Suicídios nos municípios brasileiros: uma abordagem espacial para dados censurados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Samia Alvarenga
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Marco Antonio Jorge, Pedro Vasconcelos Maia do Amaral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/59615
Resumo: O suicídio é reconhecido internacionalmente como um problema de saúde pública que figura entre as dez causas de mortes mais frequentes entre a população em geral, superando a quantidade de mortes por conflitos armados. No Brasil, seg-undo dados do Sistema de Informações de Mortalidade, para cada suicídio registrado, estima-se que existem mais de 20 tentativas não reportadas. O sub-registro, aliado à raridade e às características inerentes a sua distribuição, torna o fenômeno ainda mais complexo, especialmente no contexto brasileiro, em que as dimensões continentais comportam heterogeneidades socioeconômicas e culturais. No intuito de verificar a in-fluência de fatores socioeconômicos na presença de interações espaciais, utiliza-se um modelo tobit espacialmente defasado aplicado a dados municipais de 2010. A abord-agem empírica adotada representa um importante avanço na literatura, já que, além de considerar a autocorrelação espacial a um nível de agregação que, até então, não era comum às pesquisas a respeito do suicídio, também oferece um tratamento para variáveis censuradas. Os principais resultados corroboram estudos anteriores acerca da influência significativa dos fatores socioeconômicos e confirmam efeitos multiplica-dores espaciais, consistentes com os postulados durkheimianos sobre o efeito-contágio. Portanto, é desejável que políticas públicas para contenção e prevenção do suicídio levem em consideração não só aspectos socioeconômicos e demográficos, como tam-bém a distribuição territorial das ocorrências e a interação espacial existente entre ela
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A abord-agem empírica adotada representa um importante avanço na literatura, já que, além de considerar a autocorrelação espacial a um nível de agregação que, até então, não era comum às pesquisas a respeito do suicídio, também oferece um tratamento para variáveis censuradas. Os principais resultados corroboram estudos anteriores acerca da influência significativa dos fatores socioeconômicos e confirmam efeitos multiplica-dores espaciais, consistentes com os postulados durkheimianos sobre o efeito-contágio. Portanto, é desejável que políticas públicas para contenção e prevenção do suicídio levem em consideração não só aspectos socioeconômicos e demográficos, como tam-bém a distribuição territorial das ocorrências e a interação espacial existente entre elaSuicide is recognized internationally as a public health problem that ranks among the ten most frequent causes of death among the general population, surpassing the number of deaths from armed conflict. In Brazil, according to data from the Mortal-ity Information System, for each registered suicide, it is estimated that there are over twenty attempts not reported. Under-registration, coupled with rarity and the inherent characteristics of its distribution, makes the phenomenon even more complex, especially in the Brazilian context, where the continental dimensions carry socioeconomic and cultural heterogeneities. In order to verify the influence of socioeconomic factors in the presence of spatial interactions, a spatially distributed Tobit model is applied to municipal data of 2010. The empirical approach adopted represents an important advance in the literature, since, besides considering the spatial autocorrelation a level of aggregation that hitherto was not common to those surveyed regarding suicide, also offers a treatment for censored variables. The main results corroborate previous studies about the significant influence of socioeconomic factors and confirm spatial multiplier effects, consistent with the Durkheimian postulates about the contagious effect. Therefore, it is desirable that public policies to contain and prevent suicide take into account not only socioeconomic and demographic aspects, but also the territorial distribution of occurrences and the spatial interaction between them.porUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICASAnálise EconômicaSuicídioMunicipiosEconometriaSuicídioEconometria espacialTobitMunicípios brasileirosSuicídios nos municípios brasileiros: uma abordagem espacial para dados censuradosSuicides in the brazilian municipalities: a spatial approach for censored datainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://seer.ufrgs.br/index.php/AnaliseEconomica/article/view/93655/65027Samia AlvarengaMarco Antonio JorgePedro Vasconcelos Maia do Amaralinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSELicense.txtLicense.txttext/plain; charset=utf-82042https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59615/1/License.txtfa505098d172de0bc8864fc1287ffe22MD51ORIGINALSuicídios nos municípios brasileiros.pdfSuicídios nos municípios brasileiros.pdfapplication/pdf817065https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/59615/2/Suic%c3%addios%20nos%20munic%c3%adpios%20brasileiros.pdf766200e54f970e7fa0bd5a3890e53290MD521843/596152023-10-18 16:49:05.694oai:repositorio.ufmg.br:1843/59615TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBIERPIFJFUE9TSVTvv71SSU8gSU5TVElUVUNJT05BTCBEQSBVRk1HCiAKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50Ye+/ve+/vW8gZGVzdGEgbGljZW7vv71hLCB2b2Pvv70gKG8gYXV0b3IgKGVzKSBvdSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yKSBjb25jZWRlIGFvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8gZXhjbHVzaXZvIGUgaXJyZXZvZ++/vXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0cu+/vW5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mg77+9dWRpbyBvdSB277+9ZGVvLgoKVm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIGNvbmhlY2UgYSBwb2zvv710aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2Pvv70gY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250Ze+/vWRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byBwYXJhIGZpbnMgZGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLgoKVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPvv71waWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFu77+9YSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZh77+977+9by4KClZvY++/vSBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNh77+977+9byDvv70gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9j77+9IHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vu77+9YS4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVw77+9c2l0byBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gbu+/vW8sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd177+9bS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY++/vSBu77+9byBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc++/vW8gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNh77+977+9bywgZSBu77+9byBmYXLvv70gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJh77+977+9bywgYWzvv71tIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7vv71hLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-10-18T19:49:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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