Avaliação da função do enxerto após uso da solução de conservação IGL1 ou UW no transplante hepático
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9GJGBL |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A solução da Universidade de Wisconsin (UW) permanece como referência para comparação com novos produtos para conservação dos enxertos. A solução do Instituto Georges Lopez (IGL1) mostrou resultados satisfatórios em estudos europeus: a integridade dos hepatócitos foi mais preservada do que quando foi usada a solução UW, havendo redução do dano ao parênquima celular. CASUÍSTICA E MÉTODO: O estudo, de caráter prospectivo randomizado, avaliou 43 transplantes hepáticos nos seguintes aspectos: perfil clínico e laboratorial dos doadores, níveis de enzimas hepáticas e complicações após o transplante. Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. RESULTADOS: Em 21 casos foi utilizada a solução UW e nos demais 22 foi utilizada a solução IGL1. Os dois grupos de doadores apresentaram perfil semelhante, não havendo diferenças significativas quanto à situação clínica, hemodinâmica e laboratorial dos mesmos. Os níveis de AST, ALT, LDH e bilirrubina total nos receptores apresentaram valores semelhantes quando realizada a comparação entre os grupos UW e IGL1. A trombose da artéria hepática foi evidenciada em apenas um caso no total, do grupo UW. Os índices de Disfunção do Enxerto (DE), Não Funcionamento Primário do Enxerto (NFPE) e óbitos foram semelhantes nos dois grupos. A estenose biliar esteve aproximadamente quatro vezes mais presente no grupo UW (19% do grupo) do que no grupo IGL1 (4,5% do grupo), sem alcançar diferença significativa (p>0,05). A incidência de estenose biliar, no entanto, foi significativamente mais elevada no grupo UW considerando apenas transplantes cujos doadores têm menos que 60 anos de idade (p=0,048). CONCLUSÃO: A solução IGL1 apresentou resultados semelhantes aos demonstrados pela solução UW em relação às repercussões clínicas na população brasileira. A maior incidência de estenose biliar no grupo UW deve ser pesquisada em estudos com maior casuística e direcionados para o tema. |
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Agnaldo Soares LimaCristiano Xavier LimaWellington AndrausThais Gomes Casali2019-08-09T12:12:35Z2019-08-09T12:12:35Z2013-10-21http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9GJGBLINTRODUÇÃO: A solução da Universidade de Wisconsin (UW) permanece como referência para comparação com novos produtos para conservação dos enxertos. A solução do Instituto Georges Lopez (IGL1) mostrou resultados satisfatórios em estudos europeus: a integridade dos hepatócitos foi mais preservada do que quando foi usada a solução UW, havendo redução do dano ao parênquima celular. CASUÍSTICA E MÉTODO: O estudo, de caráter prospectivo randomizado, avaliou 43 transplantes hepáticos nos seguintes aspectos: perfil clínico e laboratorial dos doadores, níveis de enzimas hepáticas e complicações após o transplante. Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05. RESULTADOS: Em 21 casos foi utilizada a solução UW e nos demais 22 foi utilizada a solução IGL1. Os dois grupos de doadores apresentaram perfil semelhante, não havendo diferenças significativas quanto à situação clínica, hemodinâmica e laboratorial dos mesmos. Os níveis de AST, ALT, LDH e bilirrubina total nos receptores apresentaram valores semelhantes quando realizada a comparação entre os grupos UW e IGL1. A trombose da artéria hepática foi evidenciada em apenas um caso no total, do grupo UW. Os índices de Disfunção do Enxerto (DE), Não Funcionamento Primário do Enxerto (NFPE) e óbitos foram semelhantes nos dois grupos. A estenose biliar esteve aproximadamente quatro vezes mais presente no grupo UW (19% do grupo) do que no grupo IGL1 (4,5% do grupo), sem alcançar diferença significativa (p>0,05). A incidência de estenose biliar, no entanto, foi significativamente mais elevada no grupo UW considerando apenas transplantes cujos doadores têm menos que 60 anos de idade (p=0,048). CONCLUSÃO: A solução IGL1 apresentou resultados semelhantes aos demonstrados pela solução UW em relação às repercussões clínicas na população brasileira. A maior incidência de estenose biliar no grupo UW deve ser pesquisada em estudos com maior casuística e direcionados para o tema.BACKGROUND: Wisconsin University (UW) solution remains as a reference for comparison between new products for graft preservation. Georges Lopes Institute (IGL1) solution had demonstrated good results in European studies: hepatocyte integrity was better preserved when compared to the UW solution and cellular parenchymal damage was reduced. METHODS: This randomized prospective study evaluated 43 liver transplants and analyzed the following data: clinical and laboratory profile of donors, liver enzymes levels and post-transplant complications. Statistical significance was considered when p < 0.05. RESULTS: UW was used in 21 cases whereas 22 used IGL1 preservation solution. Both donors groups had a similar clinical, hemodynamic and laboratory profile, without significant statistical differences. AST, ALT, LDH and total bilirrubin levels had similar values when both groups were compared. Hepatic artery thrombosis was evidenced in only one case which received the UW solution. Allograft dysfunction, primary nonfunction and death indices were similar between groups. Biliary strictures were approximately four times more prevalent in the UW group (19%) as compared to IGL1 (4.5%), p > 0.05. Biliary stricture incidence, however, was significantly higher in the UW group when a subgroup transplants from donors of less than 60 years of age was considered (p = 0.048). CONCLUSION: IGL1 solution had similar results to UW solution with regard to postoperative clinical outcomes in Brazilian population. Biliary strictures higher incidence in the UW solution should be further studied in a larger sample and with a focused methodology.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFígado TransplanteComplicações pós-operatóriasResultado de tratamentoSoluções hipertônicasPreservação de órgãos/métodosSoluções para preservação de órgãosTransplante de fígadoComplicações pós-operatóriasTransplante de órgãosSolução IGL1Soluções para preservação de órgãosTransplante de fígadoAvaliação da função do enxerto após uso da solução de conservação IGL1 ou UW no transplante hepáticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_definitiva.pdfapplication/pdf1128737https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9GJGBL/1/disserta__o_definitiva.pdfa46991df2a21c968e1b746ab2f3b6da0MD51TEXTdisserta__o_definitiva.pdf.txtdisserta__o_definitiva.pdf.txtExtracted texttext/plain116226https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9GJGBL/2/disserta__o_definitiva.pdf.txt2c874f386a0624943002c7e36af687cfMD521843/BUOS-9GJGBL2019-11-14 07:08:53.944oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-9GJGBLRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:08:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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