Desertos e pântanos alimentares em uma metrópole brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Olivia Souza Honório
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34486
https://orcid.org/0000-0003-4174-6987
Resumo: Introdução: Os termos “desertos alimentares” e “pântanos alimentares” são terminologias que surgem para classificar o ambiente alimentar, considerando o acesso físico a alimentos e condições socioeconômicas. Os desertos alimentares são caracterizados como vizinhanças socialmente vulneráveis que não têm ou possuem acesso físico limitado aos alimentos saudáveis. Enquanto os pântanos alimentares são vizinhanças em que o acesso físico é facilitado para os alimentos não saudáveis. Objetivo: Descrever o ambiente alimentar comunitário e identificar vizinhanças de desertos e pântanos alimentares em uma metrópole brasileira. Métodos Estudo ecológico, realizado na cidade de Belo Horizonte. As unidades de análises utilizadas foram os setores censitários e buffers circulares de 400, 800 e 4000 metros. As variáveis do ambiente social adotadas foram: renda, número de domicílios, população, alfabetização, raça, disponibilidade de serviços essenciais (fornecimento de água e energia elétrica e a coleta de lixo) e Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS). As variáveis do ambiente alimentar comunitário foram provenientes de duas fontes de dados governamentais. Os estabelecimentos que comercializam alimentos foram classificados como: estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos in natura, estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos ultraprocessados e estabelecimentos mistos. Foram selecionadas quatro metodologias para avaliar os desertos alimentares e pântanos alimentares, considerando a frequência que apareciam na literatura e a possibilidade de reproduzi-las. A análise dos dados foi realizada nos softwares QGIS 2.14.9 e SPSS 15.0. Resultados: Os estabelecimentos mistos e de ultraprocessados foram os mais frequentes na cidade de Belo Horizonte, corresponderam a 42,90% e 46,92% respectivamente e lanchonetes (25,36%) e os restaurantes (24,52%) são os tipos mais frequentes. Aproximadamente 25% dos setores censitários não possuem estabelecimentos que comercializam alimentos e 77,52% não possuem estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos in natura. Ao avaliar a disponibilidade de alimentos estratificada pela renda per capita do setor censitário, verificou-se que os setores de menor renda possuem menor disponibilidade de todos os tipos de estabelecimentos. Na identificação dos desertos alimentares a metodologia proposta pela CAISAN (37,70%) e pelo CDC (39,10%) identificaram mais setores censitários que se enquadravam nesta classificação. Apenas a metodologia proposta pela CAISAN identificou que os desertos alimentares eram mais frequentes em setores de menor renda. Em relação aos pântanos alimentares a metodologia adaptada da CAISAN (58,50%) e a do CDC (66,58%) identificaram um maior percentual de setores que recebiam está classificação. Ao estratificar por renda, a metodologia proposta por Hager e colaboradores identificou que os pântanos alimentares eram mais frequentes em setores de menor renda, as demais metodologias mostraram o inverso. Os setores classificados como desertos alimentares apresentaram piores condições socioeconômicas e pior acesso a serviços essências. Conclusão: O acesso físico aos estabelecimentos que comercializam alimentos não ocorre de maneira homogênea na cidade, sendo que regiões de menores rendas apresentaram pior acesso físico a todos os tipos de estabelecimentos. A metodologia para a identificação de desertos e pântanos alimentares, proposta para a realidade brasileira foi a que apresentou os resultados mais satisfatórios. Além disso, o presente estudo também verificou que domicílios localizados em vizinhanças de desertos alimentares têm piores condições socioeconômicas e disponibilidade de serviços essenciais.
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As unidades de análises utilizadas foram os setores censitários e buffers circulares de 400, 800 e 4000 metros. As variáveis do ambiente social adotadas foram: renda, número de domicílios, população, alfabetização, raça, disponibilidade de serviços essenciais (fornecimento de água e energia elétrica e a coleta de lixo) e Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS). As variáveis do ambiente alimentar comunitário foram provenientes de duas fontes de dados governamentais. Os estabelecimentos que comercializam alimentos foram classificados como: estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos in natura, estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos ultraprocessados e estabelecimentos mistos. Foram selecionadas quatro metodologias para avaliar os desertos alimentares e pântanos alimentares, considerando a frequência que apareciam na literatura e a possibilidade de reproduzi-las. A análise dos dados foi realizada nos softwares QGIS 2.14.9 e SPSS 15.0. Resultados: Os estabelecimentos mistos e de ultraprocessados foram os mais frequentes na cidade de Belo Horizonte, corresponderam a 42,90% e 46,92% respectivamente e lanchonetes (25,36%) e os restaurantes (24,52%) são os tipos mais frequentes. Aproximadamente 25% dos setores censitários não possuem estabelecimentos que comercializam alimentos e 77,52% não possuem estabelecimentos que comercializam predominantemente alimentos in natura. Ao avaliar a disponibilidade de alimentos estratificada pela renda per capita do setor censitário, verificou-se que os setores de menor renda possuem menor disponibilidade de todos os tipos de estabelecimentos. Na identificação dos desertos alimentares a metodologia proposta pela CAISAN (37,70%) e pelo CDC (39,10%) identificaram mais setores censitários que se enquadravam nesta classificação. Apenas a metodologia proposta pela CAISAN identificou que os desertos alimentares eram mais frequentes em setores de menor renda. Em relação aos pântanos alimentares a metodologia adaptada da CAISAN (58,50%) e a do CDC (66,58%) identificaram um maior percentual de setores que recebiam está classificação. Ao estratificar por renda, a metodologia proposta por Hager e colaboradores identificou que os pântanos alimentares eram mais frequentes em setores de menor renda, as demais metodologias mostraram o inverso. Os setores classificados como desertos alimentares apresentaram piores condições socioeconômicas e pior acesso a serviços essências. Conclusão: O acesso físico aos estabelecimentos que comercializam alimentos não ocorre de maneira homogênea na cidade, sendo que regiões de menores rendas apresentaram pior acesso físico a todos os tipos de estabelecimentos. A metodologia para a identificação de desertos e pântanos alimentares, proposta para a realidade brasileira foi a que apresentou os resultados mais satisfatórios. Além disso, o presente estudo também verificou que domicílios localizados em vizinhanças de desertos alimentares têm piores condições socioeconômicas e disponibilidade de serviços essenciais.Introduction: The terms "food desert" and "food swamps"are terminology for classification the food environment, being considerate physical access and socioeconomic condition. Food deserts are characterized as socially vulnerable neighborhoods that lack or have limited physical access to healthy food. Food swamps are neighborhoods where physical access is facilitated for unhealthy foods. Objective: To describe the comunity food envirinmment and identify food deserts and food swamps in a Brazilian metropolis. Metodology: Ecologic study, conducet in Belo Horizonte city. The units of analysis used are census tract and circular buffers of 400, 800 and 4000 metres. The social environment variables aused are: income, number of household, population, literacy, race, availability of essential services (water and electric power supply and garbage collection) and Health Vulnerability Index (HVI). The comunity food environment variables come from two sources of government data. The establishments that sell food are classify into: establishments that sell predominantly in natura food, establishments tht sell predominantly ultra-processed food and mixed establishments. Were selected four metodologys for to evaluate the food deserts and food swamps, consideraded the frequency in the literature and possiblity with possibility to repeat. Used QGIS 2.14.9 and SPSS 15.0 for data analyze. Results: The mixed establishment and establishment sell predominantly ultra-processed food are the most frequently in Belo Horizonte city, represented 42,90% and 46,92% respectively, and snack bar (25,36%) and restaurants (24,52%) are the types most frequently. Approximately 25% of the census tracts don't have estabilishment sell foods and 77,52% don't have estabilishment sell predominatly in natura food. When to evaluate tha food availability stratified for per capita income of census tracts, checked low income censu tracts have little availability all types estabilishments. In the identification of food deserts, the methodology proposed by CAISAN (37.70%) and CDC (39.10%) identified more census sectors that fit this classification. Only the methodology proposed by CAISAN identified that food deserts were more frequent in lower income sectors. In relation to food swamps, the adapted CAISAN methodology (58.50%) and that of the CDC (66.58%) identified a higher percentage of sectors that received this classification. When stratifying by income, the methodology proposed by Hager and collaborators identified that food swamps were more frequent in sectors with lower income, the other methodologies showed the opposite. The sectors classified as food deserts had worse socioeconomic conditions and worse access to essential services. Conclusion: The physical access of establishments sell food does not uniform distribution in the city, the low income areas have worse physical access of the all establishments types. The methodology for to identify food deserts and food swamps porposed to Brazilian reality have the better results. In addition, the present study found tha households localized in food desert have worse socioeconomic conditions and availability of the essential services.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Nutrição e SaúdeUFMGBrasilENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPlanejamento AlimentarConsumo de AlimentosComportamento AlimentarPreferências AlimentaresFatores SocioeconômicosÍndice de Vulnerabilidade SocialAmbiente alimentarDesertos alimentaresPântanos alimentaresDesertos e pântanos alimentares em uma metrópole brasileirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDesertos e pântanos alimentares em uma metrópole brasileira.pdfDesertos e pântanos alimentares em uma metrópole brasileira.pdfapplication/pdf3858233https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34486/1/Desertos%20e%20p%c3%a2ntanos%20alimentares%20em%20uma%20metr%c3%b3pole%20brasileira.pdf2ebc6e4d67d26d034ae83bdc9e5477daMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34486/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34486/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/344862020-12-08 00:15:42.223oai:repositorio.ufmg.br:1843/34486TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-12-08T03:15:42Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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