Esgotamento, satisfação profissional e absenteísmo-doença de trabalhadores de um hospital universitário público

• Autor(a) principal: Carla Patrícia Antunes Gontijo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49872
• topic: Esgotamento profissional; Burnout; Satisfação profissional; Absenteísmo-doença; Trabalho hospitalar; Esgotamento profissional; Esgotamento psicológico; Satisfação no Emprego; Absenteísmo; Dissertação Acadêmica

Satisfação profissional, síndrome de burnout ou esgotamento profissional e absenteísmo têm sido temas frequentes de estudos científicos da área de saúde e nos locais de trabalho, considerando sua importância na saúde humana e resultados nas organizações. Este estudo propôs analisar a relação entre a satisfação profissional, síndrome de burnout (Esgotamento Profissional) e índices de absenteísmo-doença dos trabalhadores de um hospital universitário público em Belo Horizonte - MG, no contexto da pandemia de COVID-19. Além disso, propôs também caracterizar os participantes, segundo suas variáveis sociodemográficas e laborais; estimar a associação entre os constructos satisfação profissional, síndrome de burnout e absenteísmo-doença; e elaborar relatório técnico para a gestão do hospital com propostas de intervenção, para a melhoria da satisfação profissional, redução do absenteísmo e prevenção da síndrome de burnout no âmbito do hospital em estudo. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa. Foi realizada pesquisa de campo, buscando compreender a associação entre os constructos. Foram utilizados três instrumentos: questionário semiestruturado, visando à obtenção de dados acerca da caracterização sociodemográfica, econômica e profissional dos trabalhadores envolvidos; Questionário de Satisfação no Trabalho S20/23 e Escala de Caracterização do Burnout (ECB). Realizou-se ainda coleta de dados secundários de planilhas eletrônicas, referentes aos atestados médicos e odontológicos apresentados por esses profissionais, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Os resultados demonstraram correlação estatisticamente significativa entre absenteísmo-doença e satisfação no trabalho, visto que quanto menor a satisfação, em relações hierárquicas e menor a satisfação intrínseca no trabalho, maior o absenteísmo-doença. Verificou-se ainda que quanto maior a satisfação no trabalho, menor o Burnout. Em relação às dimensões do Burnout, verificou-se que quanto maior a exaustão emocional e maior a decepção no trabalho maior o absenteísmo-doença. Por outro lado, quanto maior a desumanização, ou seja, quanto maiores os sentimentos de frieza e distanciamento, menor o número de ausências ao trabalho. Observou se ainda que é maior o absenteísmo-doença entre os trabalhadores com jornada superior a 36 horas semanais e menor o absenteísmo-doença entre os trabalhadores que laboravam entre oito e 10 horas por dia. Os fatores laborais não são os únicos que devem ser considerados no absenteísmo-doença, satisfação e burnout dos trabalhadores. Há também aspectos individuais e interpessoais que podem influenciar nessas variáveis e justificar porque trabalhadores expostos a uma mesma situação laboral estão em adoecimento e/ou insatisfeitos e outros não. O conhecimento dos fatores que estão comprometidos pode ser relevante, para que os gestores implementem programas voltados à atenção dos trabalhadores, direcionados principalmente para as dimensões mais prejudicadas. Foi elaborado relatório técnico, a ser apresentado ao local de estudo, com recomendações para a prática, considerando os resultados encontrados.