Parâmetros biológicos de Amblyomma sculptum alimentados em diferentes linhagens de camundongos e desenvolvimento de resposta imune antissaliva
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/43023 |
Resumo: | Amblyomma sculptum, carrapato da família Ixodidae, possui como principais hospedeiros os equinos, as capivaras e as antas. Estes hospedeiros não desenvolvem uma imunidade efetiva contra o carrapato e podem apresentar altas cargas parasitárias. Tendo em vista a necessidade de desenvolvimento de novas formas de combate aos carrapatos, a manutenção de colônias de A. sculptum em laboratório com uma quantidade suficiente de espécimes para a realização de experimentos é essencial. Entretanto, o uso de camundongos para a manutenção de colônias de A. sculptum ainda é pouco descrito na literatura. No presente estudo, o objetivo principal foi descrever os parâmetros biológicos do carrapato A. sculptum alimentado em diferentes linhagens de camundongos e avaliar o desenvolvimento de resposta imune pelos hospedeiros. Para isso, a alimentação de A. sculptum foi feita em camundongos C57BL/6, Swiss, BALB/c e BALB/c knockout para o receptor ST2 (kST2). Ninfas do carrapato-estrela também foram alimentadas em diferentes densidades parasitárias e em sucessivas infestações. O sangue de camundongos infestados foi coletado para avaliação de anticorpos. Os resultados mostraram que camundongos das linhagens BALB/c, C57BL/6 e Swiss podem ser utilizados para manter uma colônia de larvas e ninfas de A. sculptum em laboratório. Entretanto, as ninfas alimentadas em camundongos Swiss apresentaram peso após alimentação menor, 13,1 ± 4,3 mg, e tempo médio de muda maior, 17,1 ± 1,4 dias. As ninfas alimentadas em camundongos BALB/c knockout para o receptor ST2 (kST2) realizaram o repasto sanguíneo com eficiência semelhante às ninfas alimentadas em camundongos BALB/c. Porém, demoraram mais tempo para se alimentarem, 5,3 ± 1,4 dias. Ninfas de A. sculptum foram mais eficientes quando alimentadas em densidades parasitárias de 10 ninfas/camundongo. Quando cinco ninfas foram alimentadas no mesmo local no camundongo, o peso após a alimentação foi significativamente menor, 12,9 ± 5,3 mg em camundongos BALB/c e 12,9 ± 3,9 mg em camundongos kST2. As ninfas realizaram com sucesso a hematofagia nas três infestações sucessivas em camundongos BALB/c, kST2 e Swiss demonstrando que esses camundongos não desenvolveram uma resistência adquirida. O tempo de alimentação foi maior quando ninfas alimentaram em camundongos das linhagens BALB/c e kST2 previamente infestados por carrapatos, 7,5 ± 1,0 e 6,5 ± 1,3 dias, respectivamente. Já na linhagem Swiss, o tempo de alimentação e o tempo de muda foram menores, 4,7 ± 1,2 e 14,3 ± 0,4 dias, respectivamente. O soro dos camundongos Swiss parasitados apresentou anticorpos antissaliva crescentes após uma terceira infestação. Os anticorpos presentes no soro dos camundongos Swiss reconheceram, através de Western Blot, moléculas do extrato de glândula e da saliva do carrapato, essa última representada por duas bandas, o que indica que a saliva tem poucas proteínas imunogênicas. Nosso trabalho mostrou que camundongos são bons hospedeiros para o carrapato A. sculptum, podendo ser usados por até três infestações sem desenvolverem imunidade efetiva contra o parasitismo. |
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Ricardo Nascimento Araújohttp://lattes.cnpq.br/2314553248279720Gabriel Cerqueira Alves CostaJúlia Angélica Gonçalves da Silveirahttp://lattes.cnpq.br/2812529890647467Izabela Cosso Tavares Ribeiro2022-07-07T14:52:45Z2022-07-07T14:52:45Z2021-04-20http://hdl.handle.net/1843/43023Amblyomma sculptum, carrapato da família Ixodidae, possui como principais hospedeiros os equinos, as capivaras e as antas. Estes hospedeiros não desenvolvem uma imunidade efetiva contra o carrapato e podem apresentar altas cargas parasitárias. Tendo em vista a necessidade de desenvolvimento de novas formas de combate aos carrapatos, a manutenção de colônias de A. sculptum em laboratório com uma quantidade suficiente de espécimes para a realização de experimentos é essencial. Entretanto, o uso de camundongos para a manutenção de colônias de A. sculptum ainda é pouco descrito na literatura. No presente estudo, o objetivo principal foi descrever os parâmetros biológicos do carrapato A. sculptum alimentado em diferentes linhagens de camundongos e avaliar o desenvolvimento de resposta imune pelos hospedeiros. Para isso, a alimentação de A. sculptum foi feita em camundongos C57BL/6, Swiss, BALB/c e BALB/c knockout para o receptor ST2 (kST2). Ninfas do carrapato-estrela também foram alimentadas em diferentes densidades parasitárias e em sucessivas infestações. O sangue de camundongos infestados foi coletado para avaliação de anticorpos. Os resultados mostraram que camundongos das linhagens BALB/c, C57BL/6 e Swiss podem ser utilizados para manter uma colônia de larvas e ninfas de A. sculptum em laboratório. Entretanto, as ninfas alimentadas em camundongos Swiss apresentaram peso após alimentação menor, 13,1 ± 4,3 mg, e tempo médio de muda maior, 17,1 ± 1,4 dias. 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Já na linhagem Swiss, o tempo de alimentação e o tempo de muda foram menores, 4,7 ± 1,2 e 14,3 ± 0,4 dias, respectivamente. O soro dos camundongos Swiss parasitados apresentou anticorpos antissaliva crescentes após uma terceira infestação. Os anticorpos presentes no soro dos camundongos Swiss reconheceram, através de Western Blot, moléculas do extrato de glândula e da saliva do carrapato, essa última representada por duas bandas, o que indica que a saliva tem poucas proteínas imunogênicas. Nosso trabalho mostrou que camundongos são bons hospedeiros para o carrapato A. sculptum, podendo ser usados por até três infestações sem desenvolverem imunidade efetiva contra o parasitismo.Amblyomma sculptum, a tick of the family Ixodidae, has as main hosts equines, capybaras, and tapirs. These hosts do not develop effective immunity against the tick and may have high parasitic loads. Because of the need to develop new ways of combating ticks, the maintenance of A. sculptum colony in the laboratory with a sufficient number of specimens to carry out experiments is essential. However, the use of mice for the maintenance of A. sculptum colonies is still poorly described in the literature. In the present study, the main objective was to describe the biological parameters of the tick A. sculptum fed on different strains of mice and to evaluate the development of immune response by the hosts. For this, A. sculptum was fed on C57BL/6, Swiss, BALB/c, and BALB/c knockout mice for the ST2 (kST2) receptor. Star tick nymphs were also fed at different parasitic densities and successive infestations. Blood from infested mice was collected for antibody assessment. The results showed that BALB/c, C57BL/6, and Swiss mice can be used to maintain a colony of A. sculptum larvae and nymphs in the laboratory. However, nymphs fed on Swiss mice had lower weight after feeding, 13.1 ± 4.3 mg, and longer mean molting time, 17.1 ± 1.4 days. Nymphs fed on BALB/c knockout mice to the ST2 receptor (kST2) performed blood meal with efficiency similar to nymphs fed on BALB/c mice. However, they took longer to feed, 5.3 ± 1.4 days. A. sculptum nymphs were more efficient when fed at parasitic densities of 10 nymphs/mice. When five nymphs were fed at the same location in the mouse, the weight after feeding was significantly lower, 12.9 ± 5.3 mg in BALB/c mice and 12.9 ± 3.9 mg in kST2 mice. The nymphs successfully performed hematophagy on the three successive infestations in BALB/c, kST2, and Swiss mice demonstrating that these mice did not develop acquired resistance. Feeding time was longer when nymphs fed on mice of the BALB/c and kST2 strains previously infested with ticks, 7.5 ± 1.0 and 6.5 ± 1.3 days, respectively. In the Swiss line, the feeding time and the seedling time were shorter, 4.7 ± 1.2 and 14.3 ± 0.4 days, respectively. The serum of the parasitized Swiss mice showed increasing antisaliva antibodies after a third infestation. The antibodies present in the serum of Swiss mice recognized, through Western Blot, molecules of the gland extract and the saliva of the tick, the latter represented by two bands, which indicates that the saliva has few immunogenic proteins. Our work showed that mice are good hosts for the A. sculptum tick, which can be used for up to three infestations without developing effective immunity against the parasitism.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ParasitologiaUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASParasitologiaIxodidaeInfestações por CarrapatoCamundongosImunidadeCarrapato-estrelaHematofagiaInfestaçõesCamundongosImunidadeParâmetros biológicos de Amblyomma sculptum alimentados em diferentes linhagens de camundongos e desenvolvimento de resposta imune antissalivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Mestrado Izabela Cosso Oficial Real Final.pdfDissertação Mestrado Izabela Cosso Oficial Real Final.pdfapplication/pdf1708470https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43023/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Mestrado%20Izabela%20Cosso%20Oficial%20Real%20Final.pdfaa1f5a259d319cca7be5ffe315c3b89fMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43023/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/430232022-07-07 11:52:45.572oai:repositorio.ufmg.br:1843/43023TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-07T14:52:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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