Análise de polimorfismos do gene humano daMBL e sua associação com infecções porChlamydia trachomatis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Lourenço Alves
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ICBB-BDFTN5
Resumo: A família Chlamydiaceae é composta por bactérias intracelulares obrigatórias que parasitam células eucarióticas. Chlamydia trachomatis é um patogeno estritamente humano, sendo a principal espécie bacteriana transmitida por via sexual. Em mulheres pode causar uretrites, cervicites, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e linfogranuloma venéreo. A lectina ligadora de manose (MBL), componente do sistema do complemento, é uma proteína chave do sistema imune inato, atuando na primeira linha de defesa contra os patógenos. A MBL possui a função de opsonina, ligando-se a carboidratos ricos em manose, fucose e glucosamina, encontrados na superfície celular de diversos micro-organismos. A MBL ligada acomponentes glicoprotéicos na superfície celular de C. trachomatis são importantes na defesa do hospedeiro, pois inibem a ligação da bactéria às células alvo. O gene da MBL (mbl2) está localizado no cromossomo 10 e possui três polimorfismos funcionais, localizados no éxon 1. Estes pontos de mutação são conhecidos como variantes B, C e D, e o variante A corresponde ao tipo selvagem. A caracterização do perfil genético da MBL em pacientes com doenças sexualmente transmissíveis pode ser uma alternativa de grande relevância para a avaliação da susceptibilidade a estas infecções. O objetivo deste trabalho foi iniciar um estudo de polimorfismos neste gene para, futuramente, se estabelecer correlações entre a MBL e manifestações da infecção por C. trachomatis. Foram utilizadas cinco amostrasendocervicais positivas e seis negativas para a infecção por C. trachomatis. O DNA purificado destas amostras foi utilizado para a amplificação de um fragmento do gene mbl2. O kit Wizard SV Genomic DNA se mostrou ser a melhor alternativa para a purificação do produto da PCR a ser utilizado para o sequenciamento do gene mbl2. As 11 amostras sequenciadas não mostraram nenhum polimorfismo emregiões de mutação já descritas, apresentando, assim, o alelo A, o tipo selvagem. Estudos com um maior número de amostras positivas e negativas serão necessários para se estabelecer uma correlação entre as várias manifestações da infecção pelos 19 diferentes genótipos de C. trachomatis e polimorfismos no gene mbl2, como já sugerido para outros patógenos.
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spelling Fatima Soares Motta NoronhaHaleta Evangelista de Lima LemosFernanda Lourenço Alves2019-08-11T17:26:00Z2019-08-11T17:26:00Z2010-02-19http://hdl.handle.net/1843/ICBB-BDFTN5A família Chlamydiaceae é composta por bactérias intracelulares obrigatórias que parasitam células eucarióticas. Chlamydia trachomatis é um patogeno estritamente humano, sendo a principal espécie bacteriana transmitida por via sexual. Em mulheres pode causar uretrites, cervicites, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e linfogranuloma venéreo. A lectina ligadora de manose (MBL), componente do sistema do complemento, é uma proteína chave do sistema imune inato, atuando na primeira linha de defesa contra os patógenos. A MBL possui a função de opsonina, ligando-se a carboidratos ricos em manose, fucose e glucosamina, encontrados na superfície celular de diversos micro-organismos. A MBL ligada acomponentes glicoprotéicos na superfície celular de C. trachomatis são importantes na defesa do hospedeiro, pois inibem a ligação da bactéria às células alvo. O gene da MBL (mbl2) está localizado no cromossomo 10 e possui três polimorfismos funcionais, localizados no éxon 1. Estes pontos de mutação são conhecidos como variantes B, C e D, e o variante A corresponde ao tipo selvagem. A caracterização do perfil genético da MBL em pacientes com doenças sexualmente transmissíveis pode ser uma alternativa de grande relevância para a avaliação da susceptibilidade a estas infecções. O objetivo deste trabalho foi iniciar um estudo de polimorfismos neste gene para, futuramente, se estabelecer correlações entre a MBL e manifestações da infecção por C. trachomatis. Foram utilizadas cinco amostrasendocervicais positivas e seis negativas para a infecção por C. trachomatis. O DNA purificado destas amostras foi utilizado para a amplificação de um fragmento do gene mbl2. O kit Wizard SV Genomic DNA se mostrou ser a melhor alternativa para a purificação do produto da PCR a ser utilizado para o sequenciamento do gene mbl2. As 11 amostras sequenciadas não mostraram nenhum polimorfismo emregiões de mutação já descritas, apresentando, assim, o alelo A, o tipo selvagem. Estudos com um maior número de amostras positivas e negativas serão necessários para se estabelecer uma correlação entre as várias manifestações da infecção pelos 19 diferentes genótipos de C. trachomatis e polimorfismos no gene mbl2, como já sugerido para outros patógenos.Chlamydiaceae are intracellular bacteria that parasitize eukaryotic cells. Chlamydia trachomatis is a strictly human pathogen and is the main bacterial species transmitted by sexual contact. In women they can cause urethritis, cervicitis, pelvic inflammatory disease, ectopic pregnancy and lymphogranuloma venereum. Mannose binding lectin (MBL), a component of the complement system is a key protein of the innate immune system, acting in the first line of defense against pathogens. MBL has the function of opsonin, by binding to carbohydrate rich in mannose, fucose and glucosamine, found on the cell surface of various microorganisms. MBL attached to the cell surface glycoprotein of C. trachomatis are important in host defense, because they inhibit the binding of bacteria to target cells. MBL gene (mbl2) is located onchromosome 10 and has three functional polymorphisms located in exon 1. These mutation points are known as variant B, C and D, and the variant A corresponds to the wild type. The characterization of the genetic profile of MBL in patients with sexually transmitted diseases may be an alternative of great relevance for the assessment of susceptibility to these infections. The objective of this study was to initiate a study for the detection of polymorphisms in this gene to investigate any correlation between MBL and manifestations of C. trachomatis infection. We usedfive positive and six negative endocervical samples for C. trachomatis infection. The DNA purified from these samples was used for the amplification of a fragment of the mbl2 gene. The kit Wizard SV Genomic DNA proved to be the best alternative for the purification of the PCR product to be used for the sequencing of the gene mbl2. Allsequenced 11 samples showed no polymorphism in the mutation regions, showing to be allele A, the wild type. Studies with a larger number of positive and negative samples are needed to establish a correlation between the various manifestations of infections caused by each of the 19 different genotypes of C. trachomatis and polymorphisms in the mbl2 gene, as suggested for other pathogens.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMicrobiologiaLectina de Ligação a ManosePolimorfismo GenéticoChlamydia trachomatisMBLmbl2Chlamydia trachomatisLectina ligadora de manoseAnálise de polimorfismos do gene humano daMBL e sua associação com infecções porChlamydia trachomatisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL_monografia.versaofinal.pdfapplication/pdf417006https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICBB-BDFTN5/1/_monografia.versaofinal.pdf1cb36593ab46146a749dab4244cc99f2MD51TEXT_monografia.versaofinal.pdf.txt_monografia.versaofinal.pdf.txtExtracted texttext/plain82464https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ICBB-BDFTN5/2/_monografia.versaofinal.pdf.txte71d9d7a06b671ba80d2e59f233a57deMD521843/ICBB-BDFTN52019-11-14 11:01:41.827oai:repositorio.ufmg.br:1843/ICBB-BDFTN5Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:01:41Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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