Dor musculoesquelética e vulnerabilidade ocupacional: uma abordagem dos perfis de acordo com o método GOM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adriana Judith Esteves Fantini
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-979JU8
Resumo: INTRODUÇÃO: A vulnerabilidade ocupacional (VO) refere-se às situações de fraca ou nenhuma proteção social, baixo nível de renda, baixa escolaridade, emprego temporário ou ausência de vínculo, jornadas extensas, exposição aelevadas cargas físicas e psicossociais das tarefas, trabalho envolvendo periculosidade e o trabalho sem sentido. Entre as expressões da iniquidade em saúde associada à VO, serão focalizados os distúrbios musculoesqueléticos, cujo principal sintoma é a dor musculoesquelética (DME). OBJETIVO: Descrever o perfil dos trabalhadores no setor público municipal em relação à ocorrência de DME a fim de favorecer a reflexão sobre as iniquidades em saúde musculoesquelética, levando-se em conta a interação entre fatores físicos e psicossociais do trabalho para o desenvolvimento da referida morbidade. MÉTODOS: Estudo seccional realizado em Belo Horizonte em 2009 avaliou características sociodemográficas, funcionais, condição de saúde, hábitos e qualidade de vida, por meio de questionário autoaplicado. Utilizou-se o método Grade of Membership (GoM) para definir os perfis e os graus de pertencimento a cada perfil particular. RESULTADOS: Três perfis de referência foram identificados. Perfil 1: trabalhadores que executam atividade doméstica, trabalham em condições precárias, sob alta demanda física, baixo controle sobre as tarefas, referem DME, comorbidades, insatisfação com a capacidade laboral, autoavaliação ruim da saúde e da qualidade de vida. Perfil 2: trabalhadores que se autodeclararam de cor branca, informaram melhores condições de trabalho, baixa demanda física, alto controle sobre o trabalho, satisfação com a capacidade laboral, boa avaliação da saúde e da qualidade de vida, ausência de DME e comorbidades. Perfil 3: indígenas e que não responderam questões específicas. Diante dos perfis de referência, a tipologia de associação entre trabalho e ocorrência de DME classificou 89,9% da amostra e foi organizada em cinco perfis: misto (4,1%); trabalhador doente (12,0%); trabalhador mais vulnerável a DME (16,9%); trabalhador menos vulnerável a DME (22,6%); trabalhador saudável (34,3%). CONCLUSÃO: A análise dos perfis permitiu esclarecer as conexões entre DME e os fatores físicos e psicossociais do trabalho no serviço público municipal. Os resultados obtidos indicam vias para a reflexão sobre as iniquidades em saúde musculoesquelética.
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OBJETIVO: Descrever o perfil dos trabalhadores no setor público municipal em relação à ocorrência de DME a fim de favorecer a reflexão sobre as iniquidades em saúde musculoesquelética, levando-se em conta a interação entre fatores físicos e psicossociais do trabalho para o desenvolvimento da referida morbidade. MÉTODOS: Estudo seccional realizado em Belo Horizonte em 2009 avaliou características sociodemográficas, funcionais, condição de saúde, hábitos e qualidade de vida, por meio de questionário autoaplicado. Utilizou-se o método Grade of Membership (GoM) para definir os perfis e os graus de pertencimento a cada perfil particular. RESULTADOS: Três perfis de referência foram identificados. Perfil 1: trabalhadores que executam atividade doméstica, trabalham em condições precárias, sob alta demanda física, baixo controle sobre as tarefas, referem DME, comorbidades, insatisfação com a capacidade laboral, autoavaliação ruim da saúde e da qualidade de vida. Perfil 2: trabalhadores que se autodeclararam de cor branca, informaram melhores condições de trabalho, baixa demanda física, alto controle sobre o trabalho, satisfação com a capacidade laboral, boa avaliação da saúde e da qualidade de vida, ausência de DME e comorbidades. Perfil 3: indígenas e que não responderam questões específicas. Diante dos perfis de referência, a tipologia de associação entre trabalho e ocorrência de DME classificou 89,9% da amostra e foi organizada em cinco perfis: misto (4,1%); trabalhador doente (12,0%); trabalhador mais vulnerável a DME (16,9%); trabalhador menos vulnerável a DME (22,6%); trabalhador saudável (34,3%). CONCLUSÃO: A análise dos perfis permitiu esclarecer as conexões entre DME e os fatores físicos e psicossociais do trabalho no serviço público municipal. Os resultados obtidos indicam vias para a reflexão sobre as iniquidades em saúde musculoesquelética.INTRODUCTION: The vulnerability occupational (VO) refers to situations of low or no social protection, low income, low education, employment or temporary absence of bonding, extensive working hours, exposure to high physical and psychosocial tasks, work involving dangerous and meaningless work. Among the expressions of health inequity associated with VO, will be focused on musculoskeletal disorders, whose main symptom is musculoskeletal pain (MSP). OBJECTIVE: To describe the profile of workers in the municipal public sector in relation to the occurrence of DME in order to encourage reflection on the inequities in musculoskeletal health, taking into account the interaction between physical and psychosocial factors of work for the development of this morbidity . METHODS: Cross-sectional study conducted in Belo Horizonte in 2009 assessed sociodemographic characteristics, functional health status, habits and quality of life through self applied questionnaire. We used the Grade of Membership method (GoM) to define the profiles and the degree of belonging to each particular profile. RESULTS: Three reference profiles were identified. Profile 1: workers who perform housework, work in precarious conditions, under high physical demands, low control over tasks, refer DME, comorbidities, dissatisfaction with work capacity, poor self-assessment of health and quality of life. Profile 2: workers declared themselves white, reported better working conditions, low physical demand, high job control, satisfaction with labor capacity, good perceived health status and quality of life, comorbidities, and absence of DME. Profile 3: indigenous and non-specific questions answered. Given the reference profiles, the type of association between work and occurrence of DME classified 89.9% of the sample and was organized into five profiles: mixed (4.1%); sick worker (12.0%) workers more vulnerable DME (16.9%) employed less vulnerable to DME (22.6%) healthy worker (34.3%). CONCLUSION: The analysis allowed to clarify the connections between DME and the physical and psychosocial factors at work in the municipal public service. The results suggest avenues for further reflection on the inequities in musculoskeletal health.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGNível de saúdeSaúde públicaDoenças musculosqueléticasCondições de trabalhoBiodiversidadeVulnerabilidadeSetor público/recursos humanosSaúde do trabalhadorDesigualdades em saúdeGoMDorCondições de trabalhoVulnerabilidadeLER-DORTDor musculoesquelética e vulnerabilidade ocupacional: uma abordagem dos perfis de acordo com o método GOMinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALvolume_final_adriana_judith_esteves_fantini.pdfapplication/pdf1507340https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-979JU8/1/volume_final_adriana_judith_esteves_fantini.pdf833d7f552615b392aac154aa452a9a5eMD51TEXTvolume_final_adriana_judith_esteves_fantini.pdf.txtvolume_final_adriana_judith_esteves_fantini.pdf.txtExtracted texttext/plain191667https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-979JU8/2/volume_final_adriana_judith_esteves_fantini.pdf.txt9d33bcb5a79810bc9893578e7811e7d5MD521843/BUOS-979JU82019-11-14 13:30:56.299oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-979JU8Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T16:30:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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