O espaço da política e as políticas do espaço: tensões entre o programa de urbanização de favelas "Vila Viva" e as práticas cotidianas no Aglomerado da Serra em Belo Horizonte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MPBB-85EPTB |
Resumo: | A Pesquisa tem como foco principal a discusssão sobre as intervenções urbanas das politicas públicas e sua relação com o cotidiano das pessoas. Como são consideradas as ações cotidianas nestas intervenções e como as práticas cotidianas a recontroem? Como o direito à cidade, o direito à prática da cidade, estão considerados nestas propostas?A questão central foi pensar as práticas cotidianas, ou mais ainda, a vivência do espaço, como :possibilidade de emancipação e participação na construção de nossas cidades, entendendo a politica não apenas como um percurso para construção de consensos, mas como a renovada experiência de confrontação de desentendimentos (Ranciere: 1996): Extrapolando a proposta de institucionalização de espaços participativos na estrutura ,do Estado, na tentativa de possibilitar maior interlocução com a sociedade civil (o espaço da política), a percepção da prática cotidiana como uma ação política transfonnadora nos pennite extrapolar a esfera do discurso e da argumentação oral, que é a base destes espaços participativos, para trabalhar com a experiência estética múltipla de vivência dos espaços como uma forma de ação política (as políticas do espaço). O espaço entendido como sendo socialmlmte produzido na tensão entre as representações do espaço (concebido), a prática espacial (percebido) e o espaço de representação (vivido), como proposto na totalidade do espaço de Lefebvre (1993), nos permite extrapolar a determinação a priori por uma concepção atrelada às exigências do modo de produção capitalista, ou do espaço concebido e idealizado (mesmo por vias participativas instituídas), para trabalhar com a subversão, apropriação e uso deste espaço pela prática cotidiana das pessoas, ampliando as possibilidades da política.A pesquisa foi desenvolvida através da avaliação do programa de urbanização de favelas em implantação em Belo Horizonte, o Prçgrama Vila Viva, a partir do qual discutimos como os estereótipos e representlções em relação às favelas estão sendo tratadas nestas proposições. Extrapolando os acordos e decisões firmados nos espaços de participação definidos na estrutura do Programa, com representantes das comunidades participando da aprovação e acompanhamento das intervenções (o espaço da po/ítca), enfocamos a prática cotidiana dos moradores expressas nas formas como constroem se apropriam dos espaços (as políticas do espaço). A partir do enfoque na forma das habitações; trabalhando coma comparação entre as plantas das casas da favela e as plantas dos novos conjuntos implementados pelo Programa, extrapolamos para o espaço urbano e para as intervenções urbanfsticas-ambientais, discutindo como se relacionam com o cotidiano e a prática dos moradores e como, por isso, contribuem (ou não) para a reversão da situação de exclusão destas pessoas. |
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A Pesquisa tem como foco principal a discusssão sobre as intervenções urbanas das politicas públicas e sua relação com o cotidiano das pessoas. Como são consideradas as ações cotidianas nestas intervenções e como as práticas cotidianas a recontroem? Como o direito à cidade, o direito à prática da cidade, estão considerados nestas propostas?A questão central foi pensar as práticas cotidianas, ou mais ainda, a vivência do espaço, como :possibilidade de emancipação e participação na construção de nossas cidades, entendendo a politica não apenas como um percurso para construção de consensos, mas como a renovada experiência de confrontação de desentendimentos (Ranciere: 1996): Extrapolando a proposta de institucionalização de espaços participativos na estrutura ,do Estado, na tentativa de possibilitar maior interlocução com a sociedade civil (o espaço da política), a percepção da prática cotidiana como uma ação política transfonnadora nos pennite extrapolar a esfera do discurso e da argumentação oral, que é a base destes espaços participativos, para trabalhar com a experiência estética múltipla de vivência dos espaços como uma forma de ação política (as políticas do espaço). O espaço entendido como sendo socialmlmte produzido na tensão entre as representações do espaço (concebido), a prática espacial (percebido) e o espaço de representação (vivido), como proposto na totalidade do espaço de Lefebvre (1993), nos permite extrapolar a determinação a priori por uma concepção atrelada às exigências do modo de produção capitalista, ou do espaço concebido e idealizado (mesmo por vias participativas instituídas), para trabalhar com a subversão, apropriação e uso deste espaço pela prática cotidiana das pessoas, ampliando as possibilidades da política.A pesquisa foi desenvolvida através da avaliação do programa de urbanização de favelas em implantação em Belo Horizonte, o Prçgrama Vila Viva, a partir do qual discutimos como os estereótipos e representlções em relação às favelas estão sendo tratadas nestas proposições. Extrapolando os acordos e decisões firmados nos espaços de participação definidos na estrutura do Programa, com representantes das comunidades participando da aprovação e acompanhamento das intervenções (o espaço da po/ítca), enfocamos a prática cotidiana dos moradores expressas nas formas como constroem se apropriam dos espaços (as políticas do espaço). A partir do enfoque na forma das habitações; trabalhando coma comparação entre as plantas das casas da favela e as plantas dos novos conjuntos implementados pelo Programa, extrapolamos para o espaço urbano e para as intervenções urbanfsticas-ambientais, discutindo como se relacionam com o cotidiano e a prática dos moradores e como, por isso, contribuem (ou não) para a reversão da situação de exclusão destas pessoas. |
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