Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iara Veloso Rodrigues
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-AQRLV2
Resumo: Caryocar brasiliense Camb. (Caryocaraceae), pequizeiro, é uma espécie arbórea com ampla distribuição no Cerrado. Os seus frutos são largamente coletados para alimentação humana, indústria farmacêutica e de cosméticos. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar aspectos biométricos, anatômicos e fisiológicos do desenvolvimento de frutos e sementes de C. brasiliense, bem como, avaliar o efeito dos tratamentos de superação de dormência sobre a qualidade fisiológica de suas sementes. No primeiro trabalho, ao longo do desenvolvimento do fruto, foram realizadas avaliações biométricas no pericarpo e na semente e avaliações anatômicas, histoquímicas, ultraestruturais e cultivo in vitro e ex vitro dos embriões. No segundo, foram avaliadas a germinabilidade, emergência de plântulas, IVE e mortalidade de sementes, em pirênios recém-dispersos (controle), tratados com GA3 (375 mg/L), armazenados por 30 dias e por 120 dias. Além disso, foi quantificado o malondialdeído (MDA) de sementes recém-dispersas e armazenadas por 30, 120 e 480 dias. O desenvolvimento do fruto ocorreu em cerca de 90 dias e foi caracterizado por três fases: i) histodiferenciação ii) maturação do endocarpo; iii) maturação do mesocarpo e da semente. O endocarpo aculeado atingiu a maturidade precocemente, atuando como estrutura protetora do embrião. O mesocarpo e a semente apresentaram conteúdo de matéria seca crescente ao longo do desenvolvimento do fruto. Embriões apresentaram alto grau de diferenciação (primórdios foliares e feixes vasculares) e capacidade germinativa precocemente, aos 40 dias após a antese (DAA). O início da deposição de reservas embrionárias coincidiu com a aquisição de tolerância à desidratação, alcançada próximo aos 50 dias DAA. A pronunciada dormência seminal esteve relacionada aos tecidos adjacentes ao embrião. O armazenamento e o tratamento com GA3 foram eficientes na superação da dormência e na promoção da germinação, porém aumentaram a deterioração das sementes. As sementes recém-dispersas (controle) apresentaram, inicialmente, uma germinação e emergência mais baixa, seguida de uma estabilização (entre maio e agosto), retomando a emergência com aumento da temperatura do ambiente. Um maior tempo de armazenamento de pirênios (120 dias) geraram altos índices de deterioração das sementes e baixa emergência; provavelmente em decorrência da elevação da produção de espécies reativas a oxigênio, verificado pelo aumento de MDA.
id UFMG_200ae3dad374f2433405b36b4b593f48
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-AQRLV2
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Paulo Sergio Nascimento LopesLeonardo Monteiro RibeiroHellen Cássia Mazzottini dos SantosMarlon Cristian Toledo PereiraCristina de Paula Santos MartinsIara Veloso Rodrigues2019-08-09T19:25:25Z2019-08-09T19:25:25Z2017-06-02http://hdl.handle.net/1843/NCAP-AQRLV2Caryocar brasiliense Camb. (Caryocaraceae), pequizeiro, é uma espécie arbórea com ampla distribuição no Cerrado. Os seus frutos são largamente coletados para alimentação humana, indústria farmacêutica e de cosméticos. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar aspectos biométricos, anatômicos e fisiológicos do desenvolvimento de frutos e sementes de C. brasiliense, bem como, avaliar o efeito dos tratamentos de superação de dormência sobre a qualidade fisiológica de suas sementes. No primeiro trabalho, ao longo do desenvolvimento do fruto, foram realizadas avaliações biométricas no pericarpo e na semente e avaliações anatômicas, histoquímicas, ultraestruturais e cultivo in vitro e ex vitro dos embriões. No segundo, foram avaliadas a germinabilidade, emergência de plântulas, IVE e mortalidade de sementes, em pirênios recém-dispersos (controle), tratados com GA3 (375 mg/L), armazenados por 30 dias e por 120 dias. Além disso, foi quantificado o malondialdeído (MDA) de sementes recém-dispersas e armazenadas por 30, 120 e 480 dias. O desenvolvimento do fruto ocorreu em cerca de 90 dias e foi caracterizado por três fases: i) histodiferenciação ii) maturação do endocarpo; iii) maturação do mesocarpo e da semente. O endocarpo aculeado atingiu a maturidade precocemente, atuando como estrutura protetora do embrião. O mesocarpo e a semente apresentaram conteúdo de matéria seca crescente ao longo do desenvolvimento do fruto. Embriões apresentaram alto grau de diferenciação (primórdios foliares e feixes vasculares) e capacidade germinativa precocemente, aos 40 dias após a antese (DAA). O início da deposição de reservas embrionárias coincidiu com a aquisição de tolerância à desidratação, alcançada próximo aos 50 dias DAA. A pronunciada dormência seminal esteve relacionada aos tecidos adjacentes ao embrião. O armazenamento e o tratamento com GA3 foram eficientes na superação da dormência e na promoção da germinação, porém aumentaram a deterioração das sementes. As sementes recém-dispersas (controle) apresentaram, inicialmente, uma germinação e emergência mais baixa, seguida de uma estabilização (entre maio e agosto), retomando a emergência com aumento da temperatura do ambiente. Um maior tempo de armazenamento de pirênios (120 dias) geraram altos índices de deterioração das sementes e baixa emergência; provavelmente em decorrência da elevação da produção de espécies reativas a oxigênio, verificado pelo aumento de MDA.Caryocar brasiliense Camb. (Caryocaraceae), pequizeiro, is a tree species with wide distribution in the Cerrado. Its fruits are widely collected for human consumption, the pharmaceutical industry and cosmetics. The present work aimed to characterize biometric, anatomical and physiological aspects of the development of fruits and seeds of C. brasiliense, as well as to evaluate the effect of dormancy overcoming treatments on the physiological quality of its seeds. In the first work, during the development of the fruit biometric evaluations were carried out in the pericarp and in the seed and anatomical, histochemical, ultrastructural evaluations and in vitro and ex vitro culture of the embryos. In the second, germinability, seedling emergence, IVE and seed mortality in freshly dispersed (control), treated with GA3 (375 mg/L), stored for 30 days and for 120 days. In addition, malondialdehyde (MDA) was quantified from freshly dispersed seeds and stored for 30, 120 and 480 days. The development of the fruit occurred in about 90 days and was characterized by three phases: i) histodifferentiation; ii) maturation of the endocarp; iii) mesocarp and seed maturation. The acaracled endocarp reached maturity early, acting as the protective structure of the embryo. The mesocarp and the seed presented increased dry matter content along the development of the fruit. Embryos showed a high degree of differentiation (early leaf and vascular bundles) and early germination capacity at 40 days after anthesis (DAA). The beginning of the deposition of embryonic reserves coincided with the acquisition of tolerance to dehydration, reached near the 50 days DAA. The pronounced seminal dormancy was related to the tissues adjacent to the embryo. The storage and treatment with GA3 were efficient in breaking dormancy and promoting germination, but increased the deterioration of seeds. The newly dispersed seeds (control) initially presented a lower germination and emergence, followed by a stabilization (between May and August), resuming the emergence with increasing ambient temperature. A longer time of storage of the pyrenes (120 days) generated high rates of seed deterioration and low emergence; probably due to the increase in the production of reactive oxygen species, verified by the increase of MDA.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGProdução vegetalGerminabilidadeTolerância à dessecaçãoCaryocar brasilienseDeterioraçãoEstrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALiara_veloso_rodrigues.pdfapplication/pdf2347254https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-AQRLV2/1/iara_veloso_rodrigues.pdff14460d2115d3950d5c08b190e00b3c9MD51TEXTiara_veloso_rodrigues.pdf.txtiara_veloso_rodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain140586https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-AQRLV2/2/iara_veloso_rodrigues.pdf.txtf256871b104c809a0e82ac60fd160f71MD521843/NCAP-AQRLV22019-11-14 04:19:35.567oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-AQRLV2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:19:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
title Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
spellingShingle Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
Iara Veloso Rodrigues
Germinabilidade
Tolerância à dessecação
Caryocar brasiliense
Deterioração
Produção vegetal
title_short Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
title_full Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
title_fullStr Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
title_full_unstemmed Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
title_sort Estrutura e germinação de sementes de pequizeiro antes e após a dispersão
author Iara Veloso Rodrigues
author_facet Iara Veloso Rodrigues
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Paulo Sergio Nascimento Lopes
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Leonardo Monteiro Ribeiro
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Hellen Cássia Mazzottini dos Santos
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marlon Cristian Toledo Pereira
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Cristina de Paula Santos Martins
dc.contributor.author.fl_str_mv Iara Veloso Rodrigues
contributor_str_mv Paulo Sergio Nascimento Lopes
Leonardo Monteiro Ribeiro
Hellen Cássia Mazzottini dos Santos
Marlon Cristian Toledo Pereira
Cristina de Paula Santos Martins
dc.subject.por.fl_str_mv Germinabilidade
Tolerância à dessecação
Caryocar brasiliense
Deterioração
topic Germinabilidade
Tolerância à dessecação
Caryocar brasiliense
Deterioração
Produção vegetal
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Produção vegetal
description Caryocar brasiliense Camb. (Caryocaraceae), pequizeiro, é uma espécie arbórea com ampla distribuição no Cerrado. Os seus frutos são largamente coletados para alimentação humana, indústria farmacêutica e de cosméticos. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar aspectos biométricos, anatômicos e fisiológicos do desenvolvimento de frutos e sementes de C. brasiliense, bem como, avaliar o efeito dos tratamentos de superação de dormência sobre a qualidade fisiológica de suas sementes. No primeiro trabalho, ao longo do desenvolvimento do fruto, foram realizadas avaliações biométricas no pericarpo e na semente e avaliações anatômicas, histoquímicas, ultraestruturais e cultivo in vitro e ex vitro dos embriões. No segundo, foram avaliadas a germinabilidade, emergência de plântulas, IVE e mortalidade de sementes, em pirênios recém-dispersos (controle), tratados com GA3 (375 mg/L), armazenados por 30 dias e por 120 dias. Além disso, foi quantificado o malondialdeído (MDA) de sementes recém-dispersas e armazenadas por 30, 120 e 480 dias. O desenvolvimento do fruto ocorreu em cerca de 90 dias e foi caracterizado por três fases: i) histodiferenciação ii) maturação do endocarpo; iii) maturação do mesocarpo e da semente. O endocarpo aculeado atingiu a maturidade precocemente, atuando como estrutura protetora do embrião. O mesocarpo e a semente apresentaram conteúdo de matéria seca crescente ao longo do desenvolvimento do fruto. Embriões apresentaram alto grau de diferenciação (primórdios foliares e feixes vasculares) e capacidade germinativa precocemente, aos 40 dias após a antese (DAA). O início da deposição de reservas embrionárias coincidiu com a aquisição de tolerância à desidratação, alcançada próximo aos 50 dias DAA. A pronunciada dormência seminal esteve relacionada aos tecidos adjacentes ao embrião. O armazenamento e o tratamento com GA3 foram eficientes na superação da dormência e na promoção da germinação, porém aumentaram a deterioração das sementes. As sementes recém-dispersas (controle) apresentaram, inicialmente, uma germinação e emergência mais baixa, seguida de uma estabilização (entre maio e agosto), retomando a emergência com aumento da temperatura do ambiente. Um maior tempo de armazenamento de pirênios (120 dias) geraram altos índices de deterioração das sementes e baixa emergência; provavelmente em decorrência da elevação da produção de espécies reativas a oxigênio, verificado pelo aumento de MDA.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-06-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-09T19:25:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-09T19:25:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/NCAP-AQRLV2
url http://hdl.handle.net/1843/NCAP-AQRLV2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-AQRLV2/1/iara_veloso_rodrigues.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-AQRLV2/2/iara_veloso_rodrigues.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv f14460d2115d3950d5c08b190e00b3c9
f256871b104c809a0e82ac60fd160f71
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589168422453248