Ciências sem fronteiras: comunicação epistolar, redes de correspondência e circulação das cartas de Agassiz no século das nações
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ACWERB |
Resumo: | No século XIX, idade de ouro da história natural, a comunicação epistolar foi um instrumento poderoso. Espalhados em diversos territórios do globo, os naturalistas cruzaram virtualmente regiões e países, nações e impérios por meio da circulação das cartas. Na qualidade de correspondentes, esses homens de ciência formaram comunidades de saberes, intensificando suas trocas intelectuais e materiais. A comunicação epistolar foi elemento integrante da cultura científica dos naturalistas. Com essa forma de comunicação, a história natural transcendeu as mais diferentes fronteiras, na medida em que anunciava o prenúncio de uma ciência global, influenciando métodos, práticas científicas e saberes locais. Por intermédio de suas redes de correspondência científica, o naturalista Louis Agassiz participou ativamente das comunidades de saberes da história natural no século XIX. Em busca de reconhecimento, deslocou-se para diferentes regiões do Ocidente, o que influenciou diretamente no desenho do mapa da circulação de suas cartas e na incorporação dos mais diferentes indivíduos na sua rede de correspondência. Agassiz mobilizou, em sua rede, desde homens conhecidos da história da ciência e autoridades (como o imperador D. Pedro II) até indivíduos esquecidos, como simples pescadores. Nesta tese demonstro a importância dos correspondentes de Agassiz e suas respectivas localidades na produção científica de uma história natural de escala nacional e global, no século XIX. Para tanto desdobrei algumas de suas principais redes de correspondência com indivíduos europeus, norte e sul-americanos, homens e mulheres que transcenderam fronteiras físicas e imaginárias da história natural, transpondo barreiras geográficas, profissionais, sociais, linguísticas e temporais para construir e compartilhar um conhecimento comum. Entendo a ciência não somente como parte de um sistema de poder mas, sobretudo, considero a interligação de suas várias práticas dentro de um sistema de comunicação, representado pelo diálogo intersubjetivo de uma escrita intimista. |
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Regina Horta DuarteLise Fernanda SedrezMagali Romero SaJunia Ferreira FurtadoMauro Lucio Leitão CondéDeise Simões Rodrigues2019-08-12T02:15:30Z2019-08-12T02:15:30Z2016-07-25http://hdl.handle.net/1843/BUBD-ACWERBNo século XIX, idade de ouro da história natural, a comunicação epistolar foi um instrumento poderoso. Espalhados em diversos territórios do globo, os naturalistas cruzaram virtualmente regiões e países, nações e impérios por meio da circulação das cartas. Na qualidade de correspondentes, esses homens de ciência formaram comunidades de saberes, intensificando suas trocas intelectuais e materiais. A comunicação epistolar foi elemento integrante da cultura científica dos naturalistas. Com essa forma de comunicação, a história natural transcendeu as mais diferentes fronteiras, na medida em que anunciava o prenúncio de uma ciência global, influenciando métodos, práticas científicas e saberes locais. Por intermédio de suas redes de correspondência científica, o naturalista Louis Agassiz participou ativamente das comunidades de saberes da história natural no século XIX. Em busca de reconhecimento, deslocou-se para diferentes regiões do Ocidente, o que influenciou diretamente no desenho do mapa da circulação de suas cartas e na incorporação dos mais diferentes indivíduos na sua rede de correspondência. Agassiz mobilizou, em sua rede, desde homens conhecidos da história da ciência e autoridades (como o imperador D. Pedro II) até indivíduos esquecidos, como simples pescadores. Nesta tese demonstro a importância dos correspondentes de Agassiz e suas respectivas localidades na produção científica de uma história natural de escala nacional e global, no século XIX. Para tanto desdobrei algumas de suas principais redes de correspondência com indivíduos europeus, norte e sul-americanos, homens e mulheres que transcenderam fronteiras físicas e imaginárias da história natural, transpondo barreiras geográficas, profissionais, sociais, linguísticas e temporais para construir e compartilhar um conhecimento comum. Entendo a ciência não somente como parte de um sistema de poder mas, sobretudo, considero a interligação de suas várias práticas dentro de um sistema de comunicação, representado pelo diálogo intersubjetivo de uma escrita intimista.In the nineteenth century, golden age of natural history, the epistolary communication was a powerful tool. From different territories of the globe, in a virtual way, naturalists crossed regions and countries, nations and empires through the circulation of letters. As correspondents, these men and women of science formed communities of knowledge, and intensified their intellectual and material exchanges. The epistolary communication was an elementary part of the scientific culture of the naturalists. Within this form of communication, natural history pursued the formula of a global science and transcended borders, influencing general methods, knowledge, and local scientific practices. Through its scientific correspondence networks, the naturalist Louis Agassiz actively participated in communities of natural historians in the nineteenth century. Seeking recognition in his field, he moved to different Western regions, which reflected directly on the map that illustrates the circulation of his letters, and it also allowed him to incorporate many persons into his correspondence network. Agassiz engaged, into his network, from well-known names in the history of science and authorities (as the emperor D. Pedro II) to individuals who are now forgotten, as humblefishermen. In this dissertation, I demonstrate the relevance of Agassizs correspondents and their respective locations in the scientific production of natural history from a national and global scale in the nineteenth century. To this end, I describe some of Agassizs correspondence networks with Europeans, North and South Americans, men and women, who have transcended physical and intellectual limitations of natural history, and who crossed boundaries of occupation, social groups, language, space, and time to build cooperation, sharing a common understanding. I conceive science not only as part of a system of power, but, above all, I take into account the interconnection of its practices through a system of communication, represented by personal and written dialogues.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAgassiz, Louis, 1807-1873HistóriaCiência HistóriaHistória naturalCartasRedes de correspondênciaFronteirasAgassizHistória naturalCiências sem fronteiras: comunicação epistolar, redes de correspondência e circulação das cartas de Agassiz no século das naçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_vers_ofinal.pdfapplication/pdf8521974https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ACWERB/1/tese_vers_ofinal.pdf8807da6a8fe32d246ed5942d6e17c100MD51TEXTtese_vers_ofinal.pdf.txttese_vers_ofinal.pdf.txtExtracted texttext/plain821079https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-ACWERB/2/tese_vers_ofinal.pdf.txtfd56f167bb814f3d2b5d3dee462181b6MD521843/BUBD-ACWERB2019-11-14 07:57:46.099oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-ACWERBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:57:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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