um psicofármaco foi relatado por 8,6% dos entrevistados, sendo que 2,3% usavam apenas benzodiazepínico, 4,7% usavam apenas antidepressivo e 1,6% usavam ambos. Após o ajuste múltiplo, permaneceram independentemente associadas ao uso de psicofármacos o sexo feminino (OR=3,0; IC95%=1,7-5,3), autoavaliação de saúde ruim/muito ruim (OR=2,6; IC95%=1,4-4,7), dependência para atividades instrumentais de vida diária (AIVD - OR=1,9; IC95%=1,0-3,6), dependência para atividades básicas de vida diária(ABVD) e AIVD(OR=3,4; IC95%=1,7-7,1), número de doenças crônicas (OR=1,3; IC95%=1,1- 1,6) e o termo de interação entre idade e escolaridade. Entre pessoas com menor escolaridade, quanto maior a idade, menor a probabilidade de uso de psicofármaco;entre pessoascom maior escolaridade,quanto maior idade, maior a probabilidade de uso de psicofármaco. A alta prevalência de uso de psicofármacos, ressalta a demanda, que geralmente é caracterizada pelo subdiagnóstico e subtratamento de transtornos psiquiátricos. Os múltiplos fatores associados permitem delinear políticas locais para o acesso adequado a psicofármacos.Brazil is the country with the highest proportion of people with anxiety disorders in the world and the fifth in cases of depression. Therefore,characterizing the profile of use of medications used to treat of mental disorders among users of Primary Health Care (PHC) in Brazil is fundamental for the elaboration of public policies in mental health. Thus, the objective of this study is to investigate the use of psychotropic drugs among an adult population assigned to the Family Health Strategy, in the municipality of Ribeirão das Neves (MG). The research participants were selected based on a systematic probabilistic sample of people aged 20 or over residing in the municipality. The prevalence of use of psychotropic drugs (antidepressants or benzodiazepines), defined as the dependent variable, as well as associated factors, was determined using univariate (Pearson's chi-square) and multivariate (logistic regression) analyses. The study sample (n=1,100) was mostly female (52.6%), with incomplete primary education (52.0%), and with monthly family income between 1 and 2.9 minimum wages (46.3 %); a mean age of 42.6 years was identified. The use of at least one psychotropic drug was reported by 8.6% of respondents, with 2.3% using only benzodiazepines, 4.7% using only antidepressants and 1.6% using both. After the multiple adjustment, female gender (OR=3.0; 95%CI=1.7-5.3), poor/very poor self-rated health (OR=2.6; 95%CI =1.4-4.7), dependence for instrumental activities of daily living (IADL - OR=1.9; 95%CI=1.0-3.6), dependence for basic activities of daily living (BADL) and IADL (OR=3.4; 95%CI=1.7-7.1), number of chronic diseases (OR=1.3; 95%CI=1.1-1.6) and the interaction term between age and education remained independently associated with the use of psychotropic drugs. Among people with less education, the older they were, the less likely they were to use psychotropic drugs; among people with higher education, the older they were, the more likely they were to use psychotropic drugs. The high prevalence of psychotropic drug use highlights the demand, which is generally characterized by underdiagnosis and undertreatment of psychiatric disorders. The multiple associated factors make it possible to outline local policies for adequate access to psychotropic drugs.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistencia FarmaceuticaUFMGBrasilFARMACIA - FACULDADE DE FARMACIASaúde mentalTranstornos mentaisAtenção primária à saúdeAnsiolíticosAntidepressivosPsicotrópicosUso de psicofármacos em população adulta coberta pela estratégia de saúde da família.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Elise de Assis Vieira Guimarães _final.pdfDissertação_Elise de Assis Vieira Guimarães _final.pdfapplication/pdf631664https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50852/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Elise%20de%20Assis%20Vieira%20Guimar%c3%a3es%20_final.pdf47469ffbea161a1449c286363e85195cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/50852/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/508522023-03-13 13:38:49.126oai:repositorio.ufmg.br:1843/50852TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-03-13T16:38:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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