Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
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spelling Rodrigo Otavio Silveira SilvaFernanda Morcatti CouraPaula Prazeres MagalhaesMarcelo Pires Nogueira de CarvalhoCarolina Pantuzza Ramos2019-08-11T17:48:41Z2019-08-11T17:48:41Z2019-02-14http://hdl.handle.net/1843/SMOC-BAMHN3Estirpes diarreiogênicas de E. coli podem ser classificadas em diferentes patotipos conforme a presença de determinados fatores de patogenicidade, o que torna esse agente potencialmente patogênico aos animais e seres humanos. A identificação de animais carreadores desse enteropatógeno é de extrema importância para a prevenção e controle da ocorrência de infecções por E. coli em hospedeiros susceptíveis, incluindo os seres humanos. O presente trabalho teve como objetivo o isolamento de E. coli a partir de amostras fecais coletadas de cães não diarreicos alimentados com dietas caseiras e ração e de répteis de diferentes habitats, bem como a caracterização dos isolados em grupos filogenéticos e patotipos diarreiogênicos, de acordo com a presença de importantes genes de patogenicidade. Foram isoladas 246 estirpes de E. coli das fezes de 106 cães amostrados, sendo os filogrupos B1 e B2 mais comuns em isolados de cães alimentados com ração convencionais (60,4%), com uma propensão ao isolamento de estirpes B2 por esses animais (p = 0,0004). Já os grupos B1 e E foram mais comuns em isolados de cães que se alimentavam de dietas não comerciais (33,9% e 18,7%, respectivamente), sendo o isolamento de estirpes do grupo E maior em cães que ingeriam carnes cruas (p = 0,009). A análise multivariada indicou que cães que ingeriam dietas baseada em carne crua apresentaram frequências maiores de isolados carreadores de genes de patogenicidade, bem como maior frequência dos genes de CNF-1, intimina e do filogrupo E quando comparados com os isolados de cães alimentados por dietas caseiras cozidas e ração. Dos 76 répteis amostrados, 52 foram positivos para E. coli, com o isolamento de 88 estirpes do agente. A detecção de E. coli foi significativamente maior em amostras clínicas de serpentes e outros répteis carnívoros (p 0,05). A maior parte dos isolados foram positivos para o grupo filogenético B1, sendo aproximadamente 89% dos animais, principalmente serpentes e lagartos, carreadores de isolados apenas desse grupo. Dois répteis foram positivos para isolados carreadores do gene de patogenicidade EAST-1, sendo um deles um animal domiciliado e outro réptil de vida livre. O gene codificador de CNF-1 foi encontrado em 13 isolados de sete répteis, dos quais dois eram quelônios domiciliados. A maior identificação de importantes genes de patogenicidade em isolados de E. coli de cães alimentados por carnes cruas, bem como a detecção de estirpes potencialmente patogênicas em amostras clínicas de répteis, sugerem o papel desses grupos de animais como possíveis reservatórios de E. coli patogênica. Dessa forma, o contato de seres humanos com esses animais, que podem ser reservatórios de estirpes positivas para os genes de CNF1, intimina e EAST1, possivelmente representa um maior risco às pessoas de se exporem aos agentes patogênicos. Adicionalmente, o presente trabalho reforça a hipótese que fatores como dieta e habitat podem influenciar na frequência de isolamento e distribuição de determinados grupos filogenéticos e patotipos de E. coli.Diarrheogenic E. coli could be classified in different pathovars according to specific pathogenic factors which makes this agent potentially pathogenic for humans and animals. It is widely important to identify animals carriers of E. coli to prevent and control infections in susceptible hosts, including humans. Thus, the present study aimed to isolate E. coli in clinical samples ofnon-diarrheic dogs that fed unconventional diets and dry food and reptiles from different living conditions, as well as to characterize the isolated strains in phylogenetic groups and pathovars of diarrheagenic E. coli according to pathogenic genes detection. 246 E. coli were isolated from 106 sampled dogs, being the phylogenetic groups B1 and B2 more common in dogs that ate dry food (60.4%) additionally to a propensity to isolate B2 strains by these animals (p = 0.0004). The phylogroups B1 and E were the most commonly isolated strains in dogs fed with unconventional diets (33.9% and 18.7%, respectively), being the isolation of group E higher in dogs fed with raw diets (p = 0,009). Dogs that fed raw food diets had a frequency of E. colipositive for pathogenic genes carriage, genes of CNF-1, intimin and group E statistically higher than dogs fed with cooked diet and dry food at multivariate analysis. Of 76 sampled reptiles, 52 were positive for E. coli with 88 isolated strains. The identification of E. coli was significantly higher in clinical samples of snakes and other canivore reptiles (p 0,05). Most of isolates werepositive for phylogroup B1, with approximately 89% of animals, mainly snakes and lizards, carrying only these group of E. coli. Two reptiles were positive for E. coli that carried the pathogenic gene for EAST-1, of which one was domesticated and another a wildlife reptile. The encoding gene of CNF-1 was found in 13 isolates of seven reptiles, of which two were domesticated chelonians. A higher identification of important pathogenic genes of E. coli inisolates of dogs that fed unconventional raw diets, as well as the detection of potentially pathogenic strains in clinical samples of reptiles suggests the role of these animals as possible reservoirs of pathogenic E. coli. Thus, the human contact with these animals that could be reservoirs of CNF1, intimin and EAST1 positive strains may represents a greater risk to people of exposure to pathogenic agents. Additionally, the present work reinforces the hypothesis that factors as diet and geographic origin could influence in the frequency of isolation and distribution of some phylogenetic groups and E. coli pathovarsUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGDiarreia em animaisRéptil DoençasEscherichia coliCão Doençasgrupo filogeneticoE coli diarreiogenicaDieta baseada em carne cruaPatotipos diarreogenicos e filogrupos de Escherichia coli isolada em fezes de cães e répteis não diarreicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALcarolina_pantuzza_ramos.pdfapplication/pdf1151366https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-BAMHN3/1/carolina_pantuzza_ramos.pdf4c71b51e7f4e22425de20c9e4149263eMD51TEXTcarolina_pantuzza_ramos.pdf.txtcarolina_pantuzza_ramos.pdf.txtExtracted texttext/plain215792https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-BAMHN3/2/carolina_pantuzza_ramos.pdf.txta590c15c8eeba3aacbb31dd5a80541b1MD521843/SMOC-BAMHN32019-11-14 06:23:48.304oai:repositorio.ufmg.br:1843/SMOC-BAMHN3Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:23:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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