Junho de 2013: atores, práticas e gramáticas nos protestos em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Letícia Birchal Domingues
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30890
Resumo: A presente dissertação objetiva responder à pergunta: quais eram os atores, as práticas e as gramáticas presentes nos protestos de Junho de 2013, em Belo Horizonte? Para tanto, adota metodologia de orientação interpretativa e busca, a partir de literatura e entrevistas, a análise dos acontecimentos de Junho de 2013 na cidade. A dissertação está dividida em quatro capítulos, além de sua introdução e conclusão. No primeiro, busca-se situar as manifestações junto à literatura sobre o ciclo global de protestos ocorridos entre o fim dos anos 2000 e a primeira metade dos 2010 em três dimensões: econômica, organizativa e política. Com elas, percebe-se uma caracterização da ação coletiva baseada em engajamentos fluidos e personalizados, mediados pela comunicação digital e desconfiados de instituições tradicionais. Com isso, chega-se à formulação da existência de diversidade e difusão, assim como de ambivalência, entre esquerda e direita, em Junho de 2013. Assim, o capítulo passa a analisar formulações de autores que interpretam os protestos a partir de uma divisão entre direita e esquerda e, em seguida, propostas que buscam enquadramentos gerais. Após avaliação das propostas, o capítulo se encerra apresentando a divisão desenvolvida nesta dissertação: entre esquerda e não esquerda. Essa divisão guia os capítulos seguintes e o desenvolvimento do campo de pesquisa com atores de não-esquerda. No segundo capítulo, são apresentadas organizações políticas de esquerda que atuavam na cidade antes de Junho de 2013, evidenciando a participação de grupos articulados nos protestos e, ao mesmo tempo em que isso influenciou seu andamento e características, isso foi insuficiente para dar coesão ao evento em foco. O capítulo, também, sistematiza a literatura sobre os acontecimentos diários de então e faz uma análise dos eventos posteriores a Junho a esquerda na cidade. No terceiro capítulo, são interpretadas as entrevistas realizadas com 18 atores de não-esquerda, cujos critérios de seleção foram: pessoas que usaram as cores verde e amarela durante Junho de 2013 e/ou sujeitos atuantes em organizações de direita durante e/ou após tais eventos. Guiado pela interpretação das entrevistas, o capítulo sistematiza o antes, durante e após Junho de 2013, bem como interpreta os sentidos que os entrevistados dão para a sua participação nos protestos e aborda as organizações de direita nas quais alguns passaram a participar. Finalmente, no capítulo 4 são apresentados os atores (indivíduos e organizações), práticas (passeatas; confrontos; uso de símbolos e performances; mídia colaborativa, conteúdos personalizados e redes sociais; assembleias) e gramáticas (horizontalidade; aceleração; ocupação do espaço público; nacionalismo), com suas confluências e tensões. Com isso, percebe-se que existem aproximações, que permitem a formulação de conceitos abrangentes para compreender sentidos comuns de Junho, e distanciamentos, que levam à necessidade de evidenciar os conflitos sobre o evento.
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Com elas, percebe-se uma caracterização da ação coletiva baseada em engajamentos fluidos e personalizados, mediados pela comunicação digital e desconfiados de instituições tradicionais. Com isso, chega-se à formulação da existência de diversidade e difusão, assim como de ambivalência, entre esquerda e direita, em Junho de 2013. Assim, o capítulo passa a analisar formulações de autores que interpretam os protestos a partir de uma divisão entre direita e esquerda e, em seguida, propostas que buscam enquadramentos gerais. Após avaliação das propostas, o capítulo se encerra apresentando a divisão desenvolvida nesta dissertação: entre esquerda e não esquerda. Essa divisão guia os capítulos seguintes e o desenvolvimento do campo de pesquisa com atores de não-esquerda. No segundo capítulo, são apresentadas organizações políticas de esquerda que atuavam na cidade antes de Junho de 2013, evidenciando a participação de grupos articulados nos protestos e, ao mesmo tempo em que isso influenciou seu andamento e características, isso foi insuficiente para dar coesão ao evento em foco. O capítulo, também, sistematiza a literatura sobre os acontecimentos diários de então e faz uma análise dos eventos posteriores a Junho a esquerda na cidade. No terceiro capítulo, são interpretadas as entrevistas realizadas com 18 atores de não-esquerda, cujos critérios de seleção foram: pessoas que usaram as cores verde e amarela durante Junho de 2013 e/ou sujeitos atuantes em organizações de direita durante e/ou após tais eventos. Guiado pela interpretação das entrevistas, o capítulo sistematiza o antes, durante e após Junho de 2013, bem como interpreta os sentidos que os entrevistados dão para a sua participação nos protestos e aborda as organizações de direita nas quais alguns passaram a participar. Finalmente, no capítulo 4 são apresentados os atores (indivíduos e organizações), práticas (passeatas; confrontos; uso de símbolos e performances; mídia colaborativa, conteúdos personalizados e redes sociais; assembleias) e gramáticas (horizontalidade; aceleração; ocupação do espaço público; nacionalismo), com suas confluências e tensões. Com isso, percebe-se que existem aproximações, que permitem a formulação de conceitos abrangentes para compreender sentidos comuns de Junho, e distanciamentos, que levam à necessidade de evidenciar os conflitos sobre o evento.This research aims to answer the question: what were the actors, the practices and the grammars in the June 2013 protests in Belo Horizonte? It adopts an interpretative methodology and analyses the events of June 2013 in the city through literature and interviews. It is divided in four chapters, besides its introduction and conclusion. The first seeks to situate the demonstrations in relation to the global protest cycle that took place between the end of the 2000s and the first half of the 2010s using three dimensions: economical, organizational and political. From them, it is possible to characterize the collective action as based on fluid and personalized engagement, mediated by digital communication, and distrustful of traditional institutions. It reaches, then, the formulation of the existence of diversity and diffusion as well as ambivalence between left and right-wing in June 2013. The chapter follows to analyze authors who interpret the protests from the division between right and left-wing and, after, those who look for general framings. After evaluating such formulations, the chapter ends with a presentation of the division that is developed in this thesis: between the left-wing and the nonleft-wing. This division guides the following chapters and the development of the field of research with non-left-wing actors. The second chapter presents left-wing political organizations that acted on the city before June 2013, putting light into their participation during the protests and understanding that, at the same time that they influenced the events and their characteristics, they also were not enough to give cohesion to the protests in focus. The chapter, also, systematizes the literature about the daily happenings and gives an analysis of the following events, after June 2013, in the city. The third chapter interprets the interviews made with 18 non-left-wing actors, who were selected through the following criteria: having used the yellow and green colors during June 2013 and/or having acted in right-wing organizations during and/or after the events. Guided by the interviews’ interpretation, it systematizes the happenings before, during and after June 2013, as well as interprets the meanings that the interviewees give to their participation on the protests and looks at the right-wing organizations in which some of them started to participate. Finally, the fourth chapter presents the actors (individuals and organizations), practices (marches; confrontation; use of symbols and performances; collaborative media, personalized content and social media; assemblies) and grammars (horizontality; acceleration; public space occupation; nationalism), with their confluences and tensions. It is, therefore, possible to note that there are approximations that allow broad conceptual formulations to comprehend June 2013’s common meanings, and some distancing that take to the need to put in evidence the conflicts regarding the event.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência PolíticaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICACiência políticaMovimentos de protestosAção coletivaJunho de 2013Ciclo global de protestosAção coletivaBrasil contemporâneoEsquerdaDireitaJunho de 2013: atores, práticas e gramáticas nos protestos em Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Junho de 2013_Letícia Birchal Domingues.pdfDissertação_Junho de 2013_Letícia Birchal Domingues.pdfAbertoapplication/pdf1791956https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30890/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Junho%20de%202013_Let%c3%adcia%20Birchal%20Domingues.pdf6349532b32e84e8bb504b116263bb13dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30890/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTDissertação_Junho de 2013_Letícia Birchal Domingues.pdf.txtDissertação_Junho de 2013_Letícia Birchal Domingues.pdf.txtExtracted texttext/plain566622https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30890/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Junho%20de%202013_Let%c3%adcia%20Birchal%20Domingues.pdf.txt7cba6cc2540f46afdcb79493da8eb11fMD531843/308902019-11-14 12:45:51.263oai:repositorio.ufmg.br:1843/30890TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:45:51Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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