Suplementação de cromo ou L-carnitina para potras Mangalarga Marchador submetidas a um programa de condicionamento

• Autor(a) principal: Mayara Gonçalves Fonseca
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31728
• topic: Biópsia muscular; Equino; Ergogênicos; Nutrição; Zootecnia

O presente estudo teve como objetivos avaliar o efeito da suplementação de cromo quelatado (Cr) ou de L-carnitina (LC) na aptidão física e na morfometria das fibras musculares de potras da raça Mangalarga Marchador. Treze potras foram distribuídas em três grupos: Cr (n=4; 10 mg/dia de cromo quelatado); LC (n=4; 10 g/dia de L-carnitina) e Controle (n=5; sem suplemento). Os animais foram exercitados em esteira ergométrica e caminhador automático em dias alternados, de terça a domingo, durante 42 dias. Nos dias 7 (Teste 1), 21 (Teste 2) e 42 (Teste 3) foram realizados testes de marcha em esteira ergométrica com 5 min de aquecimento (1,7 m/s) seguidos por 30 min de marcha (3,5 m/s e 3% de inclinação). Avaliou-se a frequência cardíaca (FC), a lactatemia (Lac), a glicemia (Gli) e a concentração sérica de triglicérides (Trigl) antes do exercício, a cada 5 minutos durante os três Testes de marcha e durante a recuperação dos Testes 1 e 3. Foram realizadas biópsias musculares do Gluteus medius na primeira e na sexta semanas de treinamento. As amostras foram submetidas à coloração histoquímica de mATPase e foram determinados a proporção do tipo de fibras por campo analisado (%N), o valor médio da área de secção transversal (AMST) e a área total relativa (%ATR) ocupada por cada tipo de fibra muscular. Não houve efeito (P>0,05) da suplementação de Cr ou de LC na FC, Lac, Gli ou Trigl durante os testes de marcha nem na etapa de recuperação. Com 21 dias de condicionamento (Teste 2), já houve redução (P<0,05) da FC e da Lac mensuradas durante os Testes de marcha, mas não houve efeito do condicionamento (P>0,05) nas fases de recuperação. Gli e Trigl não sofreram efeito do condicionamento (P>0,05). Não foram observadas alterações (P>0,05) na (%N) das fibras do tipo I, IIA e IIX. Após o condicionamento, o Cr e a LC aumentaram (P<0,05) a AMST das fibras tipo I, enquanto a LC também provocou aumento (P<0,05) da AMST das fibras do tipo IIA e o Cr provocou diminuição (P<0,05) da AMST das fibras do tipo IIA. Houve aumento (P<0,05) da %ATR das fibras do tipo I após o período de condicionamento. O condicionamento aeróbio combinado à suplementação de Cr ou de LC resulta em alterações morfométricas das fibras musculares aumentando suas propriedades metabólicas oxidativas, mas não altera o desempenho de potras da raça MM submetidas a testes de marcha em esteira ergométrica.