Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniela Pena Moreira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32517
Resumo: Introdução: Um dos principais tratamentos para o câncer é a quimioterapia antineoplásica (QT), responsável por vários efeitos colaterais. Tais efeitos podem causar perdas na qualidade de vida (QV) dos pacientes e atrasar o tratamento. Objetivo: Avaliar a QV de pacientes com câncer em tratamento com QT antineoplásica em hospitais de Belo Horizonte no primeiro e no segundo ciclo do tratamento. Metodologia: Estudo longitudinal, prospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram incluídos 230 pacientes com diagnóstico de câncer de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e cabeça e pescoço, com 18 anos ou mais e que estavam iniciando tratamento com QT pela primeira vez. Para a coleta de dados sociodemográficos e clínicos, foi utilizado um instrumento elaborado pelos pesquisadores e prontuário dos pacientes. Para avaliar a QV foi aplicado o EORTC QLQ-C30 versão 3.0 em dois momentos. A distribuição dos escores do QLQ-C30 não foi considerada normal (teste de Shapiro-Wilk). O teste pareado de Wilcoxon foi usado para identificar diferenças na QV entre os dois momentos, considerando significativo o p-valor menor que 0,05. Para investigar associações entre as escalas do Estado de Saúde Geral/QV e as variáveis clínicas e sociodemográficas, foi feito regressão linear multivariada com aplicação da técnica bootstrap com 2.000 repetições. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (67,8%), casada (52,2%), com média de idade de 56,1 anos e se autodeclarou de cor parda (61,5%). A maioria dos pacientes no momento do diagnóstico estava com o câncer nos estágios III e IV (73,8%) e com o Índice de Massa Corporal (IMC) ideal (47,6%). Com relação ao tratamento, a média de dias entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 95,9 dias e, apesar de 20,9% dos pacientes possuírem seguro privado de saúde, 94,3% dos custeios do tratamento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde. Com relação aos hábitos de vida, a maioria fumou ou é fumante (55,2%) e bebeu ou bebe (59,5%). Houve mudanças estatisticamente significativas em alguns escores do QLQ-C30 antes e após o início da QT. A função emocional dos pacientes aumentou significativamente, bem como os escores dos sintomas dor, diarreia e náusea e vômito. As variáveis preditoras da mudança da QV após a QT foram estado civil, tipo de câncer e baixo peso. Ser viúvo está associado à melhora da QV, enquanto que ter câncer de colo do útero e o IMC abaixo do ideal à piora da QV. Conclusão: Os efeitos adversos do QT, tais como náuseas, vômitos e diarreia, identificados no estudo, têm impactos importantes na qualidade de vida dos pacientes com câncer. Além disso, foi possível observar que ser viúvo, ter câncer de colo de útero e baixo peso estão associados a mudanças na QV dos pacientes. Avaliar os pacientes em tratamento com QT como um todo e entender como as características individuais podem afetar a QV pode ajudar a identificar quais são os mais vulneráveis ao agravamento da QV
id UFMG_1eff88acc0a6f39072740c7cc29e5735
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/32517
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Mariangela Leal Cherchigliahttp://lattes.cnpq.br/6739544920203518Giovana Paula Rezende Siminohttp://lattes.cnpq.br/0713751476738474Daniela Pena Moreira2020-02-14T13:48:46Z2020-02-14T13:48:46Z2018-12-18http://hdl.handle.net/1843/32517Introdução: Um dos principais tratamentos para o câncer é a quimioterapia antineoplásica (QT), responsável por vários efeitos colaterais. Tais efeitos podem causar perdas na qualidade de vida (QV) dos pacientes e atrasar o tratamento. Objetivo: Avaliar a QV de pacientes com câncer em tratamento com QT antineoplásica em hospitais de Belo Horizonte no primeiro e no segundo ciclo do tratamento. Metodologia: Estudo longitudinal, prospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram incluídos 230 pacientes com diagnóstico de câncer de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e cabeça e pescoço, com 18 anos ou mais e que estavam iniciando tratamento com QT pela primeira vez. Para a coleta de dados sociodemográficos e clínicos, foi utilizado um instrumento elaborado pelos pesquisadores e prontuário dos pacientes. Para avaliar a QV foi aplicado o EORTC QLQ-C30 versão 3.0 em dois momentos. A distribuição dos escores do QLQ-C30 não foi considerada normal (teste de Shapiro-Wilk). O teste pareado de Wilcoxon foi usado para identificar diferenças na QV entre os dois momentos, considerando significativo o p-valor menor que 0,05. Para investigar associações entre as escalas do Estado de Saúde Geral/QV e as variáveis clínicas e sociodemográficas, foi feito regressão linear multivariada com aplicação da técnica bootstrap com 2.000 repetições. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (67,8%), casada (52,2%), com média de idade de 56,1 anos e se autodeclarou de cor parda (61,5%). A maioria dos pacientes no momento do diagnóstico estava com o câncer nos estágios III e IV (73,8%) e com o Índice de Massa Corporal (IMC) ideal (47,6%). Com relação ao tratamento, a média de dias entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 95,9 dias e, apesar de 20,9% dos pacientes possuírem seguro privado de saúde, 94,3% dos custeios do tratamento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde. Com relação aos hábitos de vida, a maioria fumou ou é fumante (55,2%) e bebeu ou bebe (59,5%). Houve mudanças estatisticamente significativas em alguns escores do QLQ-C30 antes e após o início da QT. A função emocional dos pacientes aumentou significativamente, bem como os escores dos sintomas dor, diarreia e náusea e vômito. As variáveis preditoras da mudança da QV após a QT foram estado civil, tipo de câncer e baixo peso. Ser viúvo está associado à melhora da QV, enquanto que ter câncer de colo do útero e o IMC abaixo do ideal à piora da QV. Conclusão: Os efeitos adversos do QT, tais como náuseas, vômitos e diarreia, identificados no estudo, têm impactos importantes na qualidade de vida dos pacientes com câncer. Além disso, foi possível observar que ser viúvo, ter câncer de colo de útero e baixo peso estão associados a mudanças na QV dos pacientes. Avaliar os pacientes em tratamento com QT como um todo e entender como as características individuais podem afetar a QV pode ajudar a identificar quais são os mais vulneráveis ao agravamento da QVporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessNeoplasiasQualidade de VidaCitotoxinasTratamento FarmacológicoPerfil de SaúdeNeoplasiaQualidade de vidaTratamento farmacológicoQuimioterapia citotóxicaPerfil de saúdeQualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Daniela_Pena_PDF.pdfDissertação_Daniela_Pena_PDF.pdfapplication/pdf1572302https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Daniela_Pena_PDF.pdfb64b6c42c54175bcb9e6adde0ac65c74MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertação_Daniela_Pena_PDF.pdf.txtDissertação_Daniela_Pena_PDF.pdf.txtExtracted texttext/plain127573https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Daniela_Pena_PDF.pdf.txt87ef6521128443494d8f8729577a878aMD541843/325172020-02-15 03:46:53.078oai:repositorio.ufmg.br:1843/32517TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-02-15T06:46:53Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
title Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
spellingShingle Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
Daniela Pena Moreira
Neoplasia
Qualidade de vida
Tratamento farmacológico
Quimioterapia citotóxica
Perfil de saúde
Neoplasias
Qualidade de Vida
Citotoxinas
Tratamento Farmacológico
Perfil de Saúde
title_short Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
title_full Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
title_fullStr Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
title_full_unstemmed Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
title_sort Qualidade de vida de pacientes com câncer em quimioterapia em hospitais de Belo Horizonte
author Daniela Pena Moreira
author_facet Daniela Pena Moreira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Mariangela Leal Cherchiglia
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6739544920203518
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Giovana Paula Rezende Simino
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0713751476738474
dc.contributor.author.fl_str_mv Daniela Pena Moreira
contributor_str_mv Mariangela Leal Cherchiglia
Giovana Paula Rezende Simino
dc.subject.por.fl_str_mv Neoplasia
Qualidade de vida
Tratamento farmacológico
Quimioterapia citotóxica
Perfil de saúde
topic Neoplasia
Qualidade de vida
Tratamento farmacológico
Quimioterapia citotóxica
Perfil de saúde
Neoplasias
Qualidade de Vida
Citotoxinas
Tratamento Farmacológico
Perfil de Saúde
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Neoplasias
Qualidade de Vida
Citotoxinas
Tratamento Farmacológico
Perfil de Saúde
description Introdução: Um dos principais tratamentos para o câncer é a quimioterapia antineoplásica (QT), responsável por vários efeitos colaterais. Tais efeitos podem causar perdas na qualidade de vida (QV) dos pacientes e atrasar o tratamento. Objetivo: Avaliar a QV de pacientes com câncer em tratamento com QT antineoplásica em hospitais de Belo Horizonte no primeiro e no segundo ciclo do tratamento. Metodologia: Estudo longitudinal, prospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram incluídos 230 pacientes com diagnóstico de câncer de mama, cólon e reto, colo do útero, pulmão e cabeça e pescoço, com 18 anos ou mais e que estavam iniciando tratamento com QT pela primeira vez. Para a coleta de dados sociodemográficos e clínicos, foi utilizado um instrumento elaborado pelos pesquisadores e prontuário dos pacientes. Para avaliar a QV foi aplicado o EORTC QLQ-C30 versão 3.0 em dois momentos. A distribuição dos escores do QLQ-C30 não foi considerada normal (teste de Shapiro-Wilk). O teste pareado de Wilcoxon foi usado para identificar diferenças na QV entre os dois momentos, considerando significativo o p-valor menor que 0,05. Para investigar associações entre as escalas do Estado de Saúde Geral/QV e as variáveis clínicas e sociodemográficas, foi feito regressão linear multivariada com aplicação da técnica bootstrap com 2.000 repetições. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo feminino (67,8%), casada (52,2%), com média de idade de 56,1 anos e se autodeclarou de cor parda (61,5%). A maioria dos pacientes no momento do diagnóstico estava com o câncer nos estágios III e IV (73,8%) e com o Índice de Massa Corporal (IMC) ideal (47,6%). Com relação ao tratamento, a média de dias entre o diagnóstico e o início do tratamento foi de 95,9 dias e, apesar de 20,9% dos pacientes possuírem seguro privado de saúde, 94,3% dos custeios do tratamento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde. Com relação aos hábitos de vida, a maioria fumou ou é fumante (55,2%) e bebeu ou bebe (59,5%). Houve mudanças estatisticamente significativas em alguns escores do QLQ-C30 antes e após o início da QT. A função emocional dos pacientes aumentou significativamente, bem como os escores dos sintomas dor, diarreia e náusea e vômito. As variáveis preditoras da mudança da QV após a QT foram estado civil, tipo de câncer e baixo peso. Ser viúvo está associado à melhora da QV, enquanto que ter câncer de colo do útero e o IMC abaixo do ideal à piora da QV. Conclusão: Os efeitos adversos do QT, tais como náuseas, vômitos e diarreia, identificados no estudo, têm impactos importantes na qualidade de vida dos pacientes com câncer. Além disso, foi possível observar que ser viúvo, ter câncer de colo de útero e baixo peso estão associados a mudanças na QV dos pacientes. Avaliar os pacientes em tratamento com QT como um todo e entender como as características individuais podem afetar a QV pode ajudar a identificar quais são os mais vulneráveis ao agravamento da QV
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-12-18
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-02-14T13:48:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-02-14T13:48:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/32517
url http://hdl.handle.net/1843/32517
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Daniela_Pena_PDF.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/3/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32517/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Daniela_Pena_PDF.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b64b6c42c54175bcb9e6adde0ac65c74
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
87ef6521128443494d8f8729577a878a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797970996171374592