Estudo do comportamento mecânico, tribológico e fratura da chapa de aço AISI 430 sob dobramento e estiramento
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/44246 https://orcid.org/0000-0001-8078-587X |
Resumo: | Um dos grandes desafios na área de Conformação de Chapas Metálicas (CCM) é a possibilidade de estampar peças sem que ocorra a falha do material. Tais falhas, muitas das vezes, são referidas como fraturas por cisalhamento e podem ocorrer de forma imprevisível em regiões com pequenos raios de dobramento e pouca estricção aparente em contraste com as fraturas de tração. Isso tem sido uma barreira para que ligas metálicas como os Aços Inoxidáveis Ferríticos (AIF) sejam amplamente utilizadas. Técnicas como critérios de falha, Método dos Elementos Finitos (MEF) e Curva Limite de Conformação (CLC) têm se mostrado ineficazes na previsão da fratura por cisalhamento desta classe de material. Neste contexto, a investigação experimenal é uma ferramenta muito útil. Portanto, o presente trabalho visou investigar o comportamento mecânico, tribológico e fratura da chapa de aço AISI 430 sob a condição de dobramento e estiramento. Para isso, um tribossimulador foi projetado e construído, o que possibilitou executar três diferentes tipos de ensaios de conformabilidade: ensaio de dobramento sob tensão ou BUT (Bending Under Tension), ensaio de tração de tira ou STT (Strip-Tension Test) e ensaio de fratura por tração e dobramento DBF (Draw-Bend Fracture). As principais grandezas mecânicas envolvidas foram medidas durante os ensaios experimentais, como a velocidade e deslocamento da tira metálica, o torque induzido por atrito, as forças atuantes e a variação da temperatura. Além disso, o efeito de outros parâmetros de processo, como raio e rugosidade do pino, direção e microestrutura da tira, alongamento relativo e condição de lubrificação também foram avaliados nos grupos de ensaios propostos. Os resultados do grupo 1 mostraram que os coeficientes de atrito medidos com o uso do tribossimulador apresentaram repetibilidade satisfatória e, que os valores apresentados pela tira de aço AISI 430 foram maiores no ensaio BUT e menores no STT em comparação ao aço AISI 304. Os resultados do grupo 2 mostraram que a rugosidade da ferramenta, alongamento relativo, direção de ensaio e condição de lubrificação influenciaram sintomaticamente no comportamento mecânico e tribológico da tira de aço AISI 430. A maior capacidade de deformação plana e o efeito do estriameto contribuíram para o aumento do coeficiente de atrito. Os resultados do grupo 3 revelaram que a fratura se desloca e, ao mesmo tempo, seu aspecto morfológico muda à medida que o raio de dobramento aumenta. Além disso, a deformação limite de fratura na superfície externa, na espessura e o estiramento da parede também aumentaram com o aumento do raio de dobramento, enquanto que a temperatura diminuiu e o coeficiente de atrito mudou seu comportamento a partir de uma relação raio/espessura crítica. A análise de variância indicou que a fratura por cisalhamento ocorre para raios menores, enquanto a fratura por tração para raios maiores. |
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Técnicas como critérios de falha, Método dos Elementos Finitos (MEF) e Curva Limite de Conformação (CLC) têm se mostrado ineficazes na previsão da fratura por cisalhamento desta classe de material. Neste contexto, a investigação experimenal é uma ferramenta muito útil. Portanto, o presente trabalho visou investigar o comportamento mecânico, tribológico e fratura da chapa de aço AISI 430 sob a condição de dobramento e estiramento. Para isso, um tribossimulador foi projetado e construído, o que possibilitou executar três diferentes tipos de ensaios de conformabilidade: ensaio de dobramento sob tensão ou BUT (Bending Under Tension), ensaio de tração de tira ou STT (Strip-Tension Test) e ensaio de fratura por tração e dobramento DBF (Draw-Bend Fracture). As principais grandezas mecânicas envolvidas foram medidas durante os ensaios experimentais, como a velocidade e deslocamento da tira metálica, o torque induzido por atrito, as forças atuantes e a variação da temperatura. Além disso, o efeito de outros parâmetros de processo, como raio e rugosidade do pino, direção e microestrutura da tira, alongamento relativo e condição de lubrificação também foram avaliados nos grupos de ensaios propostos. Os resultados do grupo 1 mostraram que os coeficientes de atrito medidos com o uso do tribossimulador apresentaram repetibilidade satisfatória e, que os valores apresentados pela tira de aço AISI 430 foram maiores no ensaio BUT e menores no STT em comparação ao aço AISI 304. Os resultados do grupo 2 mostraram que a rugosidade da ferramenta, alongamento relativo, direção de ensaio e condição de lubrificação influenciaram sintomaticamente no comportamento mecânico e tribológico da tira de aço AISI 430. A maior capacidade de deformação plana e o efeito do estriameto contribuíram para o aumento do coeficiente de atrito. Os resultados do grupo 3 revelaram que a fratura se desloca e, ao mesmo tempo, seu aspecto morfológico muda à medida que o raio de dobramento aumenta. Além disso, a deformação limite de fratura na superfície externa, na espessura e o estiramento da parede também aumentaram com o aumento do raio de dobramento, enquanto que a temperatura diminuiu e o coeficiente de atrito mudou seu comportamento a partir de uma relação raio/espessura crítica. A análise de variância indicou que a fratura por cisalhamento ocorre para raios menores, enquanto a fratura por tração para raios maiores.One of the great challenges in the Sheet Metal Forming (SMF) area is the possibility of stamping parts without material failure. Such failures are often referred to as shear fractures and can occur unpredictably in regions with small bending radii and little apparent necking in contrast to tensile fractures. This has been a barrier for metal alloys such as Ferritic Stainless Steels (AIF) to be widely used. Techniques such as failure criteria, Finite Element Method (FEM) and Conformation Limit Curve (CLC) have been shown to be ineffective in predicting the shear fracture of this class of material. In this context, experimental research is a very useful tool. Therefore, the present work aimed to investigate the mechanical, tribological and fracture behavior of AISI 430 steel sheet under the bending and stretching condition. For this, a tribo-simulator was designed and built, which made it possible to perform three different types of conformability tests: Bending Under Tension test (BUT), Strip-Tension Test (STT) and Draw-Bend-Fracture (DBF). The main mechanical quantities involved were measured during the experimental tests, such as the speed and displacement of the metallic strip, the torque induced by friction, the acting forces and the temperature variation. In addition, the effect of other process parameters, such as pin radius and roughness, strip direction and microstructure, relative elongation and lubrication condition were also evaluated in the proposed test groups. The results of group 2 showed that the tool roughness, relative elongation, test direction and lubrication condition symptomatically influenced the mechanical and tribological behavior of the AISI 430 steel strip. The greater capacity of plane-strain and strip ridging contributed to the increase of the coefficient of friction. The results of group 3 revealed that the fracture site moves and, at the same time, the morphological aspect changes as the radius of curvature increases. In addition, the fracture limit strain on the outer surface, thickness and wall stretch also increased with increasing bending radius, while temperature decreased and the friction coefficient changed its behavior from a critical radius/thickness ratio. The analysis of variance confirmed that the shear fracture occurs for smaller radii, while the tensile fracture for larger radii.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Engenharia MecanicaUFMGBrasilENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICAPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrIntEngenharia mecânicaChapas de metalFraturasCisalhamentoAçoConformação de chapas metálicasComportamento mecânicoFratura por cisalhamentoTribossimuladorEnsaios de conformabilidadeAço AISI 430Estudo do comportamento mecânico, tribológico e fratura da chapa de aço AISI 430 sob dobramento e estiramentoStudy of the mechanical, tribological behavior and fracture of AISI 430 steel sheet under bending and stretchinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTeseEngMec-Valmir Dias Luiz-v.final.pdfTeseEngMec-Valmir Dias Luiz-v.final.pdfapplication/pdf10270878https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44246/1/TeseEngMec-Valmir%20Dias%20Luiz-v.final.pdf9f08cf77b7fd6ecdd5ce38f641388e21MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44246/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/442462022-08-12 15:53:23.516oai:repositorio.ufmg.br:1843/44246TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-08-12T18:53:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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