Efeito agudo da pressão expiratória positiva sobre a capacidade de exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hugo Leonardo Alves Pereira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AUMLDG
Resumo: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença multissistêmica, prevenível e tratável que cursa com obstrução ao fluxo aéreo. Os pacientes acometidos por essa enfermidade possuem reduzida capacidade de exercício e a investigação de estratégias para melhora desta capacidade torna-se importante. Dentre os recursos instrumentais em fisioterapia respiratória utilizados para promovero aumento da ventilação alveolar destaca-se a EPAP (do inglês, Expiratory Positive Airway Pressure). Neste estudo, foi hipotetizado que o uso da EPAP durante, ou antes, do exercício de carga constante em cicloergômetro, poderia contribuir para o aumento da capacidade de exercício em pacientes com DPOC. Dessa maneira, o objetivo primário deste estudo foi avaliar o efeito agudo da EPAP sobre a capacidade deexercício em pacientes com DPOC, por meio do tempo de exercício no teste de carga constante em cicloergômetro. O objetivo secundário foi avaliar as repostas de algumas variáveis do padrão respiratório e dos volumes operacionais da parede torácica. Para isso, foi realizado um estudo quase-experimental, cujo cálculo de amostral foi de 34 sujeitos, sendo o presente estudo realizado com a participação de nove pacientes com DPOC classificada como moderada a muito grave, de ambos os sexos, com 66 ± 8 anos. Os pacientes foram submetidos a três testes de carga constante em cicloergômetro com 80% da carga máxima de exercício, a qual foi estimada por meio de equação obtida previamente pelo desempenho no Incremental Shuttle Walking Test. Os testes de carga constante foram realizados em três condições diferentes: EPAP 7,5 cmH2O durante o teste (Protocolo 1 - P1), EPAP 7,5 cmH2O antes do teste (Protocolo 2 P2) e EPAP sham antes do teste (Protocolo 3 - P3). Durante os testes, o padrão respiratório e o movimento toracoabdominal foram registrados por meio da pletismografia optoeletrônica e três momentos foram utilizados posteriormente para a análise: repouso (M1), metade do tempo do exercício de carga constante (M2) e tempo final do exercício de carga constante (M3). As comparações entre os diferentes protocolos (P1, P2 e P3), entre os diferentes momentos (M1, M2 e M3) e o efeito de interação (P x M) foram realizadas por meio de equações de estimação generalizadas. Foi considerado significativo um alfa de 5%. As comparações post hoc foram realizadas via teste de Bonferroni. Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS 15.0, Chicago, IL, USA) e foram apresentados como média e desvio padrão. O tempo de exercício no P1 (124,44 ± 48,65 segundos) foi significativamente menor em relação ao P2 (211,44 ± 105,76 segundos; p=0,040) e ao P3 (228,22 ± 104,57 segundos; p=0,017), sem diferença significativa entre P2 e P3 (p=0,186). O grau de dispneia observada no P1 (7,78 ± 1,99) foi significativamente maior em relação ao P2 (2,61 ± 1,74; p<0,001) e ao P3 (2,72 ± 1,62; p<0,001) sem diferença significativa entre P2 e P3. A percepção deesforço em membros inferiores foi significativamente maior no P1 (6,33 ± 2,40) em relação ao P2 (3,78 ± 2,53; p= 0,009) e ao P3 (3,55 ± 2,30; p= 0,046), sem diferença significativa entre P2 e P3. O volume corrente da parede torácica (VCpt) a frequência respiratória (FR) e a ventilação minuto (VE) aumentaram significativamente com a progressão do exercício em todos os protocolos. O VCpt no P2 e no P3 foi estatisticamente diferente do P1, independente do momento analisado. Houve aumento da FR ao longo do exercício em todos os protocolos, no entanto, sem aumento significativo na metade do exercício em relação ao repouso e na metade do exercício em relação ao final do exercício no P1. A VE aumentou significativamente em todos os protocolos. Em relação ao comportamento dos volumes operacionais da parede torácica (inspiratório e expiratório final), não foram encontradas diferenças significativas entre o repouso e o final do exercício em nenhum dos protocolos. Em conclusão, os resultados do presente estudo demonstraram que o uso da EPAP com carga de 7,5 cmH2O, durante, ou antes, do teste de carga constante não foi capaz de aumentar a capacidade de exercício nos pacientes avaliados.
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Dessa maneira, o objetivo primário deste estudo foi avaliar o efeito agudo da EPAP sobre a capacidade deexercício em pacientes com DPOC, por meio do tempo de exercício no teste de carga constante em cicloergômetro. O objetivo secundário foi avaliar as repostas de algumas variáveis do padrão respiratório e dos volumes operacionais da parede torácica. Para isso, foi realizado um estudo quase-experimental, cujo cálculo de amostral foi de 34 sujeitos, sendo o presente estudo realizado com a participação de nove pacientes com DPOC classificada como moderada a muito grave, de ambos os sexos, com 66 ± 8 anos. Os pacientes foram submetidos a três testes de carga constante em cicloergômetro com 80% da carga máxima de exercício, a qual foi estimada por meio de equação obtida previamente pelo desempenho no Incremental Shuttle Walking Test. Os testes de carga constante foram realizados em três condições diferentes: EPAP 7,5 cmH2O durante o teste (Protocolo 1 - P1), EPAP 7,5 cmH2O antes do teste (Protocolo 2 P2) e EPAP sham antes do teste (Protocolo 3 - P3). Durante os testes, o padrão respiratório e o movimento toracoabdominal foram registrados por meio da pletismografia optoeletrônica e três momentos foram utilizados posteriormente para a análise: repouso (M1), metade do tempo do exercício de carga constante (M2) e tempo final do exercício de carga constante (M3). As comparações entre os diferentes protocolos (P1, P2 e P3), entre os diferentes momentos (M1, M2 e M3) e o efeito de interação (P x M) foram realizadas por meio de equações de estimação generalizadas. Foi considerado significativo um alfa de 5%. As comparações post hoc foram realizadas via teste de Bonferroni. Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS 15.0, Chicago, IL, USA) e foram apresentados como média e desvio padrão. O tempo de exercício no P1 (124,44 ± 48,65 segundos) foi significativamente menor em relação ao P2 (211,44 ± 105,76 segundos; p=0,040) e ao P3 (228,22 ± 104,57 segundos; p=0,017), sem diferença significativa entre P2 e P3 (p=0,186). O grau de dispneia observada no P1 (7,78 ± 1,99) foi significativamente maior em relação ao P2 (2,61 ± 1,74; p<0,001) e ao P3 (2,72 ± 1,62; p<0,001) sem diferença significativa entre P2 e P3. A percepção deesforço em membros inferiores foi significativamente maior no P1 (6,33 ± 2,40) em relação ao P2 (3,78 ± 2,53; p= 0,009) e ao P3 (3,55 ± 2,30; p= 0,046), sem diferença significativa entre P2 e P3. O volume corrente da parede torácica (VCpt) a frequência respiratória (FR) e a ventilação minuto (VE) aumentaram significativamente com a progressão do exercício em todos os protocolos. O VCpt no P2 e no P3 foi estatisticamente diferente do P1, independente do momento analisado. Houve aumento da FR ao longo do exercício em todos os protocolos, no entanto, sem aumento significativo na metade do exercício em relação ao repouso e na metade do exercício em relação ao final do exercício no P1. A VE aumentou significativamente em todos os protocolos. Em relação ao comportamento dos volumes operacionais da parede torácica (inspiratório e expiratório final), não foram encontradas diferenças significativas entre o repouso e o final do exercício em nenhum dos protocolos. Em conclusão, os resultados do presente estudo demonstraram que o uso da EPAP com carga de 7,5 cmH2O, durante, ou antes, do teste de carga constante não foi capaz de aumentar a capacidade de exercício nos pacientes avaliados.Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a multisystem, preventable, and treatable disease characterized by persistent airflow limitation. Patients afflicted with this disease have reduced exercise capacity and an investigation of strategies to improve this capacity becomes important. Among the instrumental devices for chest physiotherapy used to promote alveolar ventilation increase, the EPAP (Expiratory Positive Airway Pressure) is highlighted. In this study, it was hypothesized that the use of EPAP during or before exercise of constant load on the cycle ergometer may contribute to the increase of exercise capacity in patients with COPD. Thus, the primary aim of this study was to evaluate the acute effects of EPAP on exercise capacity in patients with COPD, through exercise time of a constant-load test on the cycle ergometer. The secondary aim was to assess responses of some respiratory pattern variables and thoracic chest wall operating volumes. With these aims, a quasiexperimental study, whose sample size was 34 subjects, being the present study performed with the participation of nine patients with moderate to very severe COPD, of both sexes, and age of 66 ± 8 years. Patients underwent three constant-load tests on the cycle ergometer with 80% of maximal exercise load, which was estimated byequation obtained for performance an incremental shuttle walk test. The constant-load tests were performed in three different conditions: EPAP 7.5 cmH2O during the test (Protocol 1 - P1), EPAP 7.5 cmH2O before the test (Protocol 2 - P2) and EPAP sham before the test (Protocol 3 - P3). During the tests, the respiratory pattern and the thoracoabdominal movement were recorded by use of optoelectronic plethysmography, and three moments were analyzed later: rest (M1), half of the time of the constant-load exercise (M2) and end time of the constant-load exercise (M3). The comparisons between the different protocols (P1, P2 and P3), between the different moments (M1, M2 and M3) and interaction effect (P x M) were performed by use of generalized estimating equations. A 5% alpha was considered significant. The post hoc comparisons were performed using the Bonferroni test. Statistical Package for Social Sciences (SPSS 15.0, Chicago, IL, USA) was used to analyze data, and they were presented as average and standard deviation. The P1 exercise time (124.44 ± 48.65 seconds) was significantly lower comparing to P2 (211.44 ± 105.76 seconds, p = 0.040) and P3 (228.22 ± 104.57 seconds; P = 0.017), with no significant difference between P2 and P3 (p = 0.186). The degree of dyspnea observed during P1 (7.78 ± 1.99) was significantly higher in relation to P2 (2.61 ± 1.74, p <0.001) and P3 (2.72 ± 1.62; p < 0.001) without significant difference between P2 and P3. The perception of effort in lower limbs was higher during P1 (6.33 ± 2.40) in relation to P2 (3.78 ± 2.53, p = 0.009) and P3 (3.55 ± 2.30; P = 0.046), with no significant difference between P2 and P3. Chest wall tidal volume (Vcw), respiratory rate (RR) and minute ventilation (VE) increased significantly with exercise progression in all protocols. The Vcw during P2 and P3 was statistically different from P1, independent of the moment analyzed. There was an increase of RR throughout the exercise in all protocols, however, without significant increase in the half of the exercise comparing to the rest and in the half of the exercise comparing to the end of the exercise in the P1. The VE increased significantly in all protocols. Regarding the chest wall volumes (inspiratory and end expiratory), no significant differences were found between rest and end of exercise in any of the protocols. In conclusion, the results of the present study demonstrated that the use of EPAP, with load of 7.5 cmH2O, during or before constant-load test was not able to increase the exercise capacity of the patients evaluated.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFisioterapiaSistema respiratorioPulmões Doenças obstrutivasExercícios fisicosDoença pulmonar obstrutiva crônicaCapacidade de exercícioFisioterapia respiratóriaPressão expiratória positivaEpapEfeito agudo da pressão expiratória positiva sobre a capacidade de exercício em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_hugo_pereira_pdf.pdfapplication/pdf2429175https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AUMLDG/1/disserta__o_hugo_pereira_pdf.pdfd318195aecff6a5129f0bca8cbcdecf4MD51TEXTdisserta__o_hugo_pereira_pdf.pdf.txtdisserta__o_hugo_pereira_pdf.pdf.txtExtracted texttext/plain139524https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AUMLDG/2/disserta__o_hugo_pereira_pdf.pdf.txtf86b53fd59b903d1ca9d58421a81c538MD521843/BUOS-AUMLDG2019-11-14 21:51:48.36oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AUMLDGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:51:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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