O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elaine Amélia Martins
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36529
Resumo: A presente tese examina as experimentações poéticas tardias de Murilo Mendes, cuja amostra são os poemas da primeira parte de Convergência (1970) e a prosa poética da antologia Transístor (1980). Tece reflexões sobre a relação do poeta-crítico com o seu próprio tempo, com a sua experiência de deslocamentos e com o seu trânsito entre a tradição e a modernidade. Busca-se entender o topos duplo da viagem como disparador para a mudança do registro de escrita do poeta e, sobretudo, para a construção de seu projeto estético e político maior colocado em prática na sua última produção, ou seja, a criação e manutenção de uma comunidade – de seu panteão-portátil – e sua inserção nela. Para tanto, aborda-se a relação entre poesia e técnica ou literatura e tecnologia, elaborando-se as noções de transístor tecnológico (dispositivo técnico) e de transístor poético (dispositivo poético). O termo transístor poético é transformado aqui em conceito operacional para se ler a obra muriliana e ainda é atrelado ao portátil, a ideias de resistência e à imagem, nos termos de Georges Didi-Huberman, da sobrevivência dos vaga-lumes. A noção de produção tardia, do tardio na literatura, é tratada, bem como as de território, na produção poética muriliana, vendo-se nessa produção o desejo de arquivamento do escritor e o seu movimento em direção à República das Letras. Percorrem-se ainda as concepções centrais de precursores, intercessores, coleção, herança e paideuma. Pretende-se colaborar para se pensar o lugar do poeta desterritorializado/reterritorializado no campo literário e artístico inerente ao seu ofício, lendo-se a literatura como empreendimento individual/coletivo e território de sociabilidades.
id UFMG_188202732058d8f7863c34da53e85c84
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/36529
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Myriam Corrêa de Araújo Ávilahttp://lattes.cnpq.br/9844832726033883Ettore Finazzi-AgròEneida Maria de SouzaRafael Lovisi PradoEvaldo Balbino da SilvaJosé Horácio de Almeida Nascimento Costahttp://lattes.cnpq.br/9220530362240080Elaine Amélia Martins2021-06-21T21:04:04Z2021-06-21T21:04:04Z2021-06-10http://hdl.handle.net/1843/36529A presente tese examina as experimentações poéticas tardias de Murilo Mendes, cuja amostra são os poemas da primeira parte de Convergência (1970) e a prosa poética da antologia Transístor (1980). Tece reflexões sobre a relação do poeta-crítico com o seu próprio tempo, com a sua experiência de deslocamentos e com o seu trânsito entre a tradição e a modernidade. Busca-se entender o topos duplo da viagem como disparador para a mudança do registro de escrita do poeta e, sobretudo, para a construção de seu projeto estético e político maior colocado em prática na sua última produção, ou seja, a criação e manutenção de uma comunidade – de seu panteão-portátil – e sua inserção nela. Para tanto, aborda-se a relação entre poesia e técnica ou literatura e tecnologia, elaborando-se as noções de transístor tecnológico (dispositivo técnico) e de transístor poético (dispositivo poético). O termo transístor poético é transformado aqui em conceito operacional para se ler a obra muriliana e ainda é atrelado ao portátil, a ideias de resistência e à imagem, nos termos de Georges Didi-Huberman, da sobrevivência dos vaga-lumes. A noção de produção tardia, do tardio na literatura, é tratada, bem como as de território, na produção poética muriliana, vendo-se nessa produção o desejo de arquivamento do escritor e o seu movimento em direção à República das Letras. Percorrem-se ainda as concepções centrais de precursores, intercessores, coleção, herança e paideuma. Pretende-se colaborar para se pensar o lugar do poeta desterritorializado/reterritorializado no campo literário e artístico inerente ao seu ofício, lendo-se a literatura como empreendimento individual/coletivo e território de sociabilidades.This thesis examines the late poetic experiments of Murilo Mendes, whose sample are the poems of the first part of Convergência (1970) and the poetic prose of the anthology Transístor (1980), the relationship of the poet-critic with his own time, with his experience of displacement and his transit between tradition and modernity. We seek to understand the double topos of the trip as a trigger for the changing of the poet's writing record and, above all, for the construction of his greatest artistic and political project put into practice in his last production, that is, the creation and maintenance of a community – of his portable pantheon – and his insertion in it. For this purpose, the relationship between poetry and technique or literature and technology is approached, elaborating the notions of technological transistor (technical device) and poetic transistor (poetic device). The poetic transistor term is transformed here into an operational concept to read the Murilian work and is still linked to the portable, to ideas of resistance and to the image of the fireflies survival, in Georges Didi-Huberman terms. The notion of late production, the late in literature, is treated, as well as those of territory in Murilian poetic prose, printing the writer's desire for archiving and his movement towards the Republic of Letters. The central concepts of precursors, intercessors, collection, inheritance and paideuma are also covered. It is intended to collaborate to think about the place of the deterritorialized/reterritorialized poet in the literary and artistic field inherent to his craft, reading the literature as a collective enterprise and a territory of sociability.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LiteráriosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASMendes, Murilo, 1901-1975. – Convergência – Crítica e interpretaçãoMendes, Murilo, 1901-1975 – Transístor – Crítica e interpretaçãoProsa brasileira – História e críticaPoesia brasileira – História e críticaEspaço e tempo na literaturaCriação literáriaMurilo MendesProdução tardiaResistênciaDeslocamentosTerritóriosSociabilidade literáriaPaideumaO transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo MendesThe transistor and the fireflies: displacements, territories and literary sociability in the late production and in the portable pantheon of Murilo Mendesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALO Transístor e os Vaga-lumes - deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes.pdfO Transístor e os Vaga-lumes - deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes.pdfapplication/pdf2119192https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36529/1/O%20Trans%c3%adstor%20e%20os%20Vaga-lumes%20-%20deslocamentos%2c%20territ%c3%b3rios%20e%20sociabilidade%20liter%c3%a1ria%20na%20produ%c3%a7%c3%a3o%20tardia%20e%20no%20pante%c3%a3o-port%c3%a1til%20de%20Murilo%20Mendes.pdfec82fac906f8f11e42199becb89f28e9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36529/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/365292021-06-21 18:04:05.003oai:repositorio.ufmg.br:1843/36529TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-06-21T21:04:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv The transistor and the fireflies: displacements, territories and literary sociability in the late production and in the portable pantheon of Murilo Mendes
title O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
spellingShingle O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
Elaine Amélia Martins
Murilo Mendes
Produção tardia
Resistência
Deslocamentos
Territórios
Sociabilidade literária
Paideuma
Mendes, Murilo, 1901-1975. – Convergência – Crítica e interpretação
Mendes, Murilo, 1901-1975 – Transístor – Crítica e interpretação
Prosa brasileira – História e crítica
Poesia brasileira – História e crítica
Espaço e tempo na literatura
Criação literária
title_short O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
title_full O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
title_fullStr O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
title_full_unstemmed O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
title_sort O transístor e os vaga-lumes: deslocamentos, territórios e sociabilidade literária na produção tardia e no panteão-portátil de Murilo Mendes
author Elaine Amélia Martins
author_facet Elaine Amélia Martins
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Myriam Corrêa de Araújo Ávila
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9844832726033883
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Ettore Finazzi-Agrò
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Eneida Maria de Souza
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Rafael Lovisi Prado
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Evaldo Balbino da Silva
dc.contributor.referee4.fl_str_mv José Horácio de Almeida Nascimento Costa
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9220530362240080
dc.contributor.author.fl_str_mv Elaine Amélia Martins
contributor_str_mv Myriam Corrêa de Araújo Ávila
Ettore Finazzi-Agrò
Eneida Maria de Souza
Rafael Lovisi Prado
Evaldo Balbino da Silva
José Horácio de Almeida Nascimento Costa
dc.subject.por.fl_str_mv Murilo Mendes
Produção tardia
Resistência
Deslocamentos
Territórios
Sociabilidade literária
Paideuma
topic Murilo Mendes
Produção tardia
Resistência
Deslocamentos
Territórios
Sociabilidade literária
Paideuma
Mendes, Murilo, 1901-1975. – Convergência – Crítica e interpretação
Mendes, Murilo, 1901-1975 – Transístor – Crítica e interpretação
Prosa brasileira – História e crítica
Poesia brasileira – História e crítica
Espaço e tempo na literatura
Criação literária
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Mendes, Murilo, 1901-1975. – Convergência – Crítica e interpretação
Mendes, Murilo, 1901-1975 – Transístor – Crítica e interpretação
Prosa brasileira – História e crítica
Poesia brasileira – História e crítica
Espaço e tempo na literatura
Criação literária
description A presente tese examina as experimentações poéticas tardias de Murilo Mendes, cuja amostra são os poemas da primeira parte de Convergência (1970) e a prosa poética da antologia Transístor (1980). Tece reflexões sobre a relação do poeta-crítico com o seu próprio tempo, com a sua experiência de deslocamentos e com o seu trânsito entre a tradição e a modernidade. Busca-se entender o topos duplo da viagem como disparador para a mudança do registro de escrita do poeta e, sobretudo, para a construção de seu projeto estético e político maior colocado em prática na sua última produção, ou seja, a criação e manutenção de uma comunidade – de seu panteão-portátil – e sua inserção nela. Para tanto, aborda-se a relação entre poesia e técnica ou literatura e tecnologia, elaborando-se as noções de transístor tecnológico (dispositivo técnico) e de transístor poético (dispositivo poético). O termo transístor poético é transformado aqui em conceito operacional para se ler a obra muriliana e ainda é atrelado ao portátil, a ideias de resistência e à imagem, nos termos de Georges Didi-Huberman, da sobrevivência dos vaga-lumes. A noção de produção tardia, do tardio na literatura, é tratada, bem como as de território, na produção poética muriliana, vendo-se nessa produção o desejo de arquivamento do escritor e o seu movimento em direção à República das Letras. Percorrem-se ainda as concepções centrais de precursores, intercessores, coleção, herança e paideuma. Pretende-se colaborar para se pensar o lugar do poeta desterritorializado/reterritorializado no campo literário e artístico inerente ao seu ofício, lendo-se a literatura como empreendimento individual/coletivo e território de sociabilidades.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-06-21T21:04:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-06-21T21:04:04Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-06-10
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/36529
url http://hdl.handle.net/1843/36529
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FALE - FACULDADE DE LETRAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36529/1/O%20Trans%c3%adstor%20e%20os%20Vaga-lumes%20-%20deslocamentos%2c%20territ%c3%b3rios%20e%20sociabilidade%20liter%c3%a1ria%20na%20produ%c3%a7%c3%a3o%20tardia%20e%20no%20pante%c3%a3o-port%c3%a1til%20de%20Murilo%20Mendes.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36529/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ec82fac906f8f11e42199becb89f28e9
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589305228066816